Resumo

O conhecimento sobre o duplo processo educativo do lazer configura-se como um dos objetivos da disciplina Fundamentos do Lazer do curso de Educação Física do Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm). Nesse contexto, optou-se pela a realização de vivências culturais para que os discentes se apropriassem do entendimento da educação para e pelo lazer. A visita ao Museu de Inhotim e o acampamento na Serra do Cipó foram as atividades escolhidas para que tal aprendizado ocorresse. Elas acontecem anualmente desde o ano de 2010 e contemplam os discentes do curso de educação física das modalidades licenciatura e bacharelado. A escolha por essa propos ta pedagógica perpassa pelo entendimento de que a vivência do lazer pode ocorrer em tempo e espaço diferentes dependendo da atitude e oportunidade de cada um. Porém, o acesso a tais vivências necessita, entre outras coisas, do aprendizado e da oportunidade de conhecê-las. Nesse sentido, se diz que é preciso educar para o lazer. Por outro lado, experimentar atividades como essas pode possibilitar a educação pelo lazer, pois pode sensibili educação estética, senso político, senso de coletividade, entre outros. Além disso, estimula a percepção do homem e da mulher como autores do seu con texto, e essa reflexão inspira a mudança de atitudes no cotidiano. Entende-se, também, que para ser um/uma profissional no campo do lazer é preciso que se amplie a própria bagagem cultural para que se tenha um repertório de vivências e conhecimentos suficientes para educar os sujeitos para o lazer. E essa bagagem cultural é construída através do contato e da experiência em conhecer novas possibilidades de se vivenciar o tempo disponível. Nesse contexto, torna-se importante não só aprender a planejar, organizar, executar e avaliar uma vivência de lazer, mas também se torna fundamental o conhecimento de que existem diversas possibilidades de lazer. Assim, quanto maior for esse contato com o novo, com o diferente, com o desconhecido, maior será o repertório cultural desses futuros profissionais, que poderão intervir como animadores culturais no tempo disponível dos sujeitos.
 

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