Cevnautas da avaliação,
Na Alemanha a turma esnoba as estatisticas de jogo. E agora? Laercio
Futebol | 18.10.2011
Nem todos os clubes da Bundesliga veem vantagens em estatística de jogos
Liga Alemã de Futebol fornece gratuitamente aos clubes os dados estatísticos das equipes durante as partidas. Alguns clubes, no entanto, continuam céticos quanto às vantagens do sistema.
Todos os movimentos de um jogo da Bundesliga são registrados. Câmeras especiais dispostas nos estádios auxiliam na coleta de dados. Agora é possível medir não apenas disputas e posse de bola, distância e velocidade dos chutes, mas também as distâncias percorridas e a velocidade de cada um dos jogadores. E isso durante toda a partida.
"A comissão técnica pode acessar os dados no intervalo ou imediatamente após o jogo", explica Jürgen Buschmann, da Escola Superior de Educação Física de Colônia. Segundo o professor, isso é importante pelo fato dos treinadores serem constantemente pressionados a dar informações – inclusive pela mídia. Com a ajuda dos dados, relativamente objetivos, eles teriam a possibilidade de argumentar e mostrar o desempenho da equipe.
Porém, os dados precisam ser interpretados corretamente. Nem sempre números expressam tudo com precisão – como a taxa de passes errados, por exemplo. "Dou um passe, meu colega está um pouco desatento nesse momento e o adversário pega a bola", diz Buschmann. Segundo o especialista, quem lançou a bola ganharia injustamente, nesse caso, um ponto negativo. "Com dados quantitativos, não se podem fazer afirmações qualitativas desse tipo", considera.
Também as disputas de bola são controversas, porque a bola raramente cai exatamente no meio de dois jogadores e, com isso, geralmente um deles leva vantagem. No entanto, é possível extrair aspectos importantes para o setor tático a partir das estatísticas – como a velocidade da bola e as trajetórias típicas do adversário.
Nem todo treinador é fã de números
Até agora, os clubes pagavam um preço alto por esses dados. A partir desta temporada, eles recebem o material sem custo algum, fornecido pela firma Impire, que venceu a concorrência aberta pela Liga Alemã de Futebol (DFL, na sigla em alemão). Assim, os clubes economizam milhões de euros.
Para uma equipe como o Augsburg, por exemplo, que ascendeu nesta temporada para a Primeira Divisão, isso representa uma grande oportunidade. Mesmo assim, o diretor esportivo Andreas Rettig permanece cético. "Em primeiro lugar, nosso treinador é alguém que vive e trabalha de maneira mais prática." Rettig reconhece que a análise de dados moderna pode ajudar. "Mas não podemos cometer o erro de enxergar os dados como a solução para todos os problemas."
O diretor lança um olhar crítico também sobre as mais modernas possibilidades do livetracking. Ele teme que os dados sobre quanto e em que velocidade um jogador correu sejam mal interpretados. "Há diversos exemplos de que, no final, a mera disponibilização de dados também pode apontar na direção errada."
FONTE: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15469111,00.html
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Outubro de 2011 às 07:14.
Laércio,
Sou um cético quanto às estatísticas empregadas no voleibol e, se não estou enganado, também por um alemão que vivia na parte oriental, H. Baacke. Pelo menos era ele quem realizava os cursos específicos em nome da Fivb. No Brasil, esteve em várias cidades-sedes do campeonato mundial masculino de 90.
Na primeira aula que tive de Estatísitica na universidade, o professor proferiu em alto e bom som: "Estatística é bom senso"! Atualmente, o tal do "scout" passou a ser importante para muita gente e está garantindo o seu emprego.
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