Agita (Programa)

Agita Uberlândia chega a sete bairros Qualquer pessoa que não queira ou não possa pagar academia pode participar do programa Manuella Garcia Repórter Jornal Correio de Uberlândia Atualizada: 17/08/2009 - 07h25min
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Os moradores de Uberlândia que querem abandonar a vida sedentária não têm mais desculpas para não fazê-lo. Depois de entrar para o calendário fixo do Parque do Sabiá, o projeto Agita Uberlândia, que oferece atividade física gratuita, chega ao 4º ano com extensão em sete núcleos em bairros diferentes da cidade.

De acordo com a Fundação Uberlandense de Turismo, Esporte e Lazer (Futel), hoje, cerca de 10 mil pessoas aderiram ao programa.

Qualquer pessoa pode participar do Agita Uberlândia. Segundo o assessor de projetos e qualidade de vida da Futel, Carlos Rizza, o público-alvo vai de obesos a atletas. “A ideia é atender pessoas sedentárias que não têm condições ou não querem pagar uma academia”, disse.

Aos 70 anos, o aposentado Geraldo Alexandre esbanja disposição. Sem nunca ter feito atividade física, ele relatou que foi sua sobrinha que o apresentou ao projeto em fevereiro deste ano. “Eu comecei e muitas coisas melhoraram, hoje tenho menos dor na coluna.”

Ele garante que não sente cansaço nem preguiça em frequentar as aulas. “Nos dias que eu venho, eu acordo até mais alegre. Pego o ônibus no bairro Saraiva, onde eu moro, e venho para o Parque [do Sabiá] animado para as aulas.”

O local mais movimentado é o Parque do Sabiá, mas o núcleo do bairro São Jorge também já atrai muitos adeptos em menos de um mês de início. O local ainda é improvisado, o que não desanima nem um pouco a turma.

A manicure Adriana Pereira Marques, por exemplo, trocou a academia pelas aulas no poliesportivo.

“É mais perto da minha casa, eu gosto mais das aulas, que me ajudam muito no meu bem- estar porque eu trabalho muito sentada e sentia muitas dores”, disse Adriana Pereira.

A dona de casa Ester Gomes Cruzeiro Borges prefere o poliesportivo pelo fato de as aulas serem realizadas ao ar livre. “Na academia é mais abafado e eu sofro de asma.”

Os locais atendidos pelo Agito Uberlândia são os bairros Santa Luzia, São Jorge, Segismundo Pereira, Parque do Sabiá e Planalto. Luizote de Freitas e Roosevelt serão contemplados neste mês e no próximo, respectivamente. 

Exercícios físicos ajudam no tratamento de doenças
 
As atividades oferecidas no Agita Uberlândia são aeróbica, ginástica localizada, alongamento, corrida e caminhada. Além dos 16 profissionais de educação física, o projeto conta ainda com fisioterapeuta, nutricionista, enfermeiro, psicólogo e médico.

A equipe se diz preparada para atender pessoas que querem praticar atividade física para amenizar ou curar alguma patologia
Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que o deixou aposentado por invalidez, Joel Batista Arruda resolveu começar uma atividade física no Agita Uberlândia. Tudo começou com caminhada e quatro anos depois ele pratica ginástica e corrida.

“Minha saúde melhorou 80%, porque eu não conseguia correr nem 100 metros e hoje já corro de cinco a 10 quilômetros.”

Por causa da assiduidade nas aulas, Joel Batista, que mora no bairro Custódio Pereira, saiu dos 90 quilos e passou a pesar 72 quilos. Mais do que isso, ele afirma que sua vida mudou completamente. “Larguei até de tomar remédio.”

Nem sempre ele consegue acompanhar os passos da professora, mas o aposentado Antônio Ferreira da Silva tem animação de sobra. Com 92 anos vividos, ele nega que a idade pesa na hora de praticar atividade aeróbica no poliesportivo do bairro São Jorge. “Quando eu paro de fazer me sinto cansado. A atividade me deixa mais maneiro. É bom demais pra gente.”

Praticantes se movimentam de acordo com seus limites

Fábio Rocha, um dos professores de educação física que fazem parte do projeto Agita Uberlândia, explicou que o fato de a atividade ser praticada ao ar livre é uma vantagem.

Ainda segundo ele, outro aspecto importante das aulas do Agita Uberlândia é a não imposição de regras, como acontece em academias.

“Cada um movimenta de acordo com o que pode, dentro do seu limite e nada é programado.” As aulas reúnem cerca de 50 pessoas e três professores se dedicam às orientações.

A assistente social Vanilda Aparecida do Vale, 44 anos, é uma das praticantes assíduas da ginástica no Parque do Sabiá. Ela relatou que começou a frequentar as aulas há um ano e disse que o maior benefício do projeto não é emagrecer, mas a recuperação da autoestima e o cultivo de novas amizades.

Além disso, a assistente social afirmou que sentia muito cansaço. “Eu sempre fui acostumada a ter uma atividade, mas estava parada há algum tempo. Encontrei nesse projeto motivação para voltar”, afirmou Vanilda Aparecida. 

Projeto recebe recurso da lei de incentivo ao esporte

http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2009/08/16/39457/agita_uberlandia_chega_a_sete_bairr.html

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