Resumo

Os objetivos gerais deste estudo foram dois: 1) Verificar os efeitos de um treinamento intervalado de alta intensidade aplicado a partir do PV determinado no teste T-CAR em jogadores juniores de futebol; 2)Verificar a validade direta do PV determinado no T-CAR para predizer a performance física em jovens jogadores de futebol. A presente pesquisa foi divida em três estudos: Estudo 1, Estudo 2 e Estudo 3. No primeiro estudo foi investigada a aplicabilidade de utilização do pico de velocidade no T-CAR (PVT-CAR) para prescrição do treinamento intervalado de alta intensidade em futebolistas. Um grupo de 42 atletas (sub-17 e sub-20) executaram o teste T-CAR e após 72 horas realizaram uma sessão de treinamento de alta intensidade para verificar a aplicabilidade de prescrição de treino a partir do PVT-CAR. No estudo 2, foi investigado os efeitos da prescrição de dois modelos de treinamento intervalado de alta intensidade a partir do PVT-CAR. Um grupo de 17 atletas, os quais haviam participado do estudo 1 foram submetidos a uma série de avaliações pré e pós-treinamento (Teste incremental em esteira rolante para determinar consumo máximo de oxigênio (VO2max), velocidade referente ao VO2max (vVO2max) e segundo limiar de transição fisiológica (LTF2)) e T-CAR. Os treinamentos intervalados aplicados foram com mudança de direção de 180° (T12:12) (n=9) e sem mudanças de direção (T6:6) (n=8). No estudo 3 os atletas realizaram um teste T-CAR, três partidas amistosas entre eles (11vs11) e um jogo no formato reduzido para verificar-se validade direta do PVTCAR para predizer a demanda física de jogo em alta intensidade (distância percorrida acima de 13,0km.h-1) em jovens atletas de futebol. No estudo 1, o PVT-CAR e a frequência cardíaca máxima (FCmáx) foram 16,4±0,8 kmh -1 e 196,9±9bpmm -1 , respectivamente. Os jogadores atingiram 92,2±2,5% (CV=2,7%) e 90,7±4,1% (CV=4,5%) da FCmáx no grupo T12/12 e T6/6, respectivamente (p=0,2). No estudo 2, não foi encontrada interação significante (tempo vs grupo) para a maioria das variáveis analisadas (p>0,05), embora um significante efeito no tempo foi observado para PVEST (F=56,3; P<0,0001), vVO2max (F=35,8; p<0,0001), LTF2 (F=57,7; p<0,0001) e PVT-CAR (F=52,9; p<0,0001). Além disso, não houve mudança significante nos grupos para o VO2max entre os períodos pré e pós-treinamento (F=4,26; p=0,056). No estudo 3, o PVT-CAR (15,5±1,1 kmh -1 ) foi significativamente correlacionado com a distância em alta intensidade (AI) (r=0,76, p=0,0001), com a elevada  intensidade de corrida (EIC) (r=0,66, p=0,000), com sprint (SPR0 (r=0,58, p=0,000) e distância total percorrida (DTP) (r=0,50, p=0,003) durante o jogo na condição 11vs11, assim como, na condição 7vs7 (AI (r=0,76, p=0,0001), EIC (r=0,79, p=0.000), DTP (r=0,80, p=0,0001), e SPR (r=0,46, p=0,03)). Usando a mediana do PVT-CAR para dicotomizar o grupo em indivíduos de melhor e pior condicionamento físico, foi possível perceber que o grupo que apresentou melhor PVT-CAR (> mediana) percorreu maiores distâncias em EIC, AI, SPR e maior distância total que o grupo que teve pior desempenho no T-CAR (

Acessar Arquivo