Cevnautas da bioquímica do exercício, certamente tem gente pensando em enriquecer com o elixir de musculação - lembram da maquininha de não fazer exercícios que o Oscar fazia propaganda?. Colei abaixo a notícia em português do diligente HypeSciencie, a nota original da FASEB, e o resumo do artigo científico que aguarda uma alma caridosa e poliglota para a adoção e publicação na biblioteca do CEV, se o artigo valer a pena. Laércio
Proteína “Hulk” afeta o crescimento de músculos e deixa pessoas mais fortes sem esforço
Por Guilherme de Souza em 5.09.2012 as 23:34
Pacientes com distrofia muscular (e gente que quer ficar forte, mas tem preguiça de ir à academia) vão gostar dessa: estudo recente revelou que inibir a produção de uma proteína específica pode resultar em ganho de massa muscular sem necessidade de exercícios físicos ou dietas.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores comparou dois grupos de cobaias: no primeiro, os participantes tiveram o gene produtor da proteína Grb10 bloqueado enquanto ainda estavam no útero; no segundo, as cobaias não passaram por qualquer intervenção.
Ao comparar os músculos tanto de ratos recém-nascidos como de adultos dos dois grupos, os pesquisadores perceberam que aqueles que não produziam a Grb10 eram consideravelmente mais fortes. Além disso, os resultados sugerem que as mudanças causadas pela inibição da proteína ocorreram principalmente durante o desenvolvimento pré-natal.
Pequenos Hulks
“Ao identificar um novo mecanismo regulador de desenvolvimento muscular, nosso trabalho revelou novas estratégias em potencial para aumentar massa muscular”, destaca Lowenna J. Holt, do Programa de Pesquisa em Diabetes e Obesidade do Instituto de Pesquisa Médica de Garvan (Austrália).
Como os processos envolvidos em regeneração e reparo de músculos são similares aos de formação inicial, os resultados do estudo apontam que, no futuro, talvez seja possível acelerar o crescimento ou a recuperação muscular – o que pode beneficiar pacientes de distrofia muscular, diabetes tipo 2 ou outras doenças que afetem os músculos.
Apesar dos avanços, porém, ainda são necessários mais estudos a respeito dos mecanismos de ganho de massa muscular. Assim, para quem tem condições de segui-lo, o método convencional permanece a melhor opção: exercícios constantes e direcionados, acompanhamento profissional, boa alimentação, boa rotina de sono e uso supervisionado de suplementos alimentares.
Antes de encerrar, uma curiosidade: a Grb10 foi apelidada pelos pesquisadores de “proteína Hulk” – o que soa meio contraditório, já que ela não ajuda a ganhar músculos, mas justamente o oposto. Não seria o caso de chamá-la de “proteína Bruce Banner”?[Daily Mail UK]
FONTE: http://bit.ly/proteina_hulk
Public release date: 30-Aug-2012
Contact: Cody Mooneyhan
cmooneyhan@faseb.org
301-634-7104
Federation of American Societies for Experimental Biology
'Hulk' protein, Grb10, controls muscle growth
New research in The FASEB Journal suggests that a protein called Grb10 plays a crucial role in increasing muscle mass during development
Bethesda, MD — Scientists have moved closer toward helping people grow big, strong muscles without needing to hit the weight room. Australian researchers have found that by blocking the function of a protein called Grb10 while mice were in the womb, they were considerably stronger and more muscular than their normal counterparts. This discovery appears in the September 2012 issue of The FASEB Journal. Outside of aesthetics, this study has important implications for a wide range of conditions that are worsened by, or cause muscle wasting, such as injury, muscular dystrophy, Type 2 diabetes, and problems produced by muscle inflammation.
"By identifying a novel mechanism regulating muscle development, our work has revealed potential new strategies to increase muscle mass," said Lowenna J. Holt, Ph.D., a study author from the Diabetes and Obesity Research Program at the Garvan Institute of Medical Research in Sydney, Australia. "Ultimately, this might improve treatment of muscle wasting conditions, as well as metabolic disorders such as Type 2 diabetes."
To make this discovery, Holt and colleagues compared two groups of mice. Once group had disruption of the Grb10 gene, and were very muscular. The other group, where the Grb10 gene was functional, had normal muscles. Researchers examined the properties of the muscles in both adult and newborn mice and discovered that the alterations caused by loss of Grb10 function had mainly occurred during prenatal development. These results provide insight into how Grb10 works, suggesting that it may be possible to alter muscle growth and facilitate healing, as the processes involved in muscle regeneration and repair are similar to those for the initial formation of muscle.
"Don't turn in your gym membership just yet," said Gerald Weissmann, M.D., Editor-in-Chief of The FASEB Journal. "If you want big muscles, the classic prescription still applies: lift heavy things, eat and sleep right, and have your hormones checked. But this study shows that when we understand the basic science of how muscle fibers grow and multiply, we will be able to lift the burden — literally — of muscle disease for many of our patients."
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Details: Lowenna J. Holt, Nigel Turner, Nancy Mokbel, Sophie Trefely, Timo Kanzleiter, Warren Kaplan, Christopher J. Ormandy, Roger J. Daly, and Gregory J. Cooney. Grb10 regulates the development of fiber number in skeletal muscle. FASEB J September 2012 26:3658-3669; doi:10.1096/fj.11-199349 ; http://www.fasebj.org/content/26/9/3658.abstract
RESUMO PARA ADOÇÃO DE ALGUM CEVNAUTA
Grb10 regulates the development of fiber number in skeletal muscle
Lowenna J. Holt*,1, Nigel Turner*,§, Nancy Mokbel*, Sophie Trefely*, Timo Kanzleiter*, Warren Kaplan†, Christopher J. Ormandy‡§, Roger J. Daly‡§,2 and
Gregory J. Cooney*,§,2
+ Author Affiliations
*Diabetes and Obesity Research Program,
†Peter Wills Bioinformatics Centre, and
‡Cancer Research Program, Garvan Institute of Medical Research, Sydney, New South Wales, Australia; and
§St. Vincent's Hospital Clinical School, University of New South Wales, Sydney, New South Wales, Australia
↵1Correspondence: Diabetes and Obesity Research Program, Garvan Institute of Medical Research, 384 Victoria St, Darlinghurst, Sydney, NSW 2010, Australia. E-mail: l.holt@garvan.org.au
↵2 These authors contributed equally to this work.
Abstract
Grb10 is an intracellular adaptor protein that acts as a negative regulator of insulin and insulin-like growth factor 1 (IGF1) receptors. Since global deletion of Grb10 in mice causes hypermuscularity, we have characterized the skeletal muscle physiology underlying this phenotype. Compared to wild-type (WT) controls, adult mice deficient in Grb10 have elevated body mass and muscle mass throughout adulthood, up to 12 mo of age. The muscle enlargement is not due to increased myofiber size, but rather an increase in myofiber number (142% of WT, P<0.01). There is no change in myofiber type proportions between WT and Grb10-deficient muscles, nor are the metabolic properties of the muscles altered on Grb10 deletion. Notably, the weight and cross-sectional area of hindlimbs from neonatal mice are increased in Grb10-deficient animals (198 and 137% of WT, respectively, both P<0.001). Functional gene signatures for myogenic signaling and proliferation are up-regulated in Grb10-deficient neonatal muscle. Our findings indicate that Grb10 plays a previously unrecognized role in regulating the development of fiber number during murine embryonic growth. In addition, Grb10-ablated muscle from adult mice shows coordinate gene changes that oppose those of muscle wasting pathologies, highlighting Grb10 as a potential therapeutic target for these conditions.—Holt, L. J., Turner, N., Mokbel, N., Trefely, S., Kanzleiter, T., Kaplan, W., Ormandy, C. J., Daly, R. J., Cooney, G. J. Grb10 regulates the development of fiber number in skeletal muscle.
Comentários
Por
Wellerson Cioglia Junior
em 9 de Outubro de 2012 às 00:17.
A descoberta desta proteína será, sem duvida, uma excelente opção para o tratamento de atrofias musculares causadas por doenças ou lesões, que necessitam de imobilização por longos períodos de tempo. Mas com relação às pessoas que querem ficar forte sem ir à academia, acredito que, por enquanto, nada substitui os benefícios proporcionados pela atividade física regular, alimentação saudável e o descanso adequado.
Por
Mateus Pereira Lima
em 9 de Outubro de 2012 às 14:26.
Não se sabe onde exatamente essa proteina irá agir, ou seja, não sabem onde serão desenvolvidos os músculos.Mas essa descoberta não deixa de ser um grande avanço para ciencia.E mesmo que dê certo, provavelmente será somente utilizada em laboratórios , e se alguém utilizar em humanos, será mais com objetivo de pesquisa nunca será comercializado em farmacias ou em prateleiras de lojas, pelo menos pelos próximos anos.Enquanto isso nada substituirá os resultados de uma boa pré disposição genetica , um treino intenso e uma dieta adequada.
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