João Pedro Nunes - Da Assessoria de Imprensa da CBAt

Fonte: CBAt

Maurren Maggi: destaque do GP São Paulo Caixa 2011 (Marcelo Ferrelli/CBAt)
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São Paulo - O público que compareceu ao reformado Estádio Ícaro de Castro Melo não se arrependeu. Os fãs do Atletismo puderam acompanhar de perto uma espetacular exibição da campeã olímpica Maurren Maggi, que venceu o salto em distância com 6,89 m, o melhor resultado do Ranking Mundial de 2011, durante a disputa do Grande Prêmio São Paulo Caixa de Atletismo, neste domingo de sol e temperatura muito agradável, na capital paulista.

Muito aplaudida, vestida com a camisa 7 do São Paulo FC, ela comemorou muito a vitória na pista, distribuindo beijos para os torcedores e vibrando como se tivesse conquistado nova medalha olímpica. Maurren abraçou a filha Sofia e a amiga da filha, Duda, com as quais subiu ao pódio. Depois interrompeu a entrevista coletiva para abraçar o ortopedista Moisés Cohen, que operou o seu joelho direito, justamente o da perna de impulsão. Ela chorou muito no ombro do médico.

"Se não fosse ele, eu não estaria aqui. Devo muito a ele pela cirurgia bem feita, que me devolveu a chance de competir e de viver um momento tão lindo como o de hoje", disse Maurren, enxugando as lágrimas. "Tive um dia maravilhoso", concluiu.

Mais até do que o resultado de 6,89 m, que ratificou os índices para o PAN do México e para o Mundial da Coreia do Sul, Maurren conseguiu uma sequência espetacular, com três saltos de 6,84 m, um de 6,89 m e dois queimados. "Voltei para ganhar e ninguém me tira mais daqui", comentou a saltadora, que quer se concentrar na conquista do tricampeonato do PAN. "A Olimpíada de Londres está longe. Quero muito ganhou o tri no PAN. Se tiver indo bem, vou continuar competindo", disse a paulista de São Carlos, de 34 anos.

Quem comemorou bastante também foi a pernambucana Keila Costa, que, mesmo depois de ficar em 5º lugar no triplo (13,98 m), conseguiu a 3ª colocação no salto em distância, com 6,67 m, superando o índice exigido para o Mundial (6,65 m) e ficando a 2 cm da marca mínima para o PAN. "Garanti meu lugar no Mundial e no Pan é questão de tempo. Senti um pouco o cansaço do triplo, mas mesmo assim acho que fui bem na distância."

O técnico Nélio Moura, que orienta as duas atletas, disse que faltou muito pouco para o dia ser perfeito. "Só faltou a Maurren acertar o último salto, aí ela ultrapassaria os 6,90 m", afirmou o treinador, feliz com a performance de suas duas atletas."

REVEZAMENTO FAZ FESTA
A equipe feminina brasileira do revezamento 4x100 m, formada por Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Rosemar Coelho Neto e Vanda Gomes, venceu a prova deste domingo com 43.21, superando os índices exigidos para o PAN (44.34) e para o Mundial (43.83).

"A gente sabia que o índice era apenas questão de tempo. Fizemos um estágio de treinamento de três semanas nos Estados Unidos e agora estamos colhendo o resultado. Tudo deu certo. Cada uma deu o seu melhor, o vento não atrapalhou e corremos numa pista boa", vibrou Ana Cláudia, líder do Ranking Brasileiro deste ano, com 11.19. "Faltava encaixar alguns detalhes para a gente conseguir os índices", completou a cearense de Jaguaratema, de 22 anos.

OURO PARA A COLÔMBIA
Caterine Ibarguen quebrou duas vezes o recorde sul-americano do triplo, com 14,58 m e 14,59 m, ganhando a medalha de ouro. O recorde anterior era da brasileira Keila Costa, com 14,57 m, desde 9 de junho de 2007. "Sinceramente, não esperava bater o recorde sul-americano, mas, consegui uma série boa de três saltos", lembrou a atleta de 27 anos, que tinha 14,50 m como recorde pessoal. "Troquei de técnico e estava esperando uma evolução, mas não o recorde tão cedo", completou a versátil atleta, que disputa também o salto em altura e o salto em distância.

Já nos 400 m masculino, houve uma surpresa. Kleberson Davide, especialista nos 800 m, foi o vencedor. Ele aproveitou o ritmo fraco de prova para se recuperar da largada ruim e ganhar a prova. "Minha largada é muito ruim nos 400 m e por isso optei pelos 800 m, onde tenho mais tempo de recuperação", observou o paulista, que já tem índice para o PAN e para o Mundial.

O Grande Prêmio São Paulo Caixa de Atletismo teve organização da Confederação Brasileira de Atletismo, co-organização da Federação Paulista, patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Governo do Estado de São Paulo.


Noticiário, Galeria e programa de provas estão disponíveis no hotsite do evento - acesso pelo link: http://www.cbat.org.br/competicoes/gp_saopaulo/default.asp

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