Variabilidade Pressórica Entre Diferentes Sessões de Musculação de Idosas com Diferentes Polimorfismos da Eca
Por Hildeamo Bonifácio Oliveira (Autor), Alessandro de Oliveira Silva (Autor), Margô Gomes de Oliveira Karnikowski (Autor), Otávio de Tolêdo Nóbrega (Autor), Renato André Sousa da Silva (Autor), Leandro Vaz (Autor), Aldo de Araujo Medeiros (Autor).
Resumo
Introdução: Os exercícios de força são recomendados como tratamento clínico não medicamentoso para idosos com hipertensão arterial, porém não há consenso na dose resposta destes exercícios.
Objetivo: Comparar a variabilidade pressórica entre as primeiras e segundas sessões de treinamento resistido de 62 idosas (67,35±5,66 anos) hipertensas medicamentadas submetidas a 16 semanas de treinamento em função do polimorfismo da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA).
Metodologia: As idosas foram divididas em três grupos formados em função do polimorfismo de inserção homozigótica (II) e deleção (DD) e heterozigótica (ID) do gene da ECA, respectivamente: ECA-II(n=8); ECA-DD(n=35) e ECA-ID(n=19). A medida da Pressão Arterial (PA) pré e pós cada sessão de treino, seguiram as normas da Sociedade Brasileira de Cardiologia e foram realizadas no local de treino, considerando-se a PA máxima(PAmáx), mínima(PAmin) e a diferença entre elas (Delta) entre o primeiro (S1) e segundo(S2) dia de treino semanal. O polimorfismo genético foi determinado pela técnica de reação em cadeia de polimerase. A estatística utilizada foi: teste de normalidade de Shapiro-Wilk e Levene; teste Qui- quadrado (Χ2) para confirmar o equilíbrio de Hard- Weimberg; testes t e de Mann Witney (intra grupos); teste de Wilcoxon, ANOVA Two way e análise multivariada para medidas repetidas com correção por Bonnferroni para os grupos formados pela ECA e quando F<0,05 utilizou-se o teste post hoc de Scheffé (entre grupos). Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) para Windows® versão 15.0 e o nível de significância adotado foi de p<0,05.
Resultados: No momento pré da S1 observamos Delta (F=4,21 e p=0,01) entre os grupos ECA-II e ECA-ID (p=0,02). Para a PADmáx S1(F=4,42 e p=0,01) com diferença entre ECAID e ECA-DD (p=0,04). Para PADmín (F=4,03 e p=0,02) e diferença entre ECA-ID e ECA-DD (p=0,02). A PAMmáx (F=3,48 e p=0,03) entre os grupos (p=0,15). Delta foi (F=4,24 e p=0,01) diferente entre os grupos ECA-II e ECA-ID (p=0,02). Para PAD pós do S1, PADmáx (F=5,57 e p=0,006) entre ECA-II e ECA-ID (p=0,04), ECA-ID e ECA-DD(p=0,02). A PAMmáx (F=2,69 e p=0,07) e PAMmín (F=3,019 e p=0,04). Para PAS pré do S2, Delta (F=7,38 e p=0,001) entre os grupos ECA-II e ECA-ID(p=0,001) e ECA-II e ECA-DD (p=0,005). Para PADmáx pré do S2, PADmáx (3,86 e p=0,02) entre ECA-II e ECA-ID p=0,04). A PADmín (F=4,85 e p=0,01) nos grupos ECA-ID e ECA-DD (p=0,4). A PAMmáx pré da S2 (F=3,77 e p=0,02) evidenciou diferença entre ECA-II e ECA-ID (p=0,03). Para o Delta (F=3,75 e p=0,02) os grupos ECA-II e ECA-ID (p=0,04) e ECA-II e ECA-DD (p=0,04) se mostraram diferentes. Considerando PAMmáx pós da S2 a (F=4,28 e p=0,01) e PAMmín (F=3,70 e p=0,03). No momento pós da S2, PADmáx (F=6,5 e p=0,003) entre os grupos ECA-II e ECA-ID (p=0,009) e ECA-ID e ECA-DD (p=0,04).
Conclusão: Existe variação entre os valores da primeira e segunda sessão de treinamento de força e a maior variabilidade foi evidenciada em idosas com alelo D.
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