Até ai’ nenhuma surpresa, mas que o pessoal da comunidade nao se manifeste é decepcionante. Que fique bem claro, ninguem tem envergadura moral para condenar quem quer que seja. Ao contrario, num impeto de boa vontade, poderiamos começar a pensar em alternativas pro modelo atual. Eu adoraria começar propondo, mas so’ vou fazer isso quando tiver certeza que nao estarei falando para as paredes. Abs a todos
Comentários
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Guilherme Tucher
em 23 de Setembro de 2009 às 08:22.
Olá, Alvaro. Na escuta (rsrsrsr). Vejo que isso é generalizado nas comunidades.
Guilherme
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Alvaro Ribeiro
em 23 de Setembro de 2009 às 09:18.
Ja que tenho um interlocutor (obrigado Guilherme), me lanço: "prevenir" é sinônimo de "dispor com antecedência; preparar.chegar antes de; antecipar-se, dizer ou fazer antecipadamente ou antes que outro diga ou faça, avisar antecipadamente, impedir que se execute ou que aconteça; evitar. acautelar-se contra, dispor-se, precaver- se, preparar-se" [dicionario]. E nós conhecemos muitas das causas ou motivos que levam esportistas a utilizar substâncias proibídas, muitas vezes de alto potencial ofensivo, em detrimento de sua saúde e, eventualmente, de questões de ordem ética. Logo, podemos nos antecipar e chegar antes que estas causas ou motivos se instalem e comecem a produzir conseqüências, efeitos indesejáveis. Relata-se, a título de exemplo, que o doping - que acarreta problemas de saúde dos atletas, de desigualdade de oportunidades e de inter-reflexos no plano social (o fenômeno da ’adição’ - condutas aditivas) - pode ter como causa/motivo a exigência da auto-superação, a subordinação da própria existência do esportista à hiper-valorização coletiva da "vitória", a compreensão deformada de valores esportivos atualmente em vigor, o dinheiro, a fama, a adicçao e outros distúrbios/disfunções bio-fisio-médico-psiquicos. Ao momento em que uma destas causas/motivos se manifesta, o esportista corre um sério risco de tornar-se refém/prisioneiro livre de um sistema que ele crê, muitas vezes com razão, ser excluído quem não vence. Patrick Laure, psicólogo do esporte, chega mesmo a dizer que o fracasso do atleta confrontado a seus limites, à impossibilidade de atingir o topo enquanto outros chegam lá, é raramente levado em conta e não é objeto de um acompanhamento psicológico particular. O término da carreira esportiva é vivido por certos atletas como uma espécie de morte. O exemplo mais recente é da tenista Justine Hénin que em entrevista ontem disse, emocionada e com alivio, que nestes ultimos 16 meses de “aposentadoria” se deu finalmente conta que nao sabia existir “fora” do esporte. Dá para se ter uma boa noção, então, daquilo que podemos fazer para a "prevenção" ao doping. E a maioria dos estudiosos parece concordar que não conseguiremos levar a incidência de casos de "doping" a 0%. Mas podemos chegar muito próximos disto, sem os efeitos negativos que pessoas que já vivenciaram o problema conhecem como poucos como este fato cai como uma verdadeira bomba de múltiplos reflexos negativos (que muito frequentemente não ficam adstritos ao mundo esportivo). Outros também conhecem esta bomba de efeito moral porque já vivenciaram problemas criados por especulações maldosas ou ignorantes. Quase tudo isto, poderia ser evitado, penso, através de políticas públicas de enfoque preventivo (no sentido mais amplo que a palavra possa ter). Inclusive a utilização de substâncias e métodos atualmente em uso fora-de-competição e que visem à aumento do desempenho esportivo, diminuição da sensação de fatiga e dor e, por consequente, de incremento da carga de treinamento, entre outros. Primeiramente, é fundamental ter em mente o recente estudo da Metropolitam University of Leeds. Em seguida, enfrentar o problema (os sociologos da linha construtivistas dirao que a observaçao do fenomeno preexiste e condiciona a noçao de “problema do doping”), ponto a ponto, mais ou menos assim : Diminuir sensivelmente a diferença de premiaçao entre participantes, implantar acompanhamento médico, psicologico e sociologico longitudinal enquanto durar e apos a carreira esportiva do atleta, Subvencionar formaçoes profissionalisanterroùmes para a continuidade da carreira esportiva do atleta quando por qualquer razao decide interromper a participaçao nas competicoes, Realizar estudo epidemiologico amplo relacionado à utilizaçao de substâncias e metodos de potencial aumento do desempenho esportivo, Incentivar o intercâmbio dos profissionais das Ciências do Esporte (sao quase vinte areas do conhecimento aplicadas às atividades fisicas e esportes, segundo o ICSSPE) em prol da melhora do desempenho, submeter o trafico e o porte injustificado de substancias e metodos a um enquadramento legal sério, justo (da pano pra manga a ideia de justica) e inflexivel etc etc etc etc. Nao sou ingenuo a ponto de pensar que essas propostas sao definitivas, a perspectiva aqui é de reduçao de riscos. Abraços,
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