Variabilidade e Processo Adaptativo na Aprendizagem de Uma Tarefa de Posicionamento Linear com Reversão
Por Rodolfo Novellino Lacom Benda (Autor), Umberto Cesar Correa (Autor), Dalton Lustosa de Oliveira (Autor), Herbert Ugrinowitsch (Autor), Go Tani (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 13, n 1, 2005. Da página 7 a 12
Resumo
Com base num modelo de não equilíbrio de a aprendizagem motora esse estudo investigou o papel da variabilidade no processo adaptativo. Foi questionado se a variabilidade observada em diferentes estados do sistema era de natureza distinta. Dois experimentos foram realizados. No primeiro, 45 universitários voluntários, divididos aleatoriamente em três grupos conforme a situação experimental (pré-estabilização, estabilização e super-estabilização) praticaram uma tarefa de posicionamento linear com reversão. O experimento constou de duas fases: estabilização e adaptação. Cada grupo foi dividido conforme o nível de variabilidade no último bloco de tentativas da primeira fase, resultando em grupos de alta e baixa variabilidade. O teste de Friedman foi realizado para a análise intra-grupo e o teste de Man Whitney foi utilizado para a análise inter-grupos. Os resultados mostraram que a alta variabilidade após a estabilização pode ter natureza construtiva. No segundo experimento, 60 universitários voluntários realizaram a mesma tarefa e procedimentos do experimento anterior, porém sem o fornecimento de conhecimento de resultados (CR) na fase de adaptação. Os resultados mostraram semelhantes efeitos para os grupos de alta e baixa variabilidade em diferentes estados, no processo adaptativo. São considerados na discussão o tipo e o nível de perturbação, o tipo de tarefa e o tipo de variabilidade. Concluiu-se que, para a análise da variabilidade, é importante considerar também a variabilidade do padrão de movimento, pois além da informação sobre o produto da ação, é possível conhecer o seu processo. PALAVRAS-CHAVE – Variabilidade, Processo Adaptativo, Aprendizagem Motora.