Uma primeira mensagem para aquecer essa nova Comundiade:

Deu no Globoesporte.com
Busca do Flamengo por um teto expõe a crise dos ginásios de basquete no Rio
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Basquete/0,,MUL1163266-16722,00.html

Mesmo tendo duas das melhores arenas esportivas do país, cidade vive o paradoxo de não conseguir dar uma casa ideal para o líder do NBB

Candidato a sede das Olimpíadas de 2016 e cenário de dois ginásios de nível internacional, o Rio de Janeiro parece pequeno demais para o maior time de basquete do país. Quando os playoffs do NBB chegaram, a diretoria do Flamengo embarcou na busca desesperada por um teto. A cidade, que há dois anos cogitava receber até partidas da NBA, na Arena da Barra ou no Maracanãzinho, hoje mal consegue encontrar um palco viável para jogos domésticos.

Os motivos são variados: aluguéis caros demais, agenda cheia para eventos não-esportivos, distância do Centro, aros prestes a cair, pregos no chão. O fato é que conseguir uma quadra de bom nível para jogar no Rio tem se tornado uma missão quase impossível.

- Chegamos ao ponto de correr o risco de não ter ginásio. Nós teríamos de disputar as semifinais e as finais, caso a equipe avance, fora do Rio, o que seria um desconforto para os torcedores que acompanham o time. Imagina termos que jogar em Minas ou Brasília – desabafa João Henrique Areias, vice-diretor de Esportes Olímpicos do Fla.

A equipe vai jogar no ginásio do Tijuca as partidas das semifinais contra Joinville (a série começa nesta terça). Caso avance, fará a decisão na Arena da Barra, conseguida após uma longa negociação. Abaixo, confira os pontos positivos e negativos dos ginásios de basquete no Rio de Janeiro.

Tijuca Tênis Clube

Desde o início do mata-mata do NBB, o Flamengo tem mandado suas partidas no ginásio do Tijuca, clube quase centenário da Zona Norte carioca. O Rubro-Negro não paga aluguel para disputar as partidas ali e arca apenas com os gastos de segurança. Com capacidade para 5 mil pessoas, o ginásio caiu no gosto dos atletas, pelo clima de “caldeirão” que proporciona, aumentando a pressão sobre os rivais.

Os problemas, no entanto, não são poucos. A começar pela entrada e saída dos torcedores. Há apenas uma via de acesso para a rua, de tamanho pequeno, o que cria um grande risco em caso de tumulto. As condições da quadra também não são das melhores. A pintura é descascada, o placar eletrônico tem o nome dos times escritos de forma improvisada, e o aro corre o risco de entortar a cada enterrada. No jogo 3 contra o Pinheiros, na última semana, o funcionário que seca a quadra foi acionado quatro vezes. Com seu rodo, desentortava o aro após as cravadas.

Arena da Barra

É lá que o Flamengo vai mandar seus jogos da final, caso avance para a próxima fase. Com capacidade para quase 15 mil torcedores, a Arena foi construída para os Jogos Pan-Americanos de 2007. A impressionante estrutura e as duas quadras de treino em anexo fizeram da instalação candidata a receber um amistoso da NBA. Após o Pan e o Mundial de Judô, também em 2007, o esporte passou longe dali.

Administrada pela francesa GL Events, a Arena cobra até R$ 150 mil de aluguel, mas firmou uma parceria com o Flamengo, que não vai precisar desembolsar nada caso vá à final. Em compensação, o clube não receberá o dinheiro da venda de ingressos, que ficará com a Arena. Ainda assim, Areias pretende fazer do ginásio a casa do Rubro-Negro em 2010.
 
Maracanãzinho

Durante a primeira fase do NBB, o Flamengo mandou alguns jogos no ginásio reformado para o Pan-Americano de 2007. Assim como a Arena, o Maracanãzinho é uma opção de ótimo nível, mas a agenda passa a ser um problema. A instalação teve de ser descartada pelo clube porque já havia compromissos marcados para o período das semifinais e finais do campeonato.

A assessoria do Maracanãzinho informa que a casa, com capacidade para quase 12 mil torcedores, é reservada com 80 dias de antecedência. O aluguel para um evento custa R$ 100 mil, além das taxas. Em casos de disputas esportivas como os jogos do Flamengo, o governo do estado pode liberar o pagamento de algumas taxas.

Algodão

O ginásio do Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, pode abrigar quase 4 mil torcedores. Marcelinho, que hoje busca um teto com o Flamengo, já disputou nesta instalação uma final de Nacional. Foi em 2005, quando seu Rio de Janeiro bateu o Uberlândia e se sagrou campeão. A alegação para que não se joguem partidas do NBB no Algodão é a distância: a arena da Zona Oeste fica longe da zona central da cidade.

Administrado pela Prefeitura do Rio, o ginásio tem ainda problemas estruturais: o placar não tem condições de uso, e a iluminação funciona com apenas 70% de sua capacidade. Além disso, o local já estava reservado, entre os dias 14 e 17 de maio, para a Copa Sul/Sudeste de Tênis de Mesa. Apesar dos problemas, a administração do Centro Esportivo informa que tem interesse em receber o Rubro-Negro no futuro.

Gávea, Botafogo e Laranjeiras

Os ginásios dos clubes de futebol do Rio também não têm condições de receber uma partida de playoffs. Em nenhum momento foi cogitado o uso da Gávea, que tem uma arquibancada muito pequena, mesmo problema do ginásio do Fluminense, nas Laranjeiras, que abriga apenas poucas dezenas de torcedores. O Botafogo, que tem uma arquibancada maior, sofreu com problemas estruturais no ano passado, quando recebeu treinos da seleção. Integrantes da comissão técnica chegaram a usar um martelo para afundar pregos soltos no meio da quadra.

Comentários

Por Danielle Nava Alves da Silva Rocha
em 24 de Maio de 2011 às 13:59.

Por Marcos
em 11 de Janeiro de 2011 às 15:12.

Presado Alexandre,

Nunca fui ao Rio de Janeiro mas a situação dos ginasios aqui em Sao Paulo não e diferente, os melhores locais são clubes particulares os locais publicos alem de nao terem condições de uso ficam fechados sem poderem ser utilizados pela população, o basquete acaba se tornando um esporte elitisado so podendo ser praticado por quem pode pagar o acesso aos clubes, existe verba, muitas vezes intalações mas nao sao disponibilizados para população seja como pratica esportiva ou evento esportivo que acontecem raramente, so apaixonado por esporte o basquete mais ainda mas a politicagem e a elite brasileira insiste em tornar a cultura desportiva um mecanismo de exclusão oque pode ser evidenciado no basquete profisional com baixos salarios aos praticantes e falta de infraestrutura, um forte abraço Marcos.


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