Resumo

Introdução: Com o processo de envelhecimento humano ocorrem mudanças fisiológicas ao longo do curso da vida. Uma delas é o declínio da força de preensão palmar, um aspecto intimamente relacionado à funcionalidade e sobrevida, especialmente dos idosos. Objetivo: analisar os valores da força de preensão palmar em uma população de diferentes faixas etárias. Materiais e métodos: estudo quantitativo, descritivo de corte transversal que analisou a força de preensão palmar de 114 indivíduos (98 mulheres e 16 homens), entre os 20 e os 87 anos. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente, responderam um questionário estruturado que abrangia perguntas sobre os dados de identificação, sociodemográficos (sexo e faixa etária) e indicadores de saúde (presença de doenças ou dores crônicas), e realizaram o teste da dinamometria manual. A realização do estudo foi no período de março a novembro de 2016. Os dados foram catalogados no programa de Windows Microsoft Excel 2013, onde utilizou-se a estatística descritiva, o teste t de Student e o teste Qui-quadrado para analisá-los, admitindo significância estatística p≤0,05. Resultados: o pico de força de preensão palmar foi na faixa etária dos 30 aos 39 anos (29,1 kgf ± 0,85 e 29,5 kgf ± 0,66 nas mãos direita e esquerda, respectivamente). Os homens apresentaram maiores valores de força de preensão palmar em relação às mulheres nas mãos direita (25,6 kgf ± 0,97, 17,4 kgf ± 0,66, respectivamente) e esquerda (24,4 kgf ± 0,95, 17,1 kgf ± 0,78, respectivamente) (p=0,03). Houve associação entre o aumento da idade e a prevalência de doenças crônicas (p=0,009) e dores crônicas (p=0,02). Conclusão: o pico de força de preensão palmar foi maior na faixa etária dos 30-39 anos, com decréscimo a partir de então. Os homens apresentaram maiores valores de força de preensão palmar e houve aumento da ocorrência de doenças crônicas e dores crônicas com o avanço da idade.

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