Pessoal, essa situação esquisita de uma revista ter dois ISSN vem atomentando a vida dos pesquisadores e indexadores. Segue o debate de dois mestres no assunto: Aldo Barreto e Helio Kuramoto:
---------- Forwarded message ----------
From:
Date: 2009/11/27
Subject: [abarreto-l] sobre o ISSN duplo 2.0
Prezado Aldo,
Muito interessante a sua mensagem e, em primeiro lugar, os meus agradecimentos por levantar a lebre, pois, acredito que o Ibict poderia discutir ou articular com as agências de fomento alguma solução para o problema.
Eu verifiquei com a Sueli Maffia que é a coordenadora do Centro Nacional do ISSN, no Brasil, especialista no tema e, talvez, a maior autoridade em ISSN no Brasil. Ela me disse que a atribuição do ISSN para a revista impressa e de outro para a revista eletrônica é uma norma internacional e não temos como modificar. Aliás, é importante ressaltar que o ISBN também utiliza o mesmo procedimento, vc tem ISBNs diferentes para cada tipo de suporte de uma mesma obra.
Agora, qual é a razão desta norma internacional? Estivemos discutindo sobre isso e, creio que com o avanço das TICs, uma obra em meio eletrônico tem maior visibilidade do que uma obra em suporte impresso. E, esse fato pode gerar diferenças na visibilidade de tal obra. Essa é apenas uma suposição, sem qualquer comprovação científica. Talvez seja o caso até de se fazer tal investigação, ou pelo menos buscar evidências.
Discutindo com a Sueli a respeito do problema, verificamos o seguinte:
1) Nas condições atuais, nas quais não temos qualquer indicação de solução ou recomendação por parte das agências de fomento e, em especial da Capes com relação ao Qualis, cabe ao pesquisador escolher a indicação do ISSN que melhor atenda às suas necessidades. Teria que averiguar se existe diferenças na pontuação entre artigos publicados em revista impressa e eletrônicas.
2) Caberá ao pesquisador o cuidado para não publicar o mesmo artigo duas vezes em função de a revista ter dois ISSNs, ou seja utilizar o bom senso;
3) Caberá aos nossos representantes no CTC alertar a Capes para o problema e sugerir solução para o problema;
4) Caberá também, ao Ibict, articular com as agências de fomento ações de forma a corrigir esse problema.
Cordiais Saudações
Hélio Kuramoto
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escreveu:
A comunicação cientifica e o ISSN
Os editores e autores de C&T estão tendo problemas com assunto ainda não resolvidos pelas agências de fomento e controle e avaliação. Ou se resolvido ainda não divulgado o suficiente.
Se um periódico de C&T possui um número de ISSN na sua versão impressa ao lançar a mesma revista com o mesmo conteúdo em versão eletrônica o mesmo periodico recebe um outro número de ISSN (International Standard Serial Number) que é diferente da versão impressa.
Assim por exemplo a Revista Ciência da Informação ( como todas as outras neste caso) tem na versão impressa o ISSN nº 0100-1965 e na versão eletrônica da revista o ISSN nº 1518-8353.
Isso traz os seguintes problemas, entre outros que não pensamos:
- Um mesmo artigo de um mesmo autor sai com dois ISSNs diferentes: qual o número de ISSN o autor usará para reportar sua produção bibliográfica o da versão impressa ou o da versão eletrônica?
- Como o Qualis da CAPES irá contornar este problema?
- Qual o ISSN os Cursos de pós-graduação usarão para informação da produção cientifica para a agência avaliadora, para as fomentadoras, em seus projetos ?
- Eventualmente um autor poderia cadastrar o mesmo artigo duas vezes com o INSS de uma e da outra versão?
- Ao preencher seu currículo Lattes e o Diretório de Grupos de Pesquisa o pesquisador deverá usar qual nº de ISSN para o seu artigo o da versão impressa ou da versão eletrônica?
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