A resenha abaixo foi publicada no Bala na Cesta, blog do jornalista Fábio Balassiano, sobre o documentário "On the Shoulders of Giants: The Story of the Greatest Basketball Team You Never Heard Of", direção de Deborah Morales, com roteiro escrito por Kareem Abdul-Jabbar sobre "o melhor time da história do basquete", como o pai de Kareem costumava lhe dizer (a integra pode ser lida em http://balanacesta.blogspot.com/2011/02/bec-on-shoulders-of-giants.html). 

O que me chamou a atenção é a questão da memória do basquete, sempre preservada pelos norte-americanos. Na semana que fez a passagem um dos campeões mundiais brasileiro, Kareem nos presenteia com a história de um time das décadas de 1930 e 1940, no auge da segregação racial nos EUA. Como um time de negros sobrevivia? Aqui, quando teremos um documentário com alguns ícones do período de ouro do nosso basquete ainda vivos? Vale conferir o documentário que será lançado hoje...

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Fevereiro de 2011 às 15:35.

Professor Carlos Alex,

Vivemos num país dito "sem memória" e todos nós nos queixamos desse fato. Foi assim que resolvi mexer-me e dar uma contribuição à memória desportiva brasileira, quando resgatei muito da História do Voleibol no Brasil no séc. XX. Se deixasse por conta dos "cartolas" as novas gerações só volveriam ao passado até o ano de 1984, da famosa "geração de prata" (por acaso). E só contariam sobre seus próprios feitos, como já fizeram. Na verdadeira história, em que remonto a 1937-39, resgato fatos e nomes de milhares de indivíduos que "bateram bola" em quadras de saibro, areia, cimento, terra batida etc. Será que vale a pena lembrá-los? 

Essas histórias estão prontas. No entanto, como publicar 2 volumes com aproximadamente 400 fotos e 1.200 páginas no Brasil?

Em Niterói, onde nasci e resido, tivemos vários astros do basquete, inclusive na seleção brasileira e muitos da antiga que se reúnem regularmente nos torneios masters pelo país. Por que essa Associação não cria um movimento para escrever a História do Basquete no Brasil? Dei-lhes a ideia, mas ninguém se mexeu. E agora?

Lembro ao colega que a história não foi feita somente pelos ícones, os grandes heróis, mas ao contrário, por milhares de cestas de anônimos, como eu também, desde 1950.

Roberto Pimentel.  


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