Velocidade do Teste de Wingate Para a Avaliação da Performance em Corridas de 50 e 2000 Metros
Por Benedito Sérgio Denadai (Autor), Luís Guilherme Antonoacci Gugliemo (Autor), Mara Denadai (Autor).
Em Motriz v. 3, n 2, 1997. Da página 89 a 94
Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar se o teste de Wingate (TW) apresenta validade para avaliar a performance de corrida anaeróbia (aláctica e láctica) de uma equipe de basquetebol. Doze jogadores de basquetebol (X= 16 anos) realizaram o TW e testes de campo (corrida máxima de 50m e 200m). Após 3, 5, 7, 9 e 11 min. da realização do TW e dos 200m, procedeu-se a coleta de 25 m l de sangue do lóbulo da orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo (YSL 2300 STAT). A Potência de pico (PP) no TW foi significantemente correlacionada com o tempo de 50 m (r = -0,83) e com o pico de lactato sanguíneo após o TW (r = 0,61). A Potência média (PM) no TW também foi significantemente correlacionada com o tempo de 200 m (r = -0,83) e com o pico de lactato sanguíneo após o TW (r = 0,59). Houve correlação significante entre o tempo de 200 m e o pico de lactato sanguíneo após este teste (r = -0,61). As concentrações de lactato sanguíneo, foram significantemente maiores, em todos os minutos de recuperação, após o teste de corrida de 200 m, do que após o TW. Baseado nestes resultados, podemos concluir que embora o TW não utilize o gesto motor específico dos membros inferiores, presentes em muitos esportes (basquetebol, voleibol, futebol), o mesmo pode ser utilizado para a avaliação da performance anaeróbia (aláctica e láctica) obtida durante a corrida por um equipe de jogadores de basquetebol. UNITERMOS : Teste de Wingate ; Lactato ; Basquetebo; Especificidade