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Há esperança. Laércio

Universitários protestam contra classes lotadas

Cerca de 60 alunos se reuniram na última quarta-feira, na quadra da faculdade, com cartazes e guarda-chuvas para ironizar a situação

Indignados com a superlotação nas classes e com as condições precárias de salas e quadras, alunos do curso de educação física da Unifran (Universidade de Franca) protestaram para reivindicar melhorias. Cerca de 60 alunos se reuniram nessa quarta-feira, às 20h30, na quadra da faculdade. Eles levaram cartazes que denunciavam os problemas e guarda-chuvas para ironizar a existência de goteiras e infiltrações nas instalações.   

Na noite da última quarta, o chão da quadra estava molhado. Pelo menos duas salas de aulas estavam praticamente inundadas e um pedaço do teto de uma delas havia desabado. A ideia inicial era fazer a manifestação na frente da reitoria, mas devido à chuva, houve a mudança de local.   

O “aulão” acontece porque várias turmas são reunidas em uma aula só, quando existe uma disciplina em comum ensinada. Em alguns casos, cinco turmas são fundidas em uma, de acordo com os estudantes. “Nossa sala tem cerca de 110 pessoas e a estrutura comporta em torno de 80. Isso prejudica a qualidade da aula”, disse o estudante do quarto ano Maikon Machado Costa, 30.   Um dos motivos para o excesso de alunos, segundo eles, pode ser a falta de professores. Costa acredita que o quadro atual de docentes não é suficiente. “Nós, da educação física, estamos fazendo esse manifesto para conseguirmos melhorias para nossa turma e para as outras”, completou o estudante Robert Peliciari, 20.   

Nas aulas práticas, além do número excessivo de alunos, existem os problemas estruturais.

“O ginásio está deteriorado, o telhado e o piso têm bolor, goteira e vários desgastes. Tem uma sala que tem uma infiltração constante devido a um bebedouro que vaza no andar de cima”, disse a aluna do quarto ano Ellen Ribeiro, 22.   Segundo ela, esses problemas existem desde quando ela iniciou o curso. A estudante diz que já houve uma tentativa de conciliação entre os alunos e a pró-reitoria. Na última segunda-feira, foi apresentado um documento com as reivindicações e na terça-feira foi realizada uma reunião com o pró-reitor Arnaldo Nicolella.   

“Disseram que as reclamações sobre a condição das instalações já foram passadas para a equipe de manutenção e que a uma reforma está prevista para a quadra a partir de junho”, afirmou o aluno Maikon Costa, que participou da conversa.  

A respeito do número de alunos foi dito, segundo ele, que a resolução depende da administração do Cruzeiro do Sul, complexo educacional de São Paulo responsável pela Unifran.  

Outro curso que pede mudanças é o de sistema de informação. Os estudantes reclamam que acessar sites e obter arquivos é dificultado pela velocidade da internet. “Não conseguimos fazer atividades necessárias do curso pela qualidade da conexão, isso prejudica e atrasa as aulas”, disse Lucas Mantovani Gomes, 21, que faz o terceiro ano.  

De acordo com Luciano dos Santos, 30, aluno do mesmo curso, também havia classes lotadas, mas após uma ocupação da reitoria, eles conseguiram resolver essa questão. Tal fato ocorreu em fevereiro, quando havia cerca de 80 estudantes por sala. “Só conseguimos reduzir o número de pessoas da classe depois de entrarmos na reitoria da Unifran e permanecermos até sermos atendidos”, disse.   

Ele reclama também da dificuldade de comunicação e diálogo entre estudantes e a coordenação da Unifran.  

Problema se repete Em fevereiro, uma reportagem do Comércio denunciou os “aulões” que aconteciam no curso de engenharia. O aluno Hermes Braga, 30, de engenharia de produção, disse que após a publicação da notícia, a classe foi reduzida dos 104 alunos para 41. “Na época, teve um abaixo-assinado com alunos de diversos cursos, como engenharia civil, elétrica e mecânica.”  

Outro lado

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Unifran comunicou que a reitoria, por meio da pró-reitoria de Graduação, recebeu os representantes dos alunos e apresentou os pontos que serão modificados no decorrer do semestre. Não foi detalhado o prazo para as mudanças. A respeito da falta de professores alegada, informou que o quadro docente está completo.  

FONTE: http://gcn.net.br/noticia/283609/franca/2015/04/universitarios-protestam-contra-classes-lotadas  

 

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