Verificação dos Golpes Predominantes no Jogo de Squash em Diferentes Níveis Técnicos
Por Marcelo Abranches Abelheira (Autor), Luizir Alberto de Souza Lima Júnior (Autor), Ana Laura Soares Silva (Autor), Marília Castejon Santana (Autor), Bruno Crepory de Oliveira (Autor), Lucas Manzoni Jacintho (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O jogo de squash, comumente conhecido como “xadrez das quadras”, é marcado por sua alta intensidade (especialmente na questão cardiorrespiratória) e, também, por sua grande variabilidade técnico-tática. O squash possibilita aos jogadores várias opções de golpes, para que os atletas consigam tomar uma melhor decisão tática. Entender a prevalência dos golpes é fundamental para uma partida de squash. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo verificar as batidas ao longo dos games de diferentes níveis técnicos, com relação aos tipos e características. O método utilizado para esta análise foi desenvolvido pelos próprios autores, considerou-se características específicas do squash e os 4 fatores a seguir: lado do jogador em que o golpe é realizado (backhand e forehand), se o golpe é efetuado antes ou depois do quique da bola (voleio ou drive, respectivamente), trajetória da bola após o golpe (paralela, cruzada ou boast) e profundidade da bola no retorno da parede (curta ou funda). Por meio de vídeos, tanto no Youtube quanto gravado pelos autores, foram analisadas batidas de 10 partidas de diferentes categorias, sendo elas profissional internacional (PSA), 1a classe masculina e feminina, 2a e 3a classe masculina brasileira e 1a e 3a classe masculina do Rio de Janeiro. No total avaliou-se 2440 golpes, esses foram considerados após a recepção do saque, visto que ela possui um lado previamente definido. Os resultados na Tabela (disponibilizada ao final do texto) demonstram que há uma prevalência nas batidas de backhand, drive, paralela e funda, independentemente da categoria analisada. Considerando os dados obtidos, o conhecimento empírico da maioria dos treinadores e/ou jogadores experientes foi confirmado, tornando possível uma otimização do treinamento, baseado em evidência científica. Contudo ainda permanece a necessidade de mais pesquisas nessa área, que realizem análises de dados comparando distintas categorias e estilos de jogos.
