Resumo

O Objetivo do presente estudo foi verificar a validade, sensibilidade (SE), especificidade (ES), valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN), do PAR-Q em idosos. Avaliaram-se 104 idosos, 98 mulheres e 6 homens, com 61 a 89 anos de idade (73±6 anos [média±dp]) e diferentes níveis de escolaridade. Os sujeitos responderam ao
PAR-Q e passaram por avaliação clínica. A análise das respostas foi realizada por meio do teste qui-quadrado (p<0,05). Verifi cou-se a infl uência da idade e nível de escolaridade sobre questionários verdadeiros e falsos por regressão logística para Intervalo de Confiança de 95%. Com relação à SE, observou-se um valor relativamente alto (89%), o que credenciaria o instrumento para detectar casos verdadeiro-positivos. No entanto, o resultado de ES (42%) indicou uma validade limitada do questionário, com elevado número de casos falso-negativos. Essa tendência foi confirmada pelos valores de VPP (78%) e VPN (62%). A análise de regressão logística não mostrou influência da idade e nível de escolaridade nas respostas aos questionários. Deduz-se que o PAR-Q, apesar de ser freqüentemente indicado como triagem pré-participação em programas de atividades físicas, pode não ser adequado em sujeitos idosos com características similares às da presente amostra. Aconselha-se uma análise mais aprofundada do instrumento em populações com diferentes características antes de se recomendá-lo de forma universal.

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