Resumo

Referência: FRANÇA, Lícia. Validação de uma escala de percepção de dispneia e qualidade de vida para pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. 83 páginas. Dissertação (Educação Física) – Universidade Católica de Brasília. Brasília – DF, 2020. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ocasiona efeitos extrapulmonares significantes que levam à redução da capacidade funcional, socialização e bem-estar dos pacientes, acarretando como consequência implicações negativas na qualidade de vida relacionada à saúde. A dispneia é o principal sintoma associado à incapacidade e pior prognóstico, tornando-se geralmente progressiva com a evolução da doença. A avaliação da dispneia e da qualidade de vida relacionada à saúde tem sido um importante componente no tratamento dos pacientes com DPOC, e para isso o objetivo deste estudo foi construir e validar uma escala de percepção de dispneia e qualidade de vida. Inicialmente foram elaboradas duas escalas, uma chamada de escala de dispneia (EID) e a outra de Qualidade de Vida (EIQV). Depois da análise de juízes, as duas escalas foram unidas para serem aplicadas nos pacientes formando um total de 36 itens. Para a validação, por meio da análise fatorial exploratória, participaram da amostra 183 homens e mulheres com mais de 40 anos, com diagnóstico de DPOC de leve a muito grave e estáveis clinicamente. No primeiro momento da coleta, o questionário foi aplicado pessoalmente, e, após a pandemia COVID-19, foi aplicado pelo Google forms, enviado por e-mail, por solicitação em grupo de DPOC no Facebook e por meio de ligações em celular. Como primeiros resultados da análise exploratória (Software SPSS-IBM 21.0) a Escala de Qualidade de Vida apresentou KMO = 0,908 e o Alfa de Cronbach = 0,79 ficando com um total de 10 itens. Já para escala de intensidade de dispneia os valores foram de KMO = 0,890 e o Alfa de Cronbach = 0,91 ficando com um total de 08 itens. Após a conferência dos dados foram realizadas três análises fatoriais confirmatórias por meio do Software Stata, recorrendo aos índices de modificação do modelo a partir de covariâncias sugeridas pelo software, os itens demonstraram bons índices de ajustes. A partir das análises confirmatórias foi possível reduzir o instrumento de 36 itens para 15 e com a devida consistência interna. Concluiu-se que os resultados obtidos validam a utilização da escala de percepção de dispneia e qualidade de vida para pacientes com DPOC.

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