Fabiana Murer estréia nova técnica de salto com vara no Engenhão
22|05|2010 - 14:19 | João Henrique A - Especial para a Assessoria de Imprensa do GP
Campeã mundial indoor, Fabiana Murer conversa com suas adversárias, a canadense Carly Dockndorf (a esq.) e a israelense Jillian Schwartz (Publius Vergilius/Gingafotos/CBAt)
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Rio de Janeiro - Contrariando a frase "em time que está ganhando não se mexe", a saltadora Fabiana Murer inicia uma nova fase na carreira neste domingo, dia 23, no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão). Campeã no Mundial Indoor de Doha, em março deste ano, ela estréia uma nova técnica de salto no GP Brasil Caixa de Atletismo, com entrada gratuita, a partir das 8 horas, no mesmo palco que irá coroar os campeões dos Jogos Olímpicos de 2016.
Até o Mundial do Catar, quando desbancou a bicampeã olímpica e mundial Yelena Isinbayeva, Fabiana percorria 32 metros, dando 16 passadas rumo ao sarrafo. Há duas semanas, de volta das férias, ela treina um salto percorrendo 36 metros em 18 passadas. Fabiana ainda vai trocar as varas antigas, com 4,55 m, por varas maiores e mais fortes, com 4,65 m. No entanto, as novas varas não ficaram prontas para a competição carioca.
"Tenho que arriscar. Estou pensando pra frente. Claro que o resultado de Doha foi excepcional, mas acho que ainda posso evoluir muito. Vamos ver o que acontece", disse a campineira de 29 anos, recordista sul-americana do salto com vara com 4,82m, logo após o treino deste sábado, que teve duração de 40 minutos.
"Nessas duas semanas realizei apenas quatro treinos específicos. Mas foi mais fácil do que eu esperava. Claro que tive alguns problemas. As vezes eu acelerava muito no início. Tenho que começar devagar para acelerar mais no final", considerou Murer.
As grandes estrelas do salto com vara mundial alcançam o sarrafo com 16 passadas. Com exceção da norte-americana Jenifer Stuczynski, que já saltou 4,92 m, e de uma atleta alemã, que dão 18, mesmo número percorrido pelos homens.
"Pensava em realizar essa mudança há dois anos. Claro que vou precisar me adaptar, mas tenho tempo pra isso", explicou, planejando superar suas marcas e alcançar o pódio no Mundial de 2011 e nos Jogos Olímpicos de 2012.
O técnico Elson Miranda é o responsável pelos ajustes neste novo salto na carreira de Fabiana. "Achava a corrida dela muito curta. Sabíamos que ela devia aumentar a velocidade sem, no entanto, aumentar os treinos específicos de velocidade, que são muito lesivos", explicou Elson.
Fabiana Murer vai competir no GP Brasil Caixa de Atletismo com outras seis atletas, sendo três brasileiras, Karla Rosa da Silva, Patrícia Gabriela dos Santos e a jovem Sara Santos Pereira, de apenas 19 anos, além de três estrangeiras. Destaque para a israelense Jillian Schwartz, de 30 anos e 1,77m. Acostumada a enfrentar a brasileira em competições mundo afora, Jillian tem como melhor resultado na carreira a marca de 4,72m, conquistada em Arkansas, nos Estados Unidos.
Duas canadenses também disputam a prova, marcada para as 9h10 da manhã. Carly Dockendorf e Kelsie Hendry, ambas com 27 anos, têm outra coisa em comum: a paixão pela Cidade Maravilhosa.
"Competi aqui no ano passado e, sem duvida, voltarei nos próximos anos. Já conheci o Cristo, o Pão de Açúcar, mergulhei na praia de Copacabana... A geografia da cidade é muito bonita", disse Kelsie. "Competir no Brasil é muito bom. Em Belém fiz o tour amazônico, muito lindo, e aqui no Rio estou em um hotel de frente para a praia. É realmente inspirador. Com um cenário desses, não tenho duvida de que vou conseguir me superar na prova", afirmou Carly.
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