Dez anos sem o bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva (Arquivo) |
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A vida esportiva e pessoal de Adhemar é riquíssima. Nos estádios do mundo, seus maiores feitos foram as conquistas da medalha de ouro no salto triplo, em duas edições olímpicas seguidas: Helsinque, na Finlândia, em 1952, e Melbourne, na Austrália, em 1956.
É o único sul-americano a ganhar dois títulos olímpicos seguidos em eventos individuais na história dos Jogos. Também foi tricampeão pan-americano, em Buenos Aires, na Argentina, em 1951, na Cidade do México, em 1955, e em Chicago, nos Estados Unidos, em 1959. Foi bicampeão da Universíade e ganhou 10 vezes o Troféu Brasil. Em sua carreira, defendeu o São Paulo FC e o Vasco da Gama.
O Tricolor mantém duas estrelas douradas em seu uniforme oficial, em homenagem aos dois primeiros recordes mundiais estabelecidos por Adhemar: 16,00 m em 1950, em São Paulo, e 16,01 m, no Rio de Janeiro, em 1951. Ele superou ainda outras três vezes o recorde: 16,12 m e 16,22 m em Helsinque, em 1952, e 16,56 m, no México, em 1955.
Adhemar também foi colunista do antigo jornal "Última Hora" e adido cultural junto à Embaixada do Brasil na Nigéria. Em 1987 recebeu a medalha de "Emérito", principal comenda da CBAt concedida a um atleta. No mesmo ano, foi homenageado pela IAAF, junto com João Carlos de Oliveira, como autor de uma das 100 performances mais importantes no Jubileu de Diamante da entidade (1912-1987). Em 2001, o COB instituiu Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Entre os ganhadores estão nomes como Nelson Prudêncio, Aída dos Santos e Éder Jofre.
"Adhemar foi um vitorioso", diz Roberto Gesta de Melo, que em sua Galeria Olímpica tem uma sala dedicada ao antigo campeão. "Como atleta olímpico é reconhecidamente o mais importante da história do Brasil. Também é um exemplo de dedicação ao trabalho. Sempre, nas palestras e nas entrevistas, falava da importância do Atletismo, como importante porta de entrada para a cidadania", conclui Gesta.
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