Andressa: recordista e qualificada para Londres (Marcelo Ferrelli/CBAt) |
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Há vários exemplos do sucesso do empreendimento. Na manhã desta quinta-feira 28, Darlan Romani (FMEC) passou fácil pela qualificação do peso, com e 18,52 m. Andressa Oliveira de Morais (Pinheiros/Asics), com 56,71 m, ultrapassou a marca para garantir vaga na final do lançamento do disco.
Os dois atletas treinam com técnicos cubanos, coordenados por Justo Navarro. Este ano, em comum, ainda, o fato de terem batido o recorde brasileiro em suas provas recentemente. Darlan, no GP São Paulo/CAIXA, com 19,03 m, em maio último, e Andressa no Ibero-Americano, este mês, com 64,21 m, na Venezuela.
Para o catarinense Darlan, 21 anos, um ano foi o tempo que o separou uma vida de quase ex-atleta à de recordista brasileiro no: "Tive problema nos dois joelhos, cheguei a pedir dispensa de meu clube, parei por três meses e pensei em largar tudo. Mas conversei com meu técnico que me convenceu a tentar mais um pouco. Mudei minha técnica e tem dado certo", comemora.
Para o atleta, a mudança no ritmo e na qualidade dos treinos em Uberlândia tem sido fundamental para o salto na carreira. "Antes, treinava duas vezes por semana, duas horas a cada dia. Hoje é treino de segunda a sexta, de manhã e à tarde, além dos sábados pela manhã. Não tem como os resultados não aparecerem", comentou, dando ainda um exemplo de sua evolução no último ano. "No Troféu Brasil do ano passado não consegui nem me qualificar", lembrou o recordista brasileiro que, com brilho nos olhos, revela seu grande sonho: "Quero ultrapassar logo a barreira dos 20 metros."
Já Andressa acredita que a parte técnica que tem refinado com o cubano Julian Mejia tem sido fundamental na melhora de seu desempenho no lançamento do disco. "Na parte física já estava bem, mas ter um técnico o tempo todo ao meu lado, corrigindo e aprimorando a parte técnica tem feito diferença", afirmou a atleta de 21 anos.
Um dos pontos de melhora que ela destaca é no ângulo de lançamento do disco. "Antes lançava muito baixo. Agora consigo que o disco vá mais alto, cortando melhor o vento, e indo mais longe", explicou. Qualificada para Londres, a atleta do Pinheiros acredita que pode repetir nos Jogos Olímpicos a marca obtida na Venezuela. "Se repetir o resultado do Ibero-Americano já vou ficar feliz. Mas acho que dá pra ir além e lançar acima dos 65,00 m", disse.
O CNT CAIXA/SESI, da CBAt, conta ainda com outros arremessadores e lançadores de expressão como William Braido. Felipe Lorenzon, Geisa Arcanjo (já qualificada para os Jogos Olímpicos de Londres) e Douglas Pires Ataíde, por exemplo.
Um dos coordenadores do CNT é o técnico Luiz Alberto de Oliveira, responsável pelos atletas de meio-fundo, barreiras e obstáculos, também em franca evolução. No Troféu Brasil/Caixa, Erika Oliveira Lima busca índice nos 3.000 m com obstáculos.
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