Apesar dos JERP-Jogos Estudantis da Rede Pública constituir-se numa Competição Esportiva Escolar consolidada no Estado da Bahia, já que nas suas várias versões vem ultrapassando todas as alternancias de poder nas esferas de governo federal, estadual e municipal.

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, executora dos JERP através das suas 33 DIREC-Diretorias Regionais de Educação sob a coordenação da CFE-Coordenação de Educação Física e Esporte Escolar no Órgão Central em Salvador, elaborou o Regulamento Geral desses jogos de forma participativa e o atualiza coletivamente ano a ano, onde a abordagem ao problema do WxO sempre ocupa a maior parte do tempo de discussão. A punição à Unidade de Ensino não é simples, uma vez que sempre é levado em consideração a possibilidade desta recair em estudantes, professores e dirigentes escolares não responsáveis pelo ato faltoso.

Despesas com transporte, alimentação, arbitragem, pessoal de apoio e principalmente a insatisfação levada aos estudantes motivados para aquele momento feliz que não acontecerá, dão uma visão do alcance negativo causado pelo bastante inconveniente "WxO".

José Fernandes.

Comentários

Por Francisco Raimundo Côrtes Camarão
em 15 de Setembro de 2014 às 10:04.

  O que me deixa perplexo é que nimguém é obrigado a participar dos jogos e além do mais muitos professores tem em sua carga horária 12 ou 06 horas/aula de esporte. Com frequência ouço as mais diversas justificativas sobre porque tomam WXO e quase sempre transferem a culpa para alguém. Acredito que se queremos ser respeitados devemos primeiro respeitar e cumprir com nossas obrigações.

Por José Fernandes Maciel Lima
em 15 de Setembro de 2014 às 10:16.

Gostaria de conhecer o que pensam sobre o WxO todos os professores com os diversos entendimentos na matéria e em especial Vítor Camarão e Osmar Milazzo, ambos integrantes desta comunidade virtual e dos JERP.

Por Osmar Milazzo
em 15 de Setembro de 2014 às 10:56.

O que mais me entristece é que temos "AINDA" colegas  PROFESSORES E GESTORES que infelizmente não têm a responsabilidade e o compromisso de atuar nas Unidades Escolares valorizando e fortalecendo a DISCIPLINA no contexto educacional.  Falta "COMPROMISSO".  Infelizmente é preciso regulamentar ações que acarretem consequências desagradáveis para estes, como por exemplo, sanções aos responsáveis por atos que venham contribuir para uma situação negativa nas programações e no decorrer dos jogos em questão (JERP).

Por José Fernandes Maciel Lima
em 18 de Setembro de 2014 às 07:44.

Cara colega Joice Silva,

Uma pena você não poder continuar acompanhando as suas equipes de esportes nos JERP. Concordo com você que pudessem os dirigentes de escolas acompanhar seus professores de Educação Física nos Encontros dos JERP, os resultados seriam outros. Mas, uma coisa a cada tempo. No momento estamos solicitando às DIREC a diminuição da carga de demandas dos nossos Articuladores CFE nas atividades do PAIP, a quem eles também estão vinculados, ao tempo em que solicitamos às Unidades Escolares a liberação dos seus professores de Educação Física nas formações continuadas efetuads pela CFE.

Zé Fernandes.

Por Joice Silva
em 15 de Setembro de 2014 às 22:36.

Olá professores, também estou no grupo de discussão, apesar de um bom tempo não estar postando, por conta do excesso de trabalho e também acompanho meus estudantes nos JERP´s. Este ano, imaginamos que enviariamos 5 equipes, mas, devido às verbas em relação ao transporte reduzimos à 3 equipes. Tem sido desgastante, pois, não tenho horas de esporte na unidade e ainda, treino a equipe e trabalho nos finais de semana sem ter direito à uma compensação. Já conversei com meus alunos que infelizmente, no ano que vem, não poderei estar acompanhando os mesmos, pois, este ano, além das 3 escolas que trabalho, ainda, faço 4 cursos. Não escolhi que neste momento estive fazendo tantas atividades, mas, somos professores e sabemos que devemos cumprir atividades e aproveitar oportunidades. Acho que as reuniões para os jogos escolares devem ser acompanhadas pelos gestores para que estes tenham ideia de como são trabalhasas e necessárias para os nossos jovens, oportunidades como esta dos jogos escolares da rede. Muitos só tem este momento em grupo e encontram como alternativa de escape social e infelizmente, encontramos gestores que não valorizam.

Por Leandro Emanuel Cruz de Oliveira
em 15 de Setembro de 2014 às 22:47.

Boa noite a todos, Inicialmente parabenizo a formulação de um espaço de debate a cerca da condição da Educação Física na rede. Concordo com professor Osmar, sobre o descasos de gestão. Realizei um estudo sobre a situação da Educação Física aqui na DIREC 3 e os dados são alarmantes. Docentes não-licenciado ministrando a disciplina, espaços deteriorados sem o mínimo de concição para uso. Vejo o JERP como o maior projeto da educação, pela mobilização discente, e docente, pela mobilização de recursos financeiros. Porém entendo que deveríamos rever a lógica do JERP como projeto e transformação em prática pedagógica regurar. Organizado juntamente com a Jornada Pedagógica, atividades trabalhadas em todo ano letivo, e configuração de um momento de culminância, de festejo entre as Unidades Escolares. Aliado a isso a melhoria das condições das estruturas físicas de suporte existentes nas UEEs, disponibilização de recursos pedagógicos e esquipamentos, fardamento adequado, regulamentação oficial sem prejuizo ao docente de espaços para as aulas de esportes, recursos humanos de suporte (limpeza e segurança).

Seria utópico pensar no Laboratório de Atividade Física (LAF) nas escolas? Em breve compartilharei com voces meu estudo e proposta de melhoria para a Educação Física em nosso Estado.

 

Sucesso e paz a todos.

Por José Fernandes Maciel Lima
em 16 de Setembro de 2014 às 15:18.

Boa tarde Leandro,

Gostei bastante da sua intervenção Leandro. Hoje pela manhã numa ação desenvolvida junto à UFBA foi noticiado o resultado de pesquisa educacional recente, onde consta a última posição da Bahia no quesito por você citado, docentes não licenciados.

Para compensar, informo-lhe que os JERP-Jogos Estudantis da Rede Pública, apresenta-se no contexto curricular da rede pública de ensino da Bahia como uma culminância das atividades esportivas desenvolvidas pela dosciplina Educação Física no dia a dia do trabalho pedagógico escolar, na maioria das vezes desenvolvidos nas Oficinas de Esportes em contra-turnos, exatamente como você propõe. Os JERP têm na sua 1ª etapa os Jogos Internos das Escolas, com proposta de mobilização geral da Unidade Escolar, tendo como parceiro principal nessa ocasião o PAIP-Programa de Avaliação Monitoramento e Intervenção Pedagógica; na 2ª etapa são os Jogos dos Municípios; na 3ª os Jogos da DIREC; na 4ª os Jogos das Grandes Regionais compostos por oito (08) Grupos de DIREC; e 5ª e última, a Etapa Estadual, para ser realizada em Salvador reunindo as Equipes Colegiais representantes de Cada Grande Região do Estado da Bahia.

As três primeiras etapas desta competição esportiva escolare são sempre realizadas, já as etapas seguintes ficam na dependência da situação financeira da SEC/BA na ocasião.

Zé Fernandes.

Por Leandro Emanuel Cruz de Oliveira
em 17 de Setembro de 2014 às 07:42.

Bom dia, Professor,

 

Na verdade estou como coordenador do JERP aqui na DIREC 3 e conheço de perto as dificuldades em torno deste, além ainda de tambem ser docende de educação física da rede Pública Estadual de Ensino. Nesse período elaborei o estudo sitado anteriormente, sobre a realidade da educação fisica aqui no território, e assim que possível encaminharei á SEC para avaliação.

Trago propostas de fortalecimento da área, enfatizando o potencial que a Educação física tem na mobilização da comunidade discente, e na formação social destes. Havendo a necessidade de cumprimento das leis educacionais, por parte do poder executivo.

Entendo que nem a EDUCAÇÃO INTEGRAL, nem o JERP, nem qualquer outra política educacional ganhará força se ainda tivermos escolas construídas nos moldes de séculos passados, aproximados mais a depísitos que a um espaço de formação educacional e convivencia social pacífica. 

DEFENDO a reformulação das políticas educacionais de promoção da cultura corporal de movimento. Sustento a idéia da adequação dos espaços escolares a PADRÕES MÍNIMOS de funcionamento.

Vou lutar pela formalização dos LABORATÓRIOS DE ATIVIDADE FÍSICA - LAF nas escolas da rede Pública de Ensino, alem da revitalização das "quadras poliesportivas". Entendo que estes são espaços pedagógicos e o ESTADO tem, historicamente falando, exposto tanto aos alunos quanto aos professores a situações de improvisos.

DEFENDO o fortalecimento das aulas DE ESPORTES na escola, regulamentada com carga horária do professor de educacao física, hoje engessados em aulas regulares sem possibilidades de grandes intervenções.

Enfim, enquanto docente, trago minhas contribuições na superação desses atraso histórico em torno da Educação Física em nosso Estado, mobilizando clegas docentes na luta contra o CONFORMISMO E PASSIVIDADE. Porém com o diálogo e com a proposição de possíveis soluções.

 

Sucesso e paz a todos.

Por José Fernandes Maciel Lima
em 17 de Setembro de 2014 às 09:25.

Caro Leandro,

Fico feliz em ver o seu entusiasmo e gosto pelo que escolheu fazer. Os espaços pegagógicos que você reivindica e entre eles o seu LAF, poderão ter em mim, um humilde auxiliar.

As aulas específicas de esportes no currículo escolar ainda existem, apesar de bastante fracionado. O professor que antes possuia seis (06) aulas semanais por turma de esporte, passou a 06 aulas por grupo de duas (02) turmas e agora tem as mesmas 06 aulas para formar três (03) turmas de esporte com um mínimo de vinte (20) estudantes, o que, em termos práticos, significa levar não menos de três (03) anos para formar cada uma (01) das turmas de esporte na modalidade Basquetebol.

Estamos hoje num processo de incentivo à formação de equipes esportivas escolares nas modalidades de Handebol, de Voleibol e principalmente de Basquetebol. Para tanto, um convênio de colaboração técnica entre a SEC e a LBBM-Liga Brasileira de Basquetebol Infantil através do GIBI-Grupo de Iniciação ao Basquetebol Infantil está em fase inicial implantado como projeto piloto para cinco (05) escolas estaduais nas DIREC 1A e 1B, visando a revitalização das Oficinas Pedagógicas de Basquetebol para minimizar a atual e bastsante criticada monocultura do Futsal.

Abraço,

Zé Fernandes.

Por Leandro Emanuel Cruz de Oliveira
em 17 de Setembro de 2014 às 21:26.

Boa noite, José Fernandes, 

 

Tambem estou satisfeito com nossos diálogos. Fico feliz com as informações repassadas aqui, e gostaria que essas ações sejam disseminadas por toda a rede de ensino da Bahia. Tambem coloco-me á disposição para estudos e formulações de ações que fortalecam a educação física e a educação do nosso povo.

Abraço e sucesso!


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