No final do ano passado, a Chlerismar me procurou para falar de um programa de inicação esportiva, da prefeitura Municipal de São Luis, que estaria afeito à ela. Pediu-me uma assessoria para o seu planejamento. Qual programa? Quantas escolas? Quais as condições materiais? Quem serão os professores-multiplicadores? Qual o objetivo?
Não soube responder, mas neste inicio de ano, já me disse que fora vetado, antes mesmo de dar algum resultado, por falta de… material!!! Espaços, material didático, professores, interesses…
Afinal, iniciar um Projeto desses dá trabalho!!!! Muito trabalho!!! Principalmente para aqueles que o vão executar, nas escolas… sem contar a falta de conhecimento dos gestores educacionais… não sabem – ou fingem – da importância da atividade física na vida de qualquer cidadão, especialmente daquele em idade escolar…
Sugeri, então, que desse uma olhada no sitio da CBAt http://www.cbat.org.br, e la´procurasse, à direita, o link para Atletismo Escolar http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar e desse uma lida nas propostas.
De fácil execução, com material alternativo – Tecnologia Popular do esporte – sem necessidade de ‘grandes instalações’, bastando boa vontade e uma rua, praça, pátio, campinho de futebol… e com excelentes resultados…
Conversamos sobre o CIA – Centro Interescolar de Atletismo – que poderia vir a ser um Clube Interescolar de Atletismo… oportunidade para todos, com possibilidades educacionais infinitas… boa vontade, planejamento, dedicação… isso sei que grande parte dos profess0res de educação física da rede municipal têm… basca uma oportunidade de mostrar a que vieram… basta um pouco de confiança em seu trabalho, por parte dos gestores…
Mãos à obra… depois, podemos trabalhar com o Grupo de Voleibol, com os amigos do Handebol, com o Alin Neto no Futsal…
Bom trabalho, no Planejamento deste ano que se inicia. Vamos ver os resultados para o fim do ano…
Leopoldo
Programa Atletismo Escolar da CBAt
O Atletismo é chamado de esporte-base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais executados pelo ser humano, como correr, saltar e lançar. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida com cerca de 200 metros, chamada pelos gregos de “Stadium”, realizada nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, celebrados em Atenas.
Por sua importância histórica, o Atletismo contribuiu para o ressurgimento, em 1896, dos Modernos Jogos Olímpicos, ganhando a partir daí status de modalidade de maior preferência do público nesse evento, que congrega milhares de atletas de Países dos cinco Continentes, sem distinção de ideologia, raça ou religião.
A modalidade congrega mais de 200 países filiados à Associação Internacional das Federações de Atletismo – IAAF, mas não condiz, proporcionalmente, com o número de praticantes no Mundo. Sua prática, de forma massificada, é limitada aos países de cultura esportiva tradicionais, sobretudo do Continente Europeu, América do Norte e Ásia. Havia, portanto, a necessidade de elaborar um programa de impacto para difundir a modalidade a partir da escola, com proposta de um novo conceito pedagógico de Atletismo.
Foi com esse propósito que em 2001 o Grupo de Trabalho da Associação Internacional das Federações de Atletismo – IAAF tomou a iniciativa de desenvolver um programa de evento para crianças distinto do modelo adulto de Atletismo, visando oferecer às crianças um Atletismo atraente, acessível e instrutivo. O programa foi intitulado “Mini Atletismo da IAAF”.
Em 2005 a IAAF instituiu a “Política de Atletismo Global para Jovens”, visando difundir o Atletismo e tornando-o o esporte individual mais praticado na escola, além de promover, em articulação com as Confederações e/ou Federações Nacionais e outros órgãos, eventos de “Mini Atletismo” como forma de preparação para o futuro do Atletismo de modo mais eficiente.
Aliada a nova política implementada pela Associação Internacional das Federações de Atletismo – IAAF, a Confederação Brasileira de Atletismo – CBAt, apresenta aos interessados – treinadores, professores e acadêmicos de Educação Física e público em geral, o Programa “Mini Atletismo” e outras informações referentes ao Atletismo Escolar disponibilizado em nosso site, representado por nova concepção no sentido de tornar o Atletismo uma das modalidades esportivas mais praticadas nas escolas brasileiras, posto que pode ser integrado ao conteúdo das aulas de Educação Física, favorecendo, dessa forma, o desenvolvimento da cultura atlética.
Um Guia Prático para Animadores de Atletismo para Crianças - http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar/guia_pratico.pdf
MINI ATLETISMO DA IAAF PROGRAMA Adaptação: Departamento Técnico da CBAt http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar/programa_mini_atletismo.pdf
http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar/estacoes_mini_atletismo.pdf
http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar/material_mine_atletismo.pdf
qua, 03/02/10 por leopoldovaz | categoria A VISTA DO MEU PONTO, Atletismo, Educação FísicaComentários
Por
Diozelene de Jesus Pinheiro
em 2 de Junho de 2010 às 21:03.
Bom é uma ótima ideia esse programa ,sendo que o atletismo tambem vai servir
de base para para outros futuros esportes que esses jovens venham a praticar.Acho tam-
bem que n deveríamos dar tanta importancia para os materiais a serem utilizados pois
existem varias formas de se trabalhar com a iniciação em varios esportes sem ter tanta
necessidade de materiais vamos dizer assim:oficiais podemos trabalhar com materiais
alternativos nossa grande preocupação deveria ser estar capacitando professores interes
ados no crescimento desse esporte em nosso estado.
Por
Wanda Maria Costa Braga
em 18 de Outubro de 2012 às 16:40.
Confirmando o questionamento feito sobre se o atletismo deve ou não fazer parte do ensino escolar com ou sem material, trago um artigo do professor Go Tani (O ensino dos esportes para crianças e jovens: considerações sobre uma fase do processo de desenvolvimento motor esquecida) que discute o crescimento e desenvolvimento infantil com grande propriedade em um exemplo de atletismo diz: “ aquele saltador que desde a sua infância, antes de se envolver com o atletismo, teve oportunidades de explorar várias possibilidades de combinação de componentes para saltar diferentes obstáculos em diferentes situações, com diferentes níveis de exigência de desempenho terá maiores opções (repertório de combinações) para chegar a uma configuração no salto em distância.”
Não importa muito a questão de materiais para trabalhar, pois os alternativos estão ai para isso, o importante mesmo é saber qual o objetivo de cada atividade e pra que ela tem serventia. As crianças necessitam mesmo de uma caixa de areia para saltar? Ou elas podem brincar de saltar uma poça d’água no pátio da escola e estarem exercitando formas diferentes da realização de um salto?
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 19 de Outubro de 2012 às 07:47.
Wanda e demais professores,
Em www.procrie.com.br/ existem vários artigos que tratam da metodologia e pedagogia do ensino com exemplos práticos. Pesquisem em "Novo Sumário" alguns deles e estejam certos de que as noções ali exaradas são aplicáveis a qualquer ensino. Por exemplo, em sua citação ao professor Go Tani, verá o equivalente em "Teoria vs. Prática", inclusive um debate saudável que estabeleci com o professor João Crisóstomo a respeito do ensino do voleibol. Não há diferença. O difícil mesmo é fazer com que professores leiam a respeito de Metodologia e Psicologia Pedagógica, perceptível em sua citação: (...) "o importante mesmo é saber qual o objetivo de cada atividade...".
Vejam em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ um planejamento global que conceituo de um "Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol" que, inevitavelmente, passa pela formação continuada de professores que se disponham a Aprender a Ensinar. E, poir fim, em QUALQUER desporto ou atividade humana.
Espero-os por lá com seus comentários, críticas e sugestões.
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