Resumo

Os ingredientes são conhecidos: uma pedrinha, um pedaço de chão e outro de giz para riscar o traçado do jogo. O objetivo também: sair pulando pelas figuras geométricas até completar o desenho proposto. As variações, porém, são quase infinitas: "De norte a sul do Brasil, há uma grande diversidade de tipos de amarelinha", escreve Renata Meirelles, pesquisadora de brinquedos e brincadeiras, em seu livro Giramundo. Divertidas, todas as modalidades são. E, por serem jogos de regras, incentivam a aprendizagem social - ao pularem amarelinha, as crianças aprendem a competir, a colaborar e a combinar o que pode e o que não pode naquele momento. A vantagem de algumas dessas variações é que elas podem ser usadas para desenvolver a capacidade de saltar e girar, o equilíbrio e a consciência corporal. Um tipo bem popular no norte de Minas Gerais, a amarelinha do caco, é especialmente rico para estimular a motricidade em crianças da pré-escola (veja plano de trabalho). Diferentemente da amarelinha tradicional, na versão do caco se chuta a pedra pulando em um pé só e seguindo o trajeto predeterminado. "É difícil. A criançada erra bastante até pegar o jeito. Mas na nossa escola a brincadeira faz tanto sucesso que os pequenos costumam treinar em casa", afirma Ednéia Cristina Lopes Moreira, professora de Educação Infantil do Centro Comunitário Dom Bosco, em Minas Novas, a 520 quilômetros de Belo Horizonte. Na turma de Ednéia, o jogo é organizado da forma mais tradicional: em vez de recorrer ao giz para desenhar no chão, usa-se um pedaço de telha ou cerâmica - o caco que dá nome à modalidade. Após riscar o percurso, o caco já ficou mais arredondado, evitando que os pequenos machuquem os pés. De qualquer forma, se a criançada não estiver acostumada a essa amarelinha, é recomendável que todos usem tênis na hora de brincar.

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