Resumo

Introdução: a utilização de instrumentos com capacidades psicométricas satisfatórias é essencial para as tomadas de ações destinadas à promoção da saúde. Objetivo: analisar a validade e o nível de reprodutibilidade do questionário para medida dos indicadores do estilo de vida, condições de ambiente e de aprendizagem em estudantes universitários. Para tanto, foram realizadas as seguintes etapas: 1ª–construção do questionário; 2ª–validade de face e conteúdo; 3ª–clareza do instrumento; e 4ª–reprodutibilidade. O questionário em sua versão final apresenta 71 perguntas. Resultados: os índices médios de validade e clareza foram 92% e 96%, respectivamente. Os níveis de validade foram satisfatórios para 95,7% das variáveis e níveis satisfatórios de reprodutibilidade foram observados para a maioria das variáveis do instrumento. O menor nível de concordância foi observado para o uso de cinto de segurança no banco da frente do carro, tempo usando o vídeo-game e idade de inicio do hábito de fumar. Conclusão: o questionário Isaq-A apresentou características psicométricas de aplicabilidade, validade e reprodutibilidade satisfatórias. A utilização deste questionário poderá contribuir para a compreensão e comparação de indicadores de saúde e qualidade de vida em estudantes universitários de diferentes universidades brasileiras.

Referências

World Health Organization (WHO). The world health report 2002. Reducing risks, promoting healthy life. Geneva: WHO; 2002.

World Health Organization (WHO). World health statistics 2008. Geneva: WHO; 2008.

United States Department of Health and Human Services (USDHHS). Physical Activity Guidelines for Americans. Washington; 2008.

World Health Organization (WHO). Global Strategy on Diet, Physical Activity and Health. Geneva: WHO; 2004.

Ministério da Saúde do Brasil. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sócio-demográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal em 2009. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Barros MVG, Nahas MV. (Org.). Medidas da Atividade Física: Teoria e Aplicação em Diversos Grupos Populacionais. Londrina (PR): Midiograf; 2003.

Barros MVG. Atividades físicas no lazer e outros comportamentos relacionados à saúde dos trabalhadores da indústria no estado de Santa Catarina, Brasil. [dissertação]. Florianópolis (SC): Centro de Desportos; 1999.

Farias Júnior JC, Pires MC, Lopes AS. Reprodutibilidade de um questionário para o levantamento de informações sobre comportamentos relacionados à saúde em adolescentes. Rev Bras Cienc Mov 2002; 10(3):43-8.

Nahas MV, Barros MVG, Florindo AA, Farias Júnior JC, Hallal PC, Konrad L, et al. Reprodutibilidade e validade do questionário "Saúde na Boa" para avaliar atividades físicas e hábitos alimentares em escolares do ensino médio. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2007; 12(3):10-8.

Franca C, Colares V. Validação do National College Health Risk Behavior Survey para utilização com universitários brasileiros. Cienc Saúde Coletiva 2010; 15(Supl. 1):1209-15.

Paixão LA, Dias RMR, Prado WL. Estilo de vida e estado nutricional de universitários ingressantes em cursos da área de saúde do Recife/PE. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2010; 15(3):145-50.

Sousa TF, Santos SFS, Pie ACS, Rossato LC. Associação entre indicadores de prática de atividades físicas na adolescência com o nível atual de prática de atividades físicas no lazer em acadêmicos de um curso de Educação Física no nordeste do Brasil. Revista Pensar a Prática 2009; 12(3):1-12.

Bland JM, Altman DG. Statistical methods for assessing agreement between two methods of clinical measurement. Lancet 1986; 1:307-10.

Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1977; 33(1):159-74.

Nahas MV, Barros MVG, Francalacci V. O pentáculo do bem-estar – base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2000; 5(2):48-59.

Nahas MV. Estilo de vida e hábitos de lazer dos trabalhadores das indústrias brasileiras. Brasília: Serviço Social da Indústria/Departamento Nacional; 2009.

Ministério da Saúde do Brasil. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não-transmissíveis: Brasil. 15 capitais e Distrito Federal, 2002-2003. Rio de Janeiro (RJ): INCA; 2004.

Ministério da Saúde do Brasil. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre freqüência e distribuição sócio-demográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal em 2008. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

Nahas MV, Rabacow FM, Pereira SV, Borgatto AF. Reprodutibilidade de uma escala para avaliar a percepção dos trabalhadores quanto ao ambiente e às condições de trabalho. Rev Bras Saúde Ocup 2009; 34(120):179-83.

Nahas MV, ASSIS MAA. Nível de informação e comportamentos relacionados à saúde dos alunos dos cursos de educação física e nutrição da UFSC: um estudo longitudinal. Florianópolis (SC): Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde, 2001.

Kakeshita IS, Almeida SS. Relação entre índice de massa corporal e a percepção da auto-imagem em universitários. Rev Saúde Pública 2006; 40(3):497-504.

Ainsworth BE, Haskell WL, Whitt MC, Irwin ML, Swarts AM, StrathSJ, et al. Compendium of physical activities: an update of activity codes and MET intensities. Med Sci Sports Exerc 2000; 32(9):S498-S516.

Dachs JNW, Santos APR. Auto-avaliação do estado de saúde no Brasil: análise dos dados da PNAD/2003. Cienc Saúde Colet 2006; 11(4):887-94.

Sousa TF, Virtuoso Junior JS, Barbosa AR. Autovaloración de salud: localización de la pregunta en las encuestas epidemiológicas. Gac Sanit (no prelo) 2012.

Monteiro CA, Moura EC, Jaime PC, Claro RM. Validade de indicadores do consumo de alimentos e bebidas obtidos por inquérito telefônico. Rev Saúde Pública 2008; 42(4):582-9.

Monteiro CA, Florindo AA, Claro RM, Moura EC. Validade de indicadores de atividade física e sedentarismo obtidos por inquérito telefônico. Rev Saúde Pública 2008; 42(4):575-81.

Acessar