Voluntariado no Esporte

Por Andréa Daiuto (Autor),

Parte de Atlas do Esporte no Brasil . páginas 793 - 795

Resumo

O primeiro registro de memória sobre trabalho voluntário no Brasil é pontuado apenas 43 anos depois da data do descobrimento por portugueses em 1500, quando foi fundada a primeira Santa Casa de Misericórdia (hospital de base comunitária) na então Vila de Santos, hoje, cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo (www.facaparte.org.br, 2004). Dando um grande salto na história do voluntariado no Brasil, deslocando-se para os acontecimentos do século XX, em 1908 instalava-se no país a Cruz Vermelha, seguida do Movimento de Escoteiros em 1910, ambos com o objetivo de ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião. Mas somente em 1935, foi promulgada a Lei de Declaração de Utilidade Pública, para regular a colaboração do Estado com as instituições filantrópicas as quais eram (e continuam sendo) administradas por grupos voluntários. Ainda na primeira metade do século passado (1942), o então Presidente da República, Getúlio Vargas, criou a Legião Brasileira de Assistência– LBA, voltada, essencialmente para atender, em caráter de emergência, famílias em situação de extrema necessidade. A luta por uma sociedade mais inclusiva em relação aos portadores de deficiência teve como instituição pioneira a Associação de Pais e Amigos do Excepcional– APAE, a qual, desde 1961 até aos dias presentes, vem trabalhando em todos os Estados brasileiros, atuando com um grande número de voluntários. Outro projeto envolvendo voluntários, de grande repercussão nacional e internacional, criado em 1983, é a Pastoral da Criança, sob a chancela da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Com o slogan “para que todas as crianças tenham vida”, o objetivo desse grupo, ligado à igreja católica, é atuar nas áreas da saúde, nutrição e educação, desde o ventre materno até aos cinco anos de idade. Essa ação é hoje realizada em mais de 30 mil comunidades brasileiras, envolvendo 133 mil voluntários (90% mulheres).

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