Resumo
Avalia a relação entre crescimento e desempenho de uma habilidade motora em crianças praticantes de basquete e futsal entre 6 a 13 anos de idade, por meio de um novo protocolo oriundo do teste de Golpeio de Placas do EUROFIT. Participaram desta pesquisa causal-comparativa e correlacional, 59 crianças de 6 a 13 anos de idade, divididas em dois grupos: 31 praticantes de basquete (18 meninos e 13 meninas) e 28 meninos praticantes de futsal. Todas as crianças foram submetidas à mensuração da envergadura, aplicação do teste para diagnóstico de preferência da mão e aplicação do teste de Golpeio de Placas de duas formas diferentes: a primeira foi aplicada conforme a distância fixada em 80 cm e verificado o tempo de execução para 25 ciclos (T1) e a segunda forma foi aplicada de acordo com distância ajustada em função da idade e tempo pré-fixado em 20 segundos (T2). Para o tratamento dos dados utilizou-se a estatística descritiva, teste t de Student para amostras independentes e correlação linear de Pearson. Os resultados indicaram que, em relação ao tamanho da envergadura, não há diferença significativa entre os meninos e as meninas do basquete, mas há diferença entre os meninos das duas modalidades. Quanto ao desempenho nos testes T1 e T2, as meninas do basquete tiveram desempenho melhor do que os meninos do basquete e esses foram melhores do que os meninos do futsal. Os dados apontaram correlação baixa a moderada entre o tamanho da envergadura e o desempenho no teste T1, para p < 0,01 e correlação baixa a moderada entre o tamanho da envergadura e o desempenho no teste T2, para p < 0,05, indicando significância nas meninas do basquete e nos meninos do futsal. Esse fato permite inferir que o novo protocolo (T2) avaliou com maior fidedignidade a relação entre crescimento e desempenho motor do que o T1, sugerindo assim que, ao administrar o teste de Golpeio de Placas, se faça o ajuste das distâncias entre as placas de acordo com a faixa etária da criança, considerando um mesmo grupo de sujeitos ou entre sujeitos que apresentam aspecto cultural similar. No geral, os dados apontaram uma correlação moderada entre T1 e T2, podendo-se considerar que o novo protocolo é válido, sugerindo assim, uma forma opcional ao teste tradicional para medir a velocidade de membros superiores.