Informativo Nº 2

Manaus, terça-feira 07 de dezembro de 2010.

CBAt pede investigação sobre denúncia de tráfico de drogas

Entidade esportiva que mais combate o uso de substâncias ilícitas no País, tendo criado sua própria Agência Antidoping, a Confederação Brasileira de Atletismo já realizou este ano cerca de 700 controles. Como um blog noticiou existir “volumoso tráfico de doping”, a Confederação consultou representantes da Comunidade Atlética Nacional (medalhistas olímpicos, Federações estaduais, clubes, Associações de Treinadores e de Árbitros), que, unanimemente, afirmaram desconhecer tal prática. No entanto, como é dever de todos zelar pela lisura no esporte, a CBAt pediu à Polícia Federal que abra inquérito para investigar a denúncia.

Confederação é a Entidade que mais combate o uso de substâncias ilícitas Brasil

As denúncias são graves e merecem rigorosa investigação. Tendo a Confederação Brasileira de Atletismo sido citada, o Presidente da Entidade achou por bem, primeiramente, consultar a Comunidade Atlética Nacional para que se pronunciasse sobre o assunto.

Inicialmente, os membros do Conselho Técnico da CBAt (Nélio Alfano Moura, Luiz Alberto de Oliveira, Ricardo Antonio D’Angelo, João Paulo Alves da Cunha, José Haroldo Loureiro Gomes, Elson Miranda de Souza, Antonio Henrique Dias Viana, Katsuhico Nakaya e Cláudio Roberto de Castilho), e os Presidentes das Federações estaduais de São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte (coordenadores de Seleções de Adultos, de Juvenis e de Menores), reunidos em Manaus no dia 4 de novembro, para tratar da programação da Entidade para 2011, tomaram conhecimento das denúncias e emitiram uma DECLARAÇÃO, em que afirmam nada saber sobre o assunto.

A seguir, a CBAt encaminhou consulta aos filiados membros de sua Assembleia Geral (27 Federações estaduais, 5 clubes, 11 medalhistas olímpicos e as Associações Nacionais de Treinadores e de Árbitros), solicitando-lhes informar se tinham conhecimento de algum fato relacionado às suspeitas suscitadas ou a qualquer outra atividade de tráfico de substâncias proibidas. As respostas das Federações do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Acre, Espírito Santo, Paraíba, Ceará, Maranhão, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e Alagoas, a exemplo do que já haviam feito São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte, foram de desconhecimento de tais suspeitas.

Da mesma forma procederam os clubes BM&FBovespa, Esporte Clube Pinheiros, ORCAMPI, Brasil Futebol Clube e ASA São Bernardo; os medalhistas olímpicos Vicente Lenilson de Lima, Cláudio Roberto Souza, André Domingos da Silva, Claudinei Quirino da Silva, Edson Luciano Ribeiro, Robson Caetano da Silva, Arnaldo Oliveira Silva, Maurren Higa Maggi e Nelson Prudêncio; os Presidentes das Associações de Treinadores e de Árbitros. O membro do Conselho Técnico ausente da reunião de Manaus, Adauto Domingues, também alegou nada saber.

Ora, pela DECLARAÇÃO dos legítimos representantes do Atletismo e pela postura adotada ao longo dos anos, está claro que:

1. A CBAt é a Entidade desportiva nacional que mais combate o doping.

2. Sendo as denúncias verdadeiras, elas nada têm a ver com a Confederação ou com as Federações estaduais e clubes de prática da modalidade, que as desconhecem. 

A CBAt, por seu turno, apoia firmemente todas as iniciativas de desbaratamento de quadrilhas que atuem no tráfico de drogas, assim como de investigações policiais sobre quaisquer suspeitas de utilização de substâncias proibidas, colocando-se à disposição para colaborar, na medida de suas possibilidades, com as devidas averiguações pelos órgãos competentes.

Nesse sentido, a CBAt deu entrada na sede da Superintendência da Polícia Federal em Manaus, local de funcionamento da Confederação, em novembro passado, de Pedido de Abertura de Inquérito para apurar as suspeitas levantadas.

Ademais, como os casos específicos citados referem-se a cidades do Estado de São Paulo, a CBAt está solicitando à sua filiada naquela Unidade Federativa que consulte sua Comunidade Atlética sobre o assunto e solicite Pedido de Abertura de Inquérito à Secretaria de Segurança do Estado e Polícias dos Municípios constantes da denúncia para a sua devida apuração.

O combate ao doping deve ser uma prioridade de toda a sociedade. Aquele que possui alguma informação sobre esses casos deve comunicá-la aos órgãos repressores dessa nefanda prática.

Martinho Nobre dos Santos,
Superintendente Técnico da CBAt e membro da ANAD

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