Cevnautas, depois de correr o mundo o Helder está trabalhando em Natal e faz mestrado em Coimbra. Alguém que está no convênio de Coimbra conhece o professor? Laercio
Um grande projeto para as categorias de base
Publicação: 06 de Março de 2011 às 00:00
Everaldo Lopes - Repórter e Pesquisador
Nascido em Maceió/AL, vocacionado para o futebol desde as primeiras peladas de rua, Hildebrando Albuquerque Filho logo tratou de abreviar seu nome simplesmente para Helder, quando calçou as primeiras chuteiras nas categorias de base do São Domingos/AL, clube considerado pequeno do futebol da terra dos marechais, como demonstra o fato de ter como troféu apenas o de vicecampeão alagoano de 1980 atrás do campeão CSA. Só que a vocação desse jovem valor estava voltada para outras praças. Tanto, que, depois de peregrinar pela Portuguesa Santista/SP, Atlético Paranavaí e Vitória/ES, o novo Marcopolo do futebol tomava o rumo do outro lado da Terra, indo bater no Honda-Japão, de 1987-1990, naquela época o futebol japonês era amador, pois ele trabalhava durante a manhã na Fabrica HONDA e à tarde treinava.
Hélder, que também já atuou como jogador, comandou jovens em países europeus, ensinou muito, mas também aprendeu bastanteHélder, que também já atuou como jogador, comandou jovens em países europeus, ensinou muito, mas também aprendeu bastante
Helder juntamente com o zagueiro Oscar, Milton Cruz, Zé Sérgio, Pita, entre outros, foram os pioneiros a jogar no futebol do Japão, em diferentes clubes. O Honda, depois de alguns anos se transformou no Kashima, aonde atuou Zico como jogador e, logo a seguir assumindo a direção técnica. Ainda teve uma pequena passagem no futebol colombiano (no Tolima FC), por apenas cinco meses, jogando apenas amistosos. Já no final de carreira, esteve no Argentino Juniors, também por pouco tempo.
Ali, estava encerrado o ciclo de Helder como jogador. Seu projeto, doravante, era assumir a direção técnica de uma categoria de base, quem sabe um time sub 15, sub 17 ou até 21. Como jogador, não fez maior sucesso, como os famosos de hoje que ganham fortunas. Era o tempo ainda das vacas magras, mesmo pra quem tinha um certo prestígio na mídia. Assim mesmo, o alagoano cheio de esperança aprendeu o suficiente para ensaiar os primeiros passos como treinador.
A GRANDE LARGADA
A primeira experiência aconteceu na Alemanha, quando aceitou assumir os juniores do Zandorf/Munique, depois o TSV Bad Reichenhall, o TSV Anger, os dois considerados clubes intermediários da Bavária.
Num torneio promovido pela Liga daquele estado germânico, Helder conseguiu o título de campeão da região sul bavariana, na temporada 2009/2010. Interessado em melhorar seu curriculo, fez vários cursos promovidos pelas confederações de futebol da Áustria e Alemanha, no mesmo momento em que lidava com garotos iniciantes na categoria sub 13.
Treinador elogia estrutura dos times principalmente nas escolinhas
O treinador Helder Albuquerque não deixa de fazer elogios ao zelo dos clubes estrangeiros quando se trata de otimizar as condições de trabalho, principalmente as escolinhas. O gramado, é de “cair o queixo” de perfeitos. A bola rola como se fosse num sinuca. As instalações são impecáveis, com restaurantes, piscinas, os pais acabam entrando para o clube como sócios. Há nos CTs sala de espera, pequenas arquibancadas para o caso de torcedor querer acompanhar a preparação da garotada. “Tudo isso encanta qualquer visitante”, frisa Helder.
No Brasil, alguns clubes já chegam perto desses avanços. O Cruzeiro, tem uma bela estrutura, inclusive funciona uma escola para o jovem atleta cuja família não tem maiores recursos, o atleta chega sem instrução, e pode deixar o clube com a conclusão do 1º ou 2º grau. Tudo pago pelo clube. Ainda sobre as escolinhas dos clubes europeus: elas são administradas pelas federações estaduais e a confederação alemã, como temos a nossa CBF. Os cartolas europeus preocupam-se com a invasão permanente de jovens de outros países, e tratam de “fabricar” também os seus pequenos craques, os Neymar e Lucas lá deles”, acrescenta Helder.
Helder lembra que, nas suas andanças pelo Brasil e exterior fez muitas amizades, citando as que mais lhe marcaram, como a afinidade como o zagueiro Arouca, do Palmeiras, Milton Cruz no São Paulo, Orlando Lelé (já falecido) no Santos, Dino Sani e o ex- zagueirão sãopaulino Oscar, ambos também no Tricolor do Morumbi..
Sendo assim, para fazer contatos e não perder a forma, Helder participa do grupo masters jogando no campo do Jiqui Country Club, Conjunto Jiqui, em Pirangi. Clube campestre dos mais antigos e organizados ds Grande Natal, o Jiqui acaba de eleger Francisco Carlos – o professor Cacau, seu novo presidente.
Objetivo é trabalhar em grande clube
Passando a residir em Natal há pouco tempo, já que sua mulher, empresária e advogada Ruth Pessoa Gondim Albuquerque, acaba de receber o grau de PHD em Direito Ambiental,voltada para a área de energia fotovoltaica na Alemanha e Áustria, instalando-se definitivamente em Natal, Ponta Negra. O objetivo maior do treinador Helder Albuquerque é trabalhar num clube da capital, onde poderá colocar em prática tudo o que aprendeu inicialmente como jogador atuando no Brasil e no exterior, a experiência que acumulou nos diversos cursos, estágios e atuação em clubes europeus, além de Pós graduação e cursando mestrado em Educação Fisica em Coimbra/Portugal.
A longa permanência entre Alemanha e Áustria, lidando com futebol durante quase cinco anos, participando de vários torneios nas categorias entre 13 e 17 anos, além da experiência adquirida, permitiu falar correntemente os idiomas alemão e inglês. Quando atuava na Argentina, tornou-se membro da Associaçón de Técnicos del Fútbol Argentino, tendo participado do curso de técnico juntamente com atletas consagrados, como Zapata, Pedro Toglio, Cristhian Dollberg, entre outros, aproveitando bem os três anos residindo naquele país.
Sobre Natal, Helder diz ter colhido as melhores informações, quer do aspecto cultural, quer da receptividade do seu povo, do clima tropical mas ar puro, praias belíssimas, e na expectativa do grande momento de ser uma das sedes da Copa 2014. Fica aguardando convite para trabalhar nesta capital, ou até mesmo na Grande Natal, pondo em prática a experiência adquirida.
Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/um-grande-projeto-para-as-categorias-de-base/174702
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