Visão de idosos em relação à possibilidade de vivência de atividades de aventura na natureza
Por Viviane Kawano Dias (Autor), Gisele Maria Schwartz (Autor), Graziela Pascom Caparroz (Autor), Alcyane Marinho (Autor).
Resumo
Este estudo, de natureza qualitativa, tem como objetivo, analisar a visão de indivíduos idosos praticantes regulares e não-praticantes de atividades de aventura em relação à possibilidade de vivência dessas atividades nessa faixa etária. O estudo foi realizado em duas etapas, sendo a primeira relacionada a uma revisão de literatura a respeito das temáticas propostas e a segunda referente a uma pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento uma entrevista semiestruturada. A amostra intencional do estudo foi composta por 30 indivíduos idosos, com faixa etária acima de 60 anos, de ambos os sexos, destes, 15 praticantes regulares de atividades de aventura variadas e 15 não praticantes. Os dados coletados foram analisados descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam que apenas 04 dos sujeitos praticantes se imaginavam algum dia vivenciando este tipo de atividade, antes de procurá-las, enquanto que os outros 11 responderam negativamente. Já para os 15 sujeitos não praticantes, além de nunca terem procurado, nunca pensaram ou conseguem se verem praticando essas atividades. Os resultados do estudo evidenciam, ainda, alguns estereótipos e falta de conhecimento sobre estas práticas por parte dos idosos, reforçando a necessidade de um olhar mais atento dos profissionais envolvidos, e de promoção de novos estudos, que tragam elementos de reflexão sobre o universo do lazer e a motricidade humana, especialmente, os que tangenciam a população idosa e as atividades de aventura na natureza, garantindo-lhes orientação adequada e conscientização acerca dessas atividades, estimulando a inserção desta população neste tipo de vivência, bem como, assegurar novas possibilidades de experiências significativas no âmbito do lazer e experimentação de diferentes processos emocionais nesta fase do desenvolvimento humano, aprimorando os diversos aspectos que compõem o complexo da qualidade de vida