Variabilidade da frequência cardíaca é reduzida em adolescentes obesos com menor aptidão cardiorrespiratória
Por Higor Barbosa Reck (Autor), Fernanda Errero Porto (Autor), Jonathan Henrique Carvalho Nunes (Autor), João Carlos Locatelli (Autor), Carla Eloise Costa (Autor), Wendell Arthur Lopes (Autor).
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) de crianças e adolescentes de acordo com o estado nutricional (IMC) e o nível de aptidão física. Metodologia : O presente estudo teve um desenho transversal, composto por 52 adolescentes, de ambos os sexos (48% meninas), com idades entre 10 e 17 anos. A massa corporal foi avaliada por meio de balança digital eletrônica, a circunferência da cintura por meio de fita inelástica e o percentual de gordura estimado (%GC) por meio de equação de dobras cutâneas com adipômetro. A maturação somática foi estimada pela fórmula da Velocidade Máxima de Crescimento (PVC). A aptidão cardiorrespiratória (ACR) foi avaliada por meio do teste ergométrico submáximo em esteira e a VFC por meio de monitor de frequência cardíaca por 10 minutos em repouso. Resultados : Não houve diferenças estatisticamente significativas nos parâmetros da VFC entre os grupos obesos e eutróficos. Porém, quando divididos de acordo com o RAC, constatou-se que adolescentes obesos com RAC inferior apresentaram valores de RMSSD menores (p<0,05) em comparação com pessoas obesas com níveis de RAC mais elevados. Conclusão : Baixos níveis de RAC podem causar disfunção autonômica cardíaca em adolescentes independente da presença de obesidade.