Velocidade de Marcha e Comprimento de Passada Pode Discriminar Mulheres Idosas Ativas das Sedentárias
Por Bruno de Souza Moreira (Autor), Renata Noce Kirkwood (Autor), Andréa de Jesus Lopes (Autor), Rosangela Correa Dias (Autor), Rosana Ferreira Sampaio (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 17, n 1, 2012.
Resumo
A marcha é uma atividade funcional importante que é utilizada por indivíduos idosos parase manterem ativos e capazes de realizar suas tarefas diárias. O objetivo deste estudo foideterminar quais parâmetros da marcha podem discriminar um grupo de mulheres idosasenvolvidas regularmente em um programa de exercício físico comparado com um grupode idosas sedentárias. Foram avaliadas 145 idosas (65 a 83 anos) divididas em dois gruposde acordo com as diretrizes doAmerican College of Sports Medicine(2007): sedentárias (n =52) e ativas (n = 93). Oito variáveis da marcha foram registradas usando o sistema GAITRite®(velocidade normalizada pelo comprimento dos membros inferiores, tempo da fase deapoio e de oscilação, tempo de duplo apoio, tempo do passo, comprimento do passo, basede suporte e cadência). Foi realizada uma análise fatorial seguida de análise discriminantepara determinar quais variáveis poderiam discriminar melhor o grupo de idosas sedentáriasdas ativas. A análise fatorial resultou em 4 fatores que explicaram 98,7% da variabilidade dosdados. O fator 3 (composto pelo comprimento do passo e velocidade da marcha) explicou11,8% da variabilidade dos dados, sendo o único fator discriminante entre os grupos. Quandoas variáveis originais do fator 3 foram analisadas, a velocidade da marcha apresentou maiorpoder de discriminação, com um coefi ciente discriminante muito maior (-0,999) do que ocomprimento do passo (-0,022). A velocidade da marcha e o comprimento do passo podemser usados na discriminação entre idosas ativas e sedentárias