O Centro Nacional de Treinamento CAIXA CEFAN/MB está pronto para entrar 100% em funcionamento, instalado no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, no Rio de Janeiro. Os ucranianos Oleg Ruyev e Valeriy Moshkovskyy já chegaram ao Brasil e o cubano Julian Mejia foi transferido para o Rio e também já está a postos para selecionar atletas de potencial e trabalhar com atletas de alto nível.

Oleg Ruyev, de 58 anos, é russo naturalizado ucraniano. Especialista em provas combinadas, trabalhou a vida inteira com atletas de potencial, como Sergey Dudnik, campeão do decatlo da Copa Europeia de 2001, em Arlos, na França.

Já Valeriy Moshkovskyy trabalhou em vários lugares do mundo. Foi treinador na Arábia Saudita, Kuwait, Catar e, de 2007 a 2010, esteve como treinador-chefe da Ucrânia dos velocistas e barreiristas.

Julian Mejia completa o trio estrangeiro, trabalhando com os atletas especializados em lançamentos do disco e do martelo e arremesso do peso.

O Centro conta ainda com três treinadores oficiais da Marinha: Robson Alhadas, Carlos Henrique Aveiro e Carla Reis Alves.

"Estamos trabalhando passo a passo para fazer um Centro de alto nível e que atenda também os talentos locais. Aos poucos, vamos crescer e atingir os objetivos propostos porque contamos com uma excelente infraestrutura no CEFAN", comentou o ex-decatleta Pedro Ferreira Filho, representante da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) no Centro Nacional de Treinamento.

Com uma pista nova, inaugurada em setembro de 2010, da marca Mondo, recebeu certificação de Nível 2 da IAAF. Muitos dos equipamentos utilizados no CEFAN foram transferidos do Estádio Célio de Barros, onde funcionou em 2009 um Centro de Treinamento da Confederação, em convênio com a SUDERJ.

O CEFAN conta ainda com um Centro de Reabilitação e Performance de alto nível, com um laboratório de biomecânica, departamento médico e alojamento para atletas. O local servirá de treinamento para os participantes dos 5º Jogos Mundiais Militares - os Jogos da Paz.

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 15 de Março de 2011 às 15:10.

Ainda pouco muitos se queixavam da atuação do Roberto Gesta na CBAt. Agora estão a expedir a "Cartilha" para os professores de Educação Física aprenderem a ensinar a modalidade nas escolas. Os atletas de ponta ou treinam nos Estados Unidos ou estamos assistindo o mesmo filme de outrora: importar técnicos estrangeiros. E onde ficam os nossos técnicos/professores? Será que basta copiar o que está escrito na receita de bolo? As universidades em que são formados nossos professores não saberiam ensinar o bê-a-bá? Além disso, a tendência de empregar ex-atletas sugere que eles estão mais capacitados (pela prática) ou não interessa à Confederação ter alguém com conhecimento e que pense e saiba planejar.

Não tenho nada contra os estrangeiros. Apenas advogo que sejam dadas aos tupiniquins oportunidades de crescimento e desenvolvimento no assunto. Para isso frequentaram uma universidade e, espero, estudaram e aprenderam. Ah! Ia-me esquecendo: uma minoiria prefere formar indivíduos conscientes e capazes de pensar por si próprio. Felizmente, "ondas" desse tipo não se prolongam na vida.

Roberto Pimentel.    

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 18 de Março de 2011 às 10:10.

Roberto

Conversei semana pssada com o Trajano, aqui em São Luis. Perguntei a ele a mesma coisa. e tive que concordar que a vinda desses técnicos possibilita o intercambio de técnicos tupiniquins com alguns dod mais experientes técnicos do mundo - embora Cuba venha impingindo alguns sem essa qualificação exigida, pois junto com um expert está vindo alguém para ’asprender’.

Os custos, naturalmente, são menores do que mandar os brazucas fazerem estágios no exteior. E temos a possibilidade de implantação de centro de treinamento em vária regiões, o que só acontecia com Manaus... só o futuro dirá se esse intercambio surtirá efeito.

Alguns brazucas estão no exterior, acompanhando seus pupilos, em treinamentos com outros técnicos, que fazem de determinados centros suas ’casas’ e quem o desejar, somente os acompanhando por lá... o que sai bem mais caro, do que manter uma duzia de tecnicos aqui... os preços, com a decorrada do sistema politico sovietico, colocou muitos bons tenicos no mercado... aproveitemos-, pois...

O que disse ao Trajano é que falta disseminar esse conhecimento...

Leopoldo

Por Roberto Affonso Pimentel
em 20 de Março de 2011 às 19:06.

Leopoldo,

Com a chamada globalização, com os recursos da internet e outros tantos, não é possível que precisemos ainda de cubanos e outros mais para nos dizer como treinar. Numa ou outra modalidade concordo, pois nossos treinadores ainda não assimilaram uma técnica ou metodologia desejável. Contudo, a história está a nos dizer que muito pouco ou quase nada se aproveitou da remessa de tecnicos cubanos ao Brasil desde algum tempo. Muita coisa ocorre por deslumbramento de nossos dirigentes e, especialmente, políticos. Lembro-me do governo Collor e a ida do Bernard, então Secretário de Esportes da Presidência, à Cuba no início da década de 90. Voltou de lá encantado, fumando um grande charuto e com ideias mirabolantes, como a construção dos CIACs. Antes disso, professores cubanos foram espalhados por várias regiões do País e nada se soube a respeito. Como a história humana sempre se repete, é bem capaz de as novas gerações estarem apreciando com muito entusiasmo mais esta fase de uma mesma administração que se perpetua.

Em Portugal, p.ex., foram contratados técnicos cubanos para orientarem suas seleções de voleibol e os resultados são pifios. Atualmente, a treinadora oficial não sabe siquer o nome das atletas que dirige. Levar nosso professores a fazer estágio no exterior e também uma incógnita, pois não são cobrados no retorno. Isto aconteceu no voleibol no final da década de 70 quando estávamos desesperados para criar uma identidade de treinamento eficaz. O Nuzman trouxe um treinador japonês em 73 que rodopiou pelo Brasil a não dizer absolutamente nada. em seguida, em jogada de marketing, trouxe o treinador Matsudaira, campeão olímpico para breve curso de alguns dias; enviou dois ou três brasileiros ao Japão para um estágio sem maiores consequências e aproveitamento a seguir. Então, não creio que a classe dirigente se importe com a absorção de tecnologia do treinamento, mas o impacto imediatista de sua atuação. É algo tempestivo, sem planejamento eficiente.    

Como se formam bons professores e técnicos em qualquer modalidade? Nossos dirigentes saberiam responder, ou preferem ficar "tateando no escuro" de suas visões distorcidas pelo tempo? Será que os nossos mestres e doutores universitários saberiam dizer algo a respeito? Ou teremos que continuar a ter treinadores formados na prática, isto é, ex-atletas, que perpetuam as mesmas formas de treinamento tal como "receitas de bolo" e, agora, "cartilhas".

Tenho plena convicção de que o professorado brasileiro pode ser capaz e eficiente, desde que lhe dêem condições plenas de se desenvolver. Não medidas paliativas e ocasionais.

Roberto Pimentel. 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 21 de Março de 2011 às 09:44.

Roberto, eu fiz os dois cursos com os japoneses... tive aulas com o Matsudaira! em 1973! em Curitiba... tres dias... não gostei!!! mas tenho até  hoje o material qur foi distribuido... ah! não jogo volei, nem sou técnico de volei... na época, era cademico de educação física )1o. ano...).

Concordo com voce, sobre a capacidade de nossos técnicos. Especialmente depois daqueles estágios na Alemanha, que tornou o treinamento, pelo menos no campo do Atletismo, científico... Apenas lembrando, grande parte de nossos técnicos, hoje, e que fizeram aquelas temporadas de estágio, eram à época: Atletas!!! depois se tornaram técnicos, e hoje são reconhecidos mundialmente!!! mas houve o intercambio, o conhecer outras técnicas - escolas - e uma base científica.

Concordo, também, que o fato de ’conhecer’ o outro lado - o do atleta, contribui e muito para o relacionamento treinador/atleta. Assim como esse conversar entre técnicos de diferentes escolas.

Lembro que o boom do volei começou após a passagem desses japoneses, mas pelo despertar em jm grupo de jovens professores a necessidade de estudo...

Leopoldo

Por Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Março de 2011 às 11:06.

Olá Leopoldo, é bem possível que tenha sido traído pela memória quanto aos cursos citados. O Imai veio primeiro, em 1973, quando o Nuzman assumiu a Federação Metropolitana de Voelbil. O japonês realizou seu primeiro curso no Rio (EsEFEx) em agosto durante 5 dias (eu editei a apostila); em seguida, viajou pelo Brasil realizando os mesmo cursos apoiado pelas respectrivas Federações. Encontrei-o em fevereiro do ano seguinte, em Recife; radicou-se no Brasil, trabalhando no Banespa. Em 1975, já na Confederação, o Nuzman trouxe o Matsudaira que, ao que tenho notícias, realizou um único curso (talvez 5 dias) também na EsEFEX, tendo participação de ouvintes de vários estados (as vagas foram limitadas). Tentou-se fazer um apostila, mas houve erro na coordenação que, mesmo com taquígrafas, não conseguiu seu intento. Mas o Matsudaira doou à CBV um filme marqueteiro (20 min) contando a história do sucesso do empreendimento japonês que levou-os a serem campeões olímpicos no feminino (1964) e masculino (1972). Tenho hoje este filme - uma raridade - em DVD.

Quanto à formação de nossos treinadores, concordamos em muitos pontos. Ressalto a importância de já ser tempo de se construir critérios mais elevados e inteligentes na sua formação e desenvolvimento (atualização) não importa em que esporte. Como neste País ninguém sabe quem é quem, isto é, cada Confederação faz o que bem entende, o COB dá voltas em torno de si mesmo, o Ministério do Esporte está preocupado com o Partido Comunista, o MEC lava as mãos... e por aí vai. É o "salve-se quem puder". Parece que nada é planejado e tudo é conveniência ou interesses de momento.

PROCRIE  e a Formação Continuada na Internet

Além disso, bem sabe do valor dos meus escritos no Procrie e sua importância para a Formação dos novos professores, não importa em que atividade desportiva atuem. Ultrapassamos a casa de 29 mil visitantes de Norte a Sul do Brasil e nos situamos, embora timidamente, nos cinco Continentes, exceção a Portugal, onde colhemos visitas de 54 cidades (500 visitas/mês). Não creio que haja algo parecido - perdôe-me a falta de modèstia - mas é dito por muitos. Espero um dia poder contar com ajuda do amigo para realizar um Curso Presencial na sua "Ilha Encantada" e saborearmos um delicioso chope.

Um grande abraço, Roberto Pimentel.     www.procrie.com.br

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 21 de Março de 2011 às 16:08.

Roberto

É possivel que ambos estejamos enganados! em 1973, estava no 1o. ano de Educação Física e tivemos uma semana de curso de voleibol, como ouvintes e ’cobaias’ de um japones; foi dado um curso, pela federação de volei, aos tecnicos, nos alunos participamos, ouvindo, e nas horas de prática, serviamos de saco de pancadas...

Já no 3o. ano, 1975, houve um outro curso, também por um japones, e a mesma coisa; foi nos dito que era o Matsudaira, tecnico da seleção feminina japonesa... e foi distribuido um manual de treinamento, de capa meio ocre, amarelo escuro...

Leopoldo


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