Valores da Força de Preensão Palmar em Uma População de Diferentes Faixas Etárias
Por Matheus Santos Gomes Jorge (Autor), Dáfne dos Santos Ribeiro (Autor), Karina Garbin (Autor), Igor Moreira (Autor), Patrícia Vieira Rodigheri (Autor), Willian Guerra de Lima (Autor), Sabrina Casarin Vogelmann (Autor), Lia Mara Wibelinger (Autor), Gustavo Abreu Libero (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 23, n 249, 2019.
Resumo
Introdução: Com o processo de envelhecimento humano ocorrem mudanças fisiológicas ao longo do curso da vida. Uma delas é o declínio da força de preensão palmar, um aspecto intimamente relacionado à funcionalidade e sobrevida, especialmente dos idosos. Objetivo: analisar os valores da força de preensão palmar em uma população de diferentes faixas etárias. Materiais e métodos: estudo quantitativo, descritivo de corte transversal que analisou a força de preensão palmar de 114 indivíduos (98 mulheres e 16 homens), entre os 20 e os 87 anos. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente, responderam um questionário estruturado que abrangia perguntas sobre os dados de identificação, sociodemográficos (sexo e faixa etária) e indicadores de saúde (presença de doenças ou dores crônicas), e realizaram o teste da dinamometria manual. A realização do estudo foi no período de março a novembro de 2016. Os dados foram catalogados no programa de Windows Microsoft Excel 2013, onde utilizou-se a estatística descritiva, o teste t de Student e o teste Qui-quadrado para analisá-los, admitindo significância estatística p≤0,05. Resultados: o pico de força de preensão palmar foi na faixa etária dos 30 aos 39 anos (29,1 kgf ± 0,85 e 29,5 kgf ± 0,66 nas mãos direita e esquerda, respectivamente). Os homens apresentaram maiores valores de força de preensão palmar em relação às mulheres nas mãos direita (25,6 kgf ± 0,97, 17,4 kgf ± 0,66, respectivamente) e esquerda (24,4 kgf ± 0,95, 17,1 kgf ± 0,78, respectivamente) (p=0,03). Houve associação entre o aumento da idade e a prevalência de doenças crônicas (p=0,009) e dores crônicas (p=0,02). Conclusão: o pico de força de preensão palmar foi maior na faixa etária dos 30-39 anos, com decréscimo a partir de então. Os homens apresentaram maiores valores de força de preensão palmar e houve aumento da ocorrência de doenças crônicas e dores crônicas com o avanço da idade.