Qual é a grande barreira do atletismo nas escolas?
Talvez o professor, o diretor, supervisor da escola,que de certo modo não incentiva este conteúdo previsto nos PCN’s, ate mesmo o academico ou professor da graduação que de certa forma não vê este conteúdo como um importante instrumento para o desenvolvimento motor e até mesmo como um processo construtivo de valores humanos. Acredito em um atletismo que oportuniza o aluno a relacionar de forma inclusiva com a sociedade, além de promover uma série e benefícios, incentivando e estimulando as suas habilidades. Além disso, o atletismo escolar integra socialmente o aluno e colabora para a construção de valores morais favorecendo uma relação aluno, atleta, família e sociedade.
Comentários
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Jorge Luiz Fidencio da Maia
em 22 de Agosto de 2010 às 20:17.
Bem respondo com muita propiedade sobre essa questão, mas o faço baseado em minha realidade, ou seja, no meu estado, o Rio Grande do Sul, o nosso governo não tem uma política para o esporte educaciona (esporte nas escolas) e nem incentivo para tal. Os professores não ganham horas treinamentos e sim somente oras de aulas de Educação Física. Todo e qualquer moveimento nesse sentido nas escola são feitos por nós professores de uma maneira ideológica e gratuita, quando nos resta algum espaço de tempo. Outro fator é da precariedade dos materiais esportivos nas escola, as vezes muitas delas se quer tem uma quadra de cimento. Por mais que os diretores e professores queiram esbarram nesta questões, salariais, materias e estruturais. Minha pergunta é: como que um pais que irá sediar uma olimpíada em 2016 e precisa formar novos atletas, consiguirá fazê-lo se não estruturar a grande base formadora e descubridora dos novos talentos esportivos, que é a escola?
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Guilherme Tucher
em 24 de Agosto de 2010 às 11:20.
Amigos, minha opinião é pautada no seguinte: se trabalharmos com os conteúdos (seja ele qual for) dentro da escola da mesma forma como o trabalharíamos em clubes, por exemplo, nunca obteremos sucesso.
Assim, se trabalharmos estes conteúdos sem contextualizá-los para a escola, utilizaremos os dois semestres batendo na mesma tecla. Não oportunizaremos a variabilidade de experiências e do desenvolvimento de conhecimentos conceituais e atitudinais (além do procedimental que a maior parte ja desenvolve), que às vezes até estão presentes, mas sem a intenção real do professor.
Por que para as provas de corrida de velocidade não pode ser destacado a diferença técnica existente para as provas de meio fundo e fundo; quais as consequências disso?. Para as provas de salto, ser ensinado o salto em altura com técnica tesoura. Da mesma forma, destacar, por exemplo, as difenreças de "rendimento" entre o salto em distância e o salto triplo; ou a influência que a vara possui na altura do salto. Nas provas de lançamento, martelos, discos e pesos improvisados (com saco plástico de mercado, bolas de meias e etc). Por que atletas mais magros em umas provas? E outros mais pesados e fortes em outras?
Acredito muito que se o aluno ao ligar a TV e assitir um evento de atletismo puder entender e discutir o que está assistindo, já "ganhamos o jogo". Os que tiverem maior interesse (e destaque) procurarão locais específicos para uma aprendizagem mais específica e detalhada da modalidade.
Guilherme
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Clayton Cesar de Oliveira Borges
em 13 de Outubro de 2010 às 23:08.
Prezado Expedito,
Leciono na rede publica de SP, o estado mais rico da federação, gosto muito de atletismo, tenho uma turma de treinamento na escola e percebo a desvalorização da modalidade.
Os alunos das escolas estaduais de SP participam de uma competição escolar chamada de Olimpíada Colegial, participam das fases sub-regional, regional e final estadual.
O regulamento da competição prevê que na fase sub-regional sejam premiados os alunos classificados de 1º a 3º lugar, a fase regional é apenas classificatória, onde apenas o 1º de cada prova se classifica p/ final estadual.
Porém, na fase sub-regional, que é de responsabilidade da secretaria de esportes, lazer e turismo de SP ( SELT) pela premiação dos alunos, nunca é respeitada, os alunos simplesmente não recebem as medalhas, ( pelo menos na minha região – interior de SP ) que tem um grande valor simbólico p/ eles, já mandei diversas vezes reclamação p/ ouvidoria, mas nada resolveram, aliás, a delegacia regional ainda me questionou sobre a reclamação.
Como vamos incentivar os alunos a participarem de uma modalidade esportiva que não é tão popular, onde os treinamentos tem de ser adaptados por falta de materiais e espaço físico, e além disso, uma modalidade esportiva em que o aluno só será premiado se classificar entre os 3 primeiros colocados na final estadual, onde competem atletas federados! ( visto que não cumprem o regulamento na fase sub-regional e não premiam os alunos .)
Além disso não respeitam os alunos e nem professores, muitas vezes a fase regional acontece apenas 1 dia após a fase sub-regional, e algumas cidades ficam 4/ 5 horas distantes da cidade sede da competição, imagine o desgaste p/ os alunos, imagine na prova dos 3.000 m.
Além disso, certa vez numa final estadual, um aluno na prova do salto em altura saltou melhor que um atleta federado, quando um representante da federação paulista entrou na pista e pediu p/ o aluno não saltar mais, pois tinha ganhado a competição, mas, na verdade, ele não queria que o aluno superasse o índice do atleta que já estava acertado p/ ir a final brasileira, foi a coisa mais ridícula que já vi!
Por essas e outras razões não vejo mais sentido em levar os alunos p/ essa competição, que prima pelo desrespeito ao ser humano…”
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Leandro Batista de Sousa
em 18 de Outubro de 2010 às 00:09.
Prezado prof. Clayton
Também sou professor no interior do estado de SP, em Franca, e também tenho turma de treinamento de Atletismo desde 2006 quando fui aprovado no concurso, e desde este ano sempre quando posso acompanho alunos na final estadual, em minha região não acontece a fase sub regional, somente a fase regional e os classificados já participam direto da final estadual, realmente percebo como vc a inadequação desta competição dita escolar.
Infelizmente, as Olimpíadas do Rio 2016, não está servindo de motivação para uma transformação da cultura esportiva deste país, é notável algumas ações, porém não suficientes para uma evolução da cultura de formação esportiva, houve modificações nas resoluções dos projetos das turmas de treinamento (ACD – Atividades Curriculares Desportivas), permitindo a abertura de outras modalidades Olímpicas, no entanto assim como o prof. Guilherme havia citado sobre a diferença do esporte escolar, no Atletismo principalmente, considerado por muitos o primo pobre das demais modalidades, pouco foi modificado, e está um pouco longe de uma estrutura que atenda as reais necessidades do esporte escolar, apesar que ao menos teoricamente pelos cadernos distribuídos pela secretaria estadual, parte das idéias do prof. Guilherme é sugerida aos professores por meio dos cadernos do professor e do aluno. E infelizmente como foi colocado e as formações propostas via on-line, foram insuficientes, pois sei que a grande maioria dos professores da rede estadual não atinge aprendizagens significativas em seus alunos por diversos motivos.
Voltando para a Olimpíada Colegial do estado de SP (OCESP, como é conhecida) especificamente na final estadual ocorrida nos dias 14 e 15 de Outubro na cidade de Atibaia – SP, o que ocorreu foi uma otimização da competição, e ao menos houve comentários sobre os selecionados para os Jogos Escolares Brasileiros, e para contribuir com a situação, foi abolida a premiação da escola campeã, diferente com o que ocorre com as demais modalidades, que possui premiações separadas, pois na realidade ocorrem duas competições, além da OCESP (que participa as escolas estaduais publicas), ocorre o JESP (que participa as escolas particulares e municipais), no atletismo houve uma única competição, fazendo apenas a classificação separada, talvez para evitar o ocorrido citado pelo prof. Clayton, nem foi comentado sobre os selecionados para os JEB’s.
Cheguei a comentar com alguns professores que ali encontrei que necessitamos de encontrar meios de provocar o debate em relação ao que vem ocorrendo especificamente, com esta competição, e no entanto darei início a um novo debate específico destes jogos realizados aqui no estado de SP, assim como este aqui iniciado, o esporte escolar, tema de muita propaganda, e necessita de um debate profundo de nós que temos contato direto com eles, pois muito ainda necessita ser modificado se pretendemos ver uma realidade diferente da qual vimos hoje.
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Leticia Fernandes
em 10 de Abril de 2012 às 00:54.
Ola! Preciso de uma ajuda, estou terminando a faculdade faço educação física,e decidi fazer um TCC a qual estou com dificuldade no tema , quero falar do atletismo escolar , gostaria de fazer uma pesquisa que mostra se a falta do atletismo nas escolas e as metodologia que os professores utilizam para ensinar .
Não consigo formular a pergunta
se alguem puder me ajudar
Desde já grata .
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Edison Yamazaki
em 10 de Abril de 2012 às 02:23.
Leandro e Clayton,
Pelo jeito, ninguém ainda está dando o valor necessário para o esporte, seja ele basquete, handebol ou atletismo. A falta de material e espaços adequados é uma realidade de longa data, e mesmo querendo ser otimista, não vejo uma solução à curto prazo. O Brasil que conhecemos é esse!
Longe de polêmicas, fui contra a realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil, por um motivo simples. A falta de infraestrutura e de comprometimento com o esporte amador de uma maneira geral. Há mais de 40 anos ouço desabafos de professores como nós, e infelizmente, ví pouca ou nenhuma melhora. Sei que não devemos desistir da nossa escolha, mas não acredito em nada sem uma mudança de consciência profunda nos politicos e afins.
Aqui no Japão, onde o atletismo não é forte em termos olímpicos, as escolas investem maciçamente ensinado os alunos, desde o primário, a importância da prática esportiva, utilizando o atletismo como base. Existe o "dia da Educação Física", é feriado nacional, e as escolas aproveitam para realizarem uma mini maratona onde todos participam, inclusive os professores. Não há premiação para ninguém, apenas o reconhecimento pelo esforço e dedicação. Esse reconhecimento é demonstrado abertamente pelos pais, parentes e imprensa, que acompanham toda a competição. Essas mini-maratonas são realizadas no país inteiro. Você já viu a alegria das crianças quando veêm seus rostos estampados nos jornais, nas revistas ou na TV?
Sei que Brasil e Japão são duas realidades completamente diferentes, pois todas as escolas daqui possuem ginásios cobertos, piscinas, quadras de tênis e campo de atletismo. Não faltam materiais e nem tempo, pois todos estudam em período integral. Não existem crianças fora da escola, todas vestem bons calçados e roupas, ninguém morre de fome. Mesmo com tantas diferenças, ainda vejo uma luz. É a força de transformação de nós professores, principalmente os da Educação Física, e o sonho da criança brasileira em buscar novos horizontes. Será que estou certo?
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Roberto Affonso Pimentel
em 10 de Abril de 2012 às 14:31.
Letícia,
No caso do Atletismo, o Leopoldo vem divulgando o projeto da Cbat inclusive vejam a notícia, “MEC adota projeto mini atletismo a partir de 2012” (de 6.4.2012). Quanto à Metodologia & Pedagogia, poderá encontrar teoria e exemplos de prática comentada em www.procrie.com.br/metodologiaepedagogia/ Não deixe fugir a oportunidade para navegar pelo "Novo Sumário" e contemplar pouco mais de 400 textos voltados para o ensino de professores.
Caríssimos professores,
Aprecio o entusiástico nível das discussões, reconhecendo que todos, dentro de sua realidade, estão corretos. Todavia, a questão que fica no ar é sempre a mesma há décadas, pois desde 1946 quando comecei a frequentar o ensino "primário", pouco ou quase nada mudou nesse Brasil. Realisticamente, várias gerações de alunos foram prejudicadas, inclusive nós mesmos os atuais professores, e de que adianta contemplar o que não foi feito, ao invés de buscarmos soluções? Será que os diretores, coordenadores pedagógicos, políticos são os únicos responsáveis pelo caos? E as instituições que formam os professores - as universidades - não deveriam também ser responsabilizadas? Afinal, não são elas que têm a responsabilidade de formar e capacitar os profissionais na área? E o que fazem? Cumprem um currículo (sic) convencional editado provavelmente no início do século passado. Aliás, vejam como se deu o batismo da ENEFD (da atual UFRJ) em www.procrie.com.br/
Assim, os novos professores são lançados no mercado com mínimo preparo, especialmente em Metodologia e Pedagogia, matérias completamente negligenciadas por todos, docentes e acadêmicos. E, depois, o que fazer diante das dificuldades? Se possuem pouco de teoria e quase nada de prática, como solucionar problemas? Que medidas tomar diante de situações que se avolumam no tempo?
Haja criatividade e tentar sem medo de errar! O mínimo que posso fazer é oferecer um segundo espaço de discussões no Procrie, em que tomarão consciência da necessidade de estudos nas matérias assinaladas anteriormente e, além disso, soluções práticas desenvolvidas ao longo da vida de alguns pesquisadores mais experientes que se debruçaram sobre o assunto, como vocês estão fazendo. Só falta partir para a prática, desde que devidamente embasados, caso contrário estarão a copiar os anteriores.
Boa leituras em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie e coloco à disposição 403 postagens em www.procrie.combr/novosmario/.
Agora mesmo, já fiz contatos em duas vertentes para programar algumas experiências de ensino: a primeira, no alto nível do voleibol, com a equipe carioca masculina do RJX (leia-se Marcos Miranda); e a outra, na escola de ensino fundamental de minha neta, para o uso de um para quedas em aula. Quê observações retirar dos eventos? Verão isto mais tarde, quando da publicação dos resultados da pesquisa. Aguardem.
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 10 de Abril de 2012 às 14:37.
Perdôem-me, peço fazerem as devidas correções: www.procrie.com.br/novosumario/ e parquedas.
Por
Leticia Fernandes
em 22 de Abril de 2012 às 19:34.
Olá Roberto! Obrigado pela resposta, porém os sites que enviou falam sobre vôlei e eu quero algo que possa me ajudar no tema de tcc falando sobre atletismo, quero fala se o atletismo esta ou não sendo aplicado nas aulas de educação física e se esta quais são os métodos que os professores estão utilizando. Porem não sei como formular o meu tema .
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