Editora Edições Hipótese. Brasil 2020. 137 páginas.

Sobre

Apresentar uma obra é uma tarefa agradável e empreendedora, uma vez que estaremos apontando os trabalhos daqueles que se debruçaram na tarefa de entender um fenômeno sitiado, no contexto esportivo, neste caso. Esta tarefa fica mais agradável e mais palatável quando se trata de um conjunto de estudos desenvolvidos no Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte (LEPESPE), ainda sob minha coordenação. Os autores aqui presentes são ex-orientandos do programa de Desenvolvimento Humano e Tecnologias, cujos mestrados, doutorados ou pósdoutorado tive o prazer de encabeçar, rendendo-nos frutos de enorme grandeza e favorecendo ao engrandecimento do LEPESPE, do autor e orientador e da ciência, como um todo, além de uma convidada, psicóloga atuante na área.

Assim, a Psicologia do Esporte se sedimenta e se alinha com mais precisão diante das demais Ciências do Esporte. Evidente está que se trata de um conjunto teórico de alto impacto, visto que atende às “visões contemporâneas do Psicologia do Esporte”, sem perder o vínculo com temas tradicionais; posso garantir que o “inovismo” é a pauta deste laboratório onde os estudiosos se reúnem para romper com métodos investigativos seculares, não sem antes se preocuparem com severidade, rigor e radicalismo acadêmico, o que garante o lugar de um grupo inovador, senão pioneiro, na fusão da Psicologia do Esporte e as Tecnologias. Isto permite que sejam produzidos e emitidos ideias e conceitos que nem sempre coincidem com aqueles que cotidianamente estaríamos vendo, ou avançando para outros princípios que ultrapassem aqueles valores já sobejamente apontados: este grupo que aqui se reúne traz o novo e aponta para outros horizontes, para onde o iniciante da Psicologia do Esporte sente dificuldade em entender ou vislumbrar.

Este novo espaço, que é a tônica do LEPESPE, indica que o novo já está presente nas investigações deste grupo que, para uma conversa inicial, atenta para o diálogo entre a Psicologia do Esporte e as Tecnologias, não sem incluir na roda de conversa os mais atuais pressupostos da Antropologia, da Sociologia e da História da Humanidade. Sem este contexto não se concebe fazer esporte, no século XXI. Tão pouco estudar, entender e criar material que alimente a demanda dos atuais atletas que não se contentam com o mesmismo. Fazer parte deste grupo de inquietos e irrequietos estudiosos e pesquisadores remoça a astúcia acadêmica que todo pesquisador precisa ter: possibilita avanços e recuos que os mais experientes cientistas manejam com maestria e, mais, permite avançar, com prudência e tenacidade por onde muitos ainda não chegaram: está ai aquilo que trazemos de inovador. Mesmo que o fenômeno seja o mesmo, o olhar está monitorado com lentas inovadoras e críticas que possibilitam outras saídas, outros atalhos e outros encaminhamentos.

A Psicologia do Esporte necessita de um espaço onde se destaque e demonstre sua eficácia, no pareamento junto às demais Ciências do Esporte, em especial numa época em que atletas estão imersos na tecnologia e têm fluência em mais de um idioma (diferente de dez a quinze anos atrás) e garantir esta evolução nos leva a pensar no novo, com segurança e seriedade. Este é o foco desta obra inovadora e inacabada, porque o término dela se dará quando mais e mais estudiosos se debruçarem sobre ela e trouxerem questionamentos e contribuições a ela. Apenas assim poderemos dizer que ela está completa e atendeu ao que se pretendia.

Para o momento, convido o leitor a avançar sobre cada um dos capítulos e voltar a nos consultar, trazendo sua colaboração, para que possamos continuar nossa jornada com segurança.

Boa leitura. 

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