Resumo

A quantificação de cargas de treino é amplamente utilizada para prescrição, monitoramento e equalização de treinamento, de forma que a aplicabilidade de tal ferramenta, tanto na prática profissional, quanto no meio acadêmico e científico, tem auxiliado profissionais e cientistas da área a compreender e, em certa medida, controlar o fenômeno da sobrecarga imposta pelos estímulos. Porém, algumas variáveis moduláveis do treinamento não estão inclusas nos modelos usualmente utilizados, o que pode influenciar direta ou indiretamente na carga do treino e consequentemente efeitos produzidos pela sessão. Por conta de tal constatação, por vezes são levantados questionamentos sobre a efetiva capacidade de quantificar as cargas de treinamento determinadas por meio de métodos de quantificação de carga tradicionalmente utilizadas, assim como do entendimento de que a prescrição deve de fato atingir os efeitos pretendidos com a sessão de treino. A utilização de uma ferramenta que permita a quantificação prévia das cargas de estimulação, nortearam a formulação desse projeto de investigação, que tem como objetivo a proposição, validação e verificação da reprodutibilidade de uma equação que utiliza-se apenas de elementos externos à carga, retirando assim a subjetividade da ferramenta de avaliação e o possível controle de carga anteriormente à realização da sessão , de forma a ser aplicável tanto para o profissional de Educação Física, quanto ao pesquisador da área. Três equações foram desenvolvidas utilizando-se do método de regressão linear, bem como uma equação proposta subjetivamente, utilizando-se de fórmulas existentes e consolidadas na literatura. Para a realização do estudo contamos com uma amostra de 6 voluntários, de 20,3 ± 3,4 anos, sendo ela composta por 3 homens e 3 mulheres. Foram realizados 12 treinos com volume, cadência, intensidade e descanso diferentes e a repetição dos mesmos 12 treinos anteriormente realizados para o cálculo de reprodutibilidade, possibilitando assim a observação da sensibilidade da fórmula em questão, e permitindo a verificação por meio da correlação de Pearson entre a equação proposta e os diferentes métodos de quantificação de carga já validadas. Conclui-se que a fórmula² se demonstrou mais promissora para a predição das cargas de treino, porém é necessário o aumento no número de estudos acerca deste tema, assim como maior número de participantes, para melhor direcionar a utilização das fórmulas e melhorar o embasamento para o desenvolvimento futuro de fórmulas mais robustas.

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