Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) na recuperação ativa em jovens com diferentes índices de massa corporal (IMC) e associar as variáveis em repouso e recuperação. Dezoito jovens, eutróficos – E (22,36 ± 1,92 kg.m-2) e sobrepesos – S (29,71 ± 2,97 kg.m-2), foram avaliados. A frequência cardíaca (FC) e os índices de VFC (RMSSD e SDNN) em repouso, exercício e na recuperação após exercício máximo durante 5 minutos, assim como, as áreas sob a curva da VFC, foram analisadas. O consumo máximo de oxigênio – VO2máx – foi menor (p<0,05) nos jovens sobrepesos. Os índices LnRMSSD30s e LnSDNN30s ao final do exercício (E: 0,46 ± 0,11 e 0,75 ± 0,12; S: 0,58 ± 1,15 e 0,73 ± 0,12 ms) estão reduzidos em relação ao repouso (E: 1,56 ± 0,11 e 1,72 ± 0,13; S: 1,42 ± 0,11 e 1,65 ± 0,23 ms), e permaneceram inferiores (p<0,05) ao final da recuperação (E: 0,54 ± 0,23 e 0,67 ± 0,24; S: 0,47 ± 0,23 e 0,67 ± 0,23 ms) sem diferença entre os grupos. Além disso, as variáveis morfológicas associam-se (p<0,05) à aptidão aeróbia (r= -0,71 a -0,76), e a FC aos índices da VFC nos diferentes momentos fisiológicos. Em conclusão, não há reativação vagal após 5 minutos de recuperação ativa de um exercício máximo em jovens, com comportamento similar entre eutróficos e sobrepesos. Igualmente, as variáveis morfológicas associam-se inversamente à aptidão aeróbia, e a FC aos índices de VFC nos diferentes momentos fisiológicos.

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