Estamos preparando o 13º Agita Galera 2009 na rede estadual de educação de São Paulo. Neste ano será celebrado no dia 28 de agosto. Muitas pessoas desconhecem as ações permanentes de promoção da atividade física, pois recebem as informações somente próximo ao dia de celebração. Convido a todos a conhecerem a página do Programa que contém as experiência pontuais e permanentes de diversas escolas do Estado. Acesse: http://agitagalera.edunet.sp.gov.br/
Gostaríamos muito de receber a sua sugestão, crítica ou solicitação.
Abraços,
Douglas Andrade
Comentários
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Leosmar Malachias de Oliveira
em 11 de Julho de 2009 às 04:26.
Olá Prof. Douglas, sou professor do Ensino Público Estadual, cheguei a participar do lançamento de comemoração de 10 anos do Programa em 2006. Sinceramente não consigo ver um envolvimento real dos colegas Professores nas atividades do Agita Galera. Creio que o programa sofre do mesmo mal de toda e qualquer política pública que tende a ser implementada de maneira vertical. A pouca ou quase nehuma participação dos professores no processo de elaboração do projeto faz com que parte considerável destes, não se aproprie das idéias pregadas pelo "Agita". É comum ouvir entre os colegas que vão tirar umas fotos e enviar os tais questionários pro site. Tudo isso pra cumprir com as cobranças das DEs.
Em uma ocasião estive presente num encontro na CENP onde se reuniam os ATPs de Educação Física do Estado, percebi a seriedade sua e de seu companheiro, que agora não me recordo o nome, em defender a importância da atividade física e a necessidade do estímulo às práticas diárias, porém confesso que boa parte dos professores ali presentes nunca pisaram nas escolas que eles representam e conhecem seus professores apenas por e-mails ou apenas dos famigerados congressos técnicos da Olimpída Colegial. O cargo de ATP é uma função exercida por designação, ou seja quem ocupa estas funções tem que corresponder as demandas polítco-pedagógicas dos programas priorizados pela SEE sem maiores questionamentos, do tipo, faça e não questione!
Mesmo não concordando com os propósitos ou forma de implementação, os projetos vão ser executados, porém sempre de uma forma limtada e as vezes enganosa.
É muito triste ver que um programa destas dimensões é levado de forma tão burocrática. Fico mais triste ainda em constatar que este é o único investimento da SEE que envolve a Educação Física em favor da Promoção da Saúde. Digo isto, pois considero as Olimpídas Colegiais muito distante de qualquer preocupação real com a Saúde dos alunos. Apesar de prever, ao menos teóricamente o estimulo as práticas esportivas, as Olimpíadas tem favorecido a seleção de alunos mais habilidosos em detrimento dos menos habilidosos e contribuido para a formação de gerações de não praticantes de atividade física.
Talvez eu esteja sendo sincero demais, mas creio que a mudança de algumas estratégias na implementação e divulgação trariam uma participação mais significativa. Quem sabe se os próprios ATPs fossem cobrados para desnvolver ações permanentes com os funcionários das próprias diretorias, ao invés de ficar apenas retransmitindo e-mails da CENP e cobrando relatórios... Talvez desse certo.
Um exemplo, vale mais que muitas palavras.
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Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Julho de 2009 às 07:26.
Leosmar,
Percebi sua transparência de propósitos e assertivas com as quais me identifico. Você poderá ver o meu perfil neste CEV e comentários no VOLEI, onde tenho propostas generalistas, multidisciplinares para a escola. O esporte é um caminho. Todavia, penso que o primeiro e o principal agente a ser cooptado é o professor. Sem a sua aquiescência nada se fará. E aqui reside o problema que é nacional. Como fazer?
Você identificou e ressaltou muito bem as principais causas de não envolvimento do professorado: "não consigo ver o envolvimento dos colegas", "o programa sofre do mesmo mal de toda e qualquer política pública que tende a ser implementada de maneira vertical" e "a pouca ou quase nenhuma participação dos professores no processo de eolaboração do projeto". Como resolver esta situação? Vale a pena tentar?
Vejo que fica triste com os burocratas de plantão e que tem vontade de reverter a situação. Por isto lamenta a perda de tempo e de investimentos em projetos de "fachada". Por que não houvem os professores nas escolas? E, o que têm a dizer estes professores? Querem mudar?
Uma solução aos interessados seria se juntarem, ainda que sejam poucos, e formularem um pequeno projeto para a sua escola. E levarem-no a cabo no prazo estipulado. Agora o projeto é de vocês, não importa o que digam os burocratas. Este projeto deverá ser independente, com o envolvimento e a participação de TODA a escola e, se possível, a comunidade. Isto não é difícil, pois o esporte abre muitas portas e atrai muita gente, inclusive adulta (familiares, vizinhos,amigos). Dessa forma, o projeto será abrangente e inclusivo, isto é, para todos os alunos, sem exceção. Poderão formatar uma OLIMPÍADA em que toda a comunidade participe, e não somente os alunos, o que divulgará sobremaneira o trabalho de vocês. Esta idéia foi realizada por um colega nosso no município de São Gonçalo (Grande Rio) e trouxe como uma das consequências a busca por ingresso na escola por parte de estudantes de outras instituições.
Vocês conseguirão se tornar independentes do poder público. As suas idéias, então, o vento as levará a outros interessados. Dentro em pouco estarei lançando na internet um site com propostas neste sentido em que conto minhas experiências individuais e coloco as experiências de outros colegas para serem analisadas, debatidas e aplicadas na prática.
Parabéns pela sua corajosa análise.
Roberto Pimentel.
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Douglas Roque Andrade
em 11 de Julho de 2009 às 10:28.
Leosmar e Roberto,
Realmente é fato a dificuldade de engajamento e comprometimento em todos os níveis da SEE-SP, creio que poderíamos generalizar para ouros estados e outras áreas, infelizmente é do ser humano. Mas temos o que comemorar também, tenho tido a possibilidade de viajar pelo estado de SP e conhecer professores que fazem a diferença na função do ATP ou como professor de uma unidade escolar. Há um tempo atrás me chamou a atenção na participação de professores de EF no prêmio professor nota 10 da editoa abril, o número de projetos da nossa área ocupava o penúltimo lugar. Sugerimos que as DEs criem uma comissão com três ATPs (agora PCOPs) e que cada escola envolva também outros professores além do Prof. de EF, muitas sugestões apresentadas no relatórios de avaliação ou de encontros temso incorporado no processo.... Um fato que tem me estimulado é quando recebo alunos no curso de EF e pergunto quem conhece o Programa Agita São Paulo ou Agita Galera, muitos erguem o braço e comentam impressões muito interessantes do programa e como a escola se envolvia, muitas vezes com transformações do dia pontual para ações permanentes.... é claro que há também relatos de descaso...
Quanto ao envolvimento da comunidade creio que o Programa Escola da Família da SEE-SP é um bom exemplo de uso do espaço público pela comunidade, enquanto concepção é uma excelente política pública.
A questão de saúde na escola é outro ponto interessante, pois na maioria das vezes o tema tratado é da doença... não sei se vocês conhecem as escolas prootoras da saúde, procurem pela rede tem um vasto material a disposição que apresenta uma outra lógica.... a lógica da promoçao da saúde e não a prevenção da doença....
Sigamos jogando conversa dentro da comunidade
Abraços!
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Julho de 2009 às 12:25.
Douglas, Leosmar e tantos outros que desejam o melhor para a Ed. Física e o Desporto Escolar,
Que bom estar com vocês. Sinto-me à vontade, em casa. Espero que o fato de ser niteroiense não atrapalhe nossas idéias (é brincadeira!).
Como Douglas tocou no "Professor nota 10" (ed. Abril) que incentiva projetos nas escolas, aguardem um pouco mais o site que estou criando. Terei propostas para vocês todos se engajarem e serem os "melhores professores do mundo"! Além, é claro, ganharem o prêmio.
Manteremos contato e obrigado por me aceitarem. É mujito gratificante e enriquecedor "ouví-los".
Roberto Pimentel.
Por
Leosmar Malachias de Oliveira
em 15 de Julho de 2009 às 00:59.
Amigos da Educação Física.
Procuro trazer um pouco do que vivo na Educação Física Escolar e o envolvimento que tenho observado de Professores e comunidade no cotidiano das práticas escolares. O Programa Agita sofre dos mesmos problemas enfrentados por outros Programas e projetos, isto é fato. A chancela do CELAFISCS, o direcionamento à Educação Física como disciplina, assumido no projeto oficial da SEESP, o emprego de recursos e o espaço de mídia concedido, fazem do programa uma das maiores ações na escola que envolve a Educação Física. Digo isto pois as Olimpíadas Colegias tem maior parte de suas ações ocorrendo fora da Escola, um paradoxo. O maior projeto da Educação Física Escolar ocorre fora da Escola. Por este e outros motivos, guardo minhas ressalvas, questionando a forma com que os projetos são desenvolvidos. Não coloque em questão a importância de se trabalhar estas questões na escola ou fora dela.
Como o Prof. Douglas destacou, a questão da Saúde invariávelmente tem sido abordada pela perspectiva da doença. Lembro que os PCN’s de 1997, portanto 12 anos atrás, já definiam Saúde para além dos determinantes biológicos do processo saúde/doença e indicavam maior participação dos indivíduos no processo de aquisição da Saúde, mobilizando-se para garantir condições favoráveis de saúde individual e coletiva, aproximando-se assim das mais recentes idéias de Promoção da Saúde.
Coloco então mais uma vez o questinamento no formato dos programas que estão desconsiderando os saberes e práticas dos professores de Educação Física Escolar. Como melhorar o diálogo entre gestores e professores. Percebo um abismo entre o que preconiza o discurso oficial e as práticas dos Professores no cotidiano escolar.
Formação Continuada? Maior participação na elaboração dos projetos? Rediscutir objetivos e finalidades? Valorização e incentivo a projetos locais? Descentralização de programas?
Vamos pensar juntos...
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