AntÃ?nio Tenório no cinema
Filme "B1" estreia nesta sexta Depois de conquistar quatro medalhas paraolímpicas, o judoca AntÃ?nio Tenório agora é o personagem principal do filme B1, dirigido por Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura. O documentário de longa-metragem estreia nesta sexta-feira, 03, no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Filmado no Brasil, França e China, o documentário “B1 – Tenório em Pequim” mergulha na sensibilidade de um personagem explosivo e tocante, e narra por um ponto de vista que nada tem de deficiente a preparação para este grande combate, numa emocionante viagem cinematográfica. Trajetória: Tenório é tetracampeão paraolímpico na categoria até 100kg. O atleta conquistou a primeira medalha de ouro de 1996, quando competiu em Atlanta, e ganhou ouro nas três edições dos Jogos Paraolímpicos subseqÃ?entes. A deficiência veio ainda criança, quando em uma brincadeira de estilingue perdeu a visão. Tenório coleciona títulos de peso como o de campeão mundial, em 2006; campeão Paulista meio-pesado no judÃ? convencional, em 2008, e ouro no Parapan do Rio de Janeiro, em 2007. É um dos poucos do mundo a competir tanto em Paraolimpíadas quanto em campeonatos regulares, onde é geralmente o único deficiente visual, como no Campeonato Paulista Master de 2008, de onde saiu campeão. Felipe Braga
O filme mostra toda a trajetória de um campeão. Perseverança, sacrifício e disciplina somam-se na jornada de Tenório, judoca profissional classificado como B1 – cego total. Isolamento e solidão são alguns dos desafios enfrentados por este brasileiro em um projeto inédito, a conquista de uma quarta medalha de ouro em Paraolimpíadas.
“Mais do que ressaltar minha imagem, esse filme é importante para deixar uma herança para o Esporte Paraolímpico”, explica Tenório.
“As pessoas verão quão dura é a vida de um atleta de alto rendimento, com treinos diários pesados”, justifica.
Na próxima semana, dia 10, será a vez do público de Belo Horizonte e Brasília ver o filme. Na sexta-feira, 17, B1 estreia em Recife, Salvador e Fortaleza.
SINOPSE
Antonio Tenório é um B1: totalmente cego, carrega na manga do quimono o círculo vermelho que o simboliza. O documentário acompanha este judoca profissional, um dos poucos no mundo a competir tanto em campeonatos paraolímpicos quanto regulares, enquanto ele se prepara para disputar uma quarta medalha de ouro, em Pequim. Filmado no Brasil, França e China, “B1” narra uma jornada internacional pelo ponto de vista de um judoca cego, revelando o homem por trás do atleta de alto-rendimento e investigando cinematograficamente sua sensibilidade.
AntÃ?nio Tenório da Silva
Data de nascimento: 24/10/1970
Def iciência: cego total (descolamento de retina)
Classe: B1
Categoria: até 100 kg
Estado: São Paulo
BIOGRAFIA E FILMOGRAFIA DOS DIRETORES
Felipe Braga, nascido em 1979, no Rio de Janeiro, Brasil, é formado em História pela PUC-Rio, onde ele também completou seu doutorado em História Cultural, com um intercâmbio na Paris III- Sorbone Nouvelle, defendendo a tese sobre a cinematografia do século XIX.
Roteirista com formação na New York University, ele trabalhou em filmes produzidos pela Conspiração Filmes e Warner Brothers de diretores com José Henrique Fonseca e Cláudio Torres. Roteirista da série Mandrake, produzida em 2005 e 2007 pela HBO Latin America – nomeada para o Emmy em 2006 e 2008 -, e ele também escreveu o roteiro para Cabeça a Prêmio, filme dirigido por Marco Ricca em 2008. Em B1 estréia como diretor.
Eduardo Hunter Moura
Eduardo Moura, nascido em 1977, no Rio de Janeiro, Brasil, começou sua carreira escrevendo contos publicados durante seus estudos de Comunicação Social . Depois de for mado, trabalhou durante 6 anos como assistente de direção em comerciais de televisão, séries de TV e longas-metragens no Brasil.
Mestre em Film Making pela London Film School, entre 2006 e 2009 ele dirigiu os curtas-metragens de ficção: Garage, The Toast, Blood and Flowers, Awakening, Shelter, A Better Place, e Brothers, e, em 2007, co-dirigiu o DVD do show Deodato Live in Rio. B1 é seu primeiro longa-metragem como diretor
Comentários
Por
Luiz Roberto Nuñes Padilla
em 10 de Setembro de 2010 às 01:27.
O bom deste filme é enfatizar o compromissos, da sociedade, com as pessoas de necessidades especiais. O Brasil, de pífia participação nos Jogos Olímpicos, há muirto tempo destaca-se nos Jogos Paraolímpicos - contudo, os espaços na mídia só apareceram recentemente --> www.padilla.adv.br/desportivo/jogos
No Estado do RS, como em vários outros, a Lei Estadual do Esporte determina prioridade de recursos a integração dos porteadores de necessidades especiais pelo desporto. Contudo, pouco ou nada se vê...
Continua havendo desrespeito, como ilustra o filme em:
http://www.youtube.com/watch?v=xZglnbOkQcc
Cogito que, muito, é devido à cultura da superficialidade:
Afinal...
As melhores escolhas dependem de informações de qualidade e um esforço consciente para as compreender, trabalho que consome tempo e energia. Contudo, a cultura de superficialidade dissemina falsas relações de causa e efeito: “Trabalho intelectual sempre pode ser mensurado por quantidade” é uma crença falsa; valoriza quem aparenta trabalhar e apresenta estatísticas de produtividade - p.ex. movimenta processos, decide muitas questões - contudo, através de mecanismos de solução superficial, sem ponderar, não raro sequer examinar todas as informações.
O excesso de informações confunde? Desvia o foco do pensamento? "É impossível saber tudo e acertar sempre logo a celeridade é mais importante do que a segurança." Outra falsa relação de causa e efeito, que valida as decisões apressadas. Assim, aplausos ao Ministro Ari Pargendler, por sua manifestação ao assumir a Presidência do STJ:
"Entre o artesanato e a indústria, eu ainda prefiro ... não julgar a julgar errado."
http://www.canaleletronico.net/index.php?option=com_content&view=article&id=439
Se o exame cuidadoso aumenta as chances de escolhas corretas, a solução rápida produz muitos erros, e transforma justiça, algo sério, numa loteria: Vencer não é prerrogativa de quem tem razão, e muito mais de sorte ou de influência!
Quem aproveita tal inversão de valores?
Que grupos se beneficiam dessas crenças?
É muito mais fácil e rápido buscar um único motivo para indeferir, do que analisar toda a prova para concluir pelo direito, e ainda ter que mensurar o dano!
A improcedência de pleitos justos, com a impunidade dos maus, estimula a audácia e fomenta comportamentos ilícitos?
J
O uso da linguagem para dominar, não é uma novidade:
Há 1/4 de século, o Prof.Dr.Luiz Fernando Coelho o sintetizou numa Tese de Livre Docência:
“Teoria Crítica do Direito”.
Revela o direito como instrumento de dominação.
Resumimos, as 500 laudas da tese, na RDC-RT v.49/21-3, em 3 páginas, também em:
www.padilla.adv.br/teses/normas
A distorção, na aplicação do direito, o exercício superficial do poder, compromete as liberdade, democracia e dignidade?
O povo que o aceita, como “normal”, foi "robotizado"?
Controlando a informação e o processo de pensamento, a "indústria de consumo" transforma as pessoas em engrenagens para ampliar o lucro?
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