Maurren Maggi: destaque do GP São Paulo Caixa 2011 (Marcelo Ferrelli/CBAt) |
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Muito aplaudida, vestida com a camisa 7 do São Paulo FC, ela comemorou muito a vitória na pista, distribuindo beijos para os torcedores e vibrando como se tivesse conquistado nova medalha olímpica. Maurren abraçou a filha Sofia e a amiga da filha, Duda, com as quais subiu ao pódio. Depois interrompeu a entrevista coletiva para abraçar o ortopedista Moisés Cohen, que operou o seu joelho direito, justamente o da perna de impulsão. Ela chorou muito no ombro do médico.
"Se não fosse ele, eu não estaria aqui. Devo muito a ele pela cirurgia bem feita, que me devolveu a chance de competir e de viver um momento tão lindo como o de hoje", disse Maurren, enxugando as lágrimas. "Tive um dia maravilhoso", concluiu.
Mais até do que o resultado de 6,89 m, que ratificou os índices para o PAN do México e para o Mundial da Coreia do Sul, Maurren conseguiu uma sequência espetacular, com três saltos de 6,84 m, um de 6,89 m e dois queimados. "Voltei para ganhar e ninguém me tira mais daqui", comentou a saltadora, que quer se concentrar na conquista do tricampeonato do PAN. "A Olimpíada de Londres está longe. Quero muito ganhou o tri no PAN. Se tiver indo bem, vou continuar competindo", disse a paulista de São Carlos, de 34 anos.
Quem comemorou bastante também foi a pernambucana Keila Costa, que, mesmo depois de ficar em 5º lugar no triplo (13,98 m), conseguiu a 3ª colocação no salto em distância, com 6,67 m, superando o índice exigido para o Mundial (6,65 m) e ficando a 2 cm da marca mínima para o PAN. "Garanti meu lugar no Mundial e no Pan é questão de tempo. Senti um pouco o cansaço do triplo, mas mesmo assim acho que fui bem na distância."
O técnico Nélio Moura, que orienta as duas atletas, disse que faltou muito pouco para o dia ser perfeito. "Só faltou a Maurren acertar o último salto, aí ela ultrapassaria os 6,90 m", afirmou o treinador, feliz com a performance de suas duas atletas."
REVEZAMENTO FAZ FESTA
A equipe feminina brasileira do revezamento 4x100 m, formada por Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Rosemar Coelho Neto e Vanda Gomes, venceu a prova deste domingo com 43.21, superando os índices exigidos para o PAN (44.34) e para o Mundial (43.83).
"A gente sabia que o índice era apenas questão de tempo. Fizemos um estágio de treinamento de três semanas nos Estados Unidos e agora estamos colhendo o resultado. Tudo deu certo. Cada uma deu o seu melhor, o vento não atrapalhou e corremos numa pista boa", vibrou Ana Cláudia, líder do Ranking Brasileiro deste ano, com 11.19. "Faltava encaixar alguns detalhes para a gente conseguir os índices", completou a cearense de Jaguaratema, de 22 anos.
OURO PARA A COLÔMBIA
Caterine Ibarguen quebrou duas vezes o recorde sul-americano do triplo, com 14,58 m e 14,59 m, ganhando a medalha de ouro. O recorde anterior era da brasileira Keila Costa, com 14,57 m, desde 9 de junho de 2007. "Sinceramente, não esperava bater o recorde sul-americano, mas, consegui uma série boa de três saltos", lembrou a atleta de 27 anos, que tinha 14,50 m como recorde pessoal. "Troquei de técnico e estava esperando uma evolução, mas não o recorde tão cedo", completou a versátil atleta, que disputa também o salto em altura e o salto em distância.
Já nos 400 m masculino, houve uma surpresa. Kleberson Davide, especialista nos 800 m, foi o vencedor. Ele aproveitou o ritmo fraco de prova para se recuperar da largada ruim e ganhar a prova. "Minha largada é muito ruim nos 400 m e por isso optei pelos 800 m, onde tenho mais tempo de recuperação", observou o paulista, que já tem índice para o PAN e para o Mundial.
O Grande Prêmio São Paulo Caixa de Atletismo teve organização da Confederação Brasileira de Atletismo, co-organização da Federação Paulista, patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Governo do Estado de São Paulo.
Noticiário, Galeria e programa de provas estão disponíveis no hotsite do evento - acesso pelo link: http://www.cbat.org.br/competicoes/gp_saopaulo/default.asp
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