ATLAS DA CAPOEIRA(GEM) NO BRASIL

 

André Luiz Lace Lopes (RJ); Leopoldo Gil Dulcio Vaz (MA); Milton César Ribeiro (Miltinho Astronauta) (SP)

 

CAPOEIRA ANGOLA – a proposta explícita da capoeira Angola é tradicionalista, no sentido de manter, o quanto possível, os “fundamentos” ensinados pelos antigos mestres. Está intimamente ligada a figura de Mestre Pastinha – Vicente Ferreira Pastinha -; aprendeu a capoeira antes da virada do século XIX (nasceu em 1889) com um velho africano.

1910-1922 – Pastinha já ensina capoeira a seus colegas aprendizes da Marinha (ingressou na escola em 1902), e depois para estudantes que viviam nas redondezas;

1941 – assume a direção de uma academia, após ter deixado de ensinar por vários anos; a capoeira Regional já se encontrava em pleno desenvolvimento; Pastinha percebeu a necessidade de inovação dentro da tradição para garantir que a modalidade de capoeira ensinada por ele permanecesse uma alternativa viável à Regional. Ao introduzir essas mudanças, passou a denominar sua luta de esporte, para distanciá-la da marginalidade e legitimar o seu ensino; adotaram uniformes, fomentando o espírito de grupos e introduziu a graduação formal para mestre.

DÉCADAS DE 1940 – 1960 – passou a se apresentar – a semelhança de Bimba – com seu grupo pela Bahia e pelo Brasil, garantindo à Angola um mínimo de espaço público.

DÉCADAS DE 1950-1970 – a capoeira Regional conseguiu maior projeção no período, e a Angola teve que se definir em oposição a esta para justificar a sua existência, investindo naqueles aspectos que estavam perdendo importância na Regional, como a teatralidade, a espitirualidade, o ritual, a tradição; mesmo os movimentos foram estilizados numa determinada direção com o intuito de distanciar nitidamente do estilo Regional.

DÉCADA DE 1980 – a partir desse período, a Angola conseguiu inverter a situação desfavorável em que se encontrava em relação à Regional. (Vieira e Assunção, 1998).

 

CAPOEIRA REGIONAL - BIMBA

DÉCADA DE 1920 - – é a partir do final da década que Mestre Bimba – Manoel dos Reis Machado – desenvolveu na Bahia a sua famosa capoeira Regional, que, apesar do nome, foi a primeira modalidade de capoeira a ser praticada em todo o Brasil e no exterior. Bimba partiu de uma crítica da capoeira baiana, cujo nível técnico considerava insuficiente, sobretudo se confrontado com outras lutas e artes marciais, que começavam a ser difundidas então no Brasil.

1928 – Bimba explica, em entrevistas a jornais (Tribuna da Bahia, 18 de novembro de 1972; Diário de Notícias, 31 de outubro e 1º. de novembro de 1965) que neste ano já havia finalizado a criação da nova modalidade de capoeira, a Regional, que é o “batuque misturado com a Angola, com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o físico e para a mente”; faz ainda um esclarecimento importante, fornecendo uma pista para o aparente hiato entre as tentativas de esportização da capoeira do Rio de Janeiro e da Bahia, ao dizer que “introduziu ensinamentos dos livros de jiu-jitsu, judô e livre, aproveitando apenas a ginga da Angola”, e acrescenta que a Regional poderia ser disputada sem berimbau e pandeiro. (Reis 1997, p. 133)

1932 - Decidiu então criar um estilo novo, que passou a ensinar em sua academia, fundada em 1932.

1937 - a Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública do Estado da Bahia reconheceu oficialmente a sua academia, outorgando-lhe um certificado de professor de Educação Física. Bimba transferiu a prática da capoeira da rua para um recinto fechado, a academia; a fragmentou em “exercícios fundamentais” a serem praticadas diariamente, “seqüências” e a roda propriamente dia: criou um método de ensino formal para uma prática até então predominantemente informal. Introduz novos golpes e uma série de movimentos (cintura desprezada) que usavam o contato físico direto para treinar a flexibilidade da coluna e a capacidade do capoeirista de cair em pé quando projetado em um “balão”; a capoeira regional definia-se, do ponto de vista técnico, por ser um a luta praticada numa posição mais ereta do que a capoeira baiana tradicional e de usar golpes mais altos e geralmente mais rápidos. Foi introduzida também uma hierarquia até então inexistente na vadiação baiana, onde se distinguiam calouros, formados e formados especializados (mestres). Outra inovação – fundamental – foi a mudança radical do meio social onde recrutava seus alunos, passando a exigir-lhes carteira profissional, e conseguiu atrair alunos da classe média.

1939-42 - chegou a ensinar a capoeira no quartel do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro – CPOR. As mudanças introduzidas pela Regional resultaram na esportivização da arte, destacando-se a crescente burocratização, a incorporação de elementos das artes marciais orientais, a cooptação ideológico e política pelo sistema, provocando um embranquecimento de uma arte negra (Vieira e Assunção, 1998).

 

 CAPOEIRA CONTEMPORÂNEA – o panorama da capoeira no Brasil e no exterior se tornou de tal maneira complexa que é impossível, atualmente, distinguir apenas a capoeira Angola e a Regional, pois surgiram estilos que se pretendem intermediários e que têm sido denominados de “Contemporânea” ou mesmo “Angonal”.

- CONTEMPORÂNEA – é a denominação dada por Mestre Camisa a capoeira praticada no Grupo Abada, com sede no Rio de Janeiro;

- ANGONAL – é o nome de um grupo, também do Rio de Janeiro – Mestre Boca e outros;

- ATUAL – denominação que seria usada por Mestre Nô de Salvador, para designar esta terceira via (Vieira e Assunção, 1998).

 

CAPOEIRA(S) PRIMITIVA(S)” – ou, formas primitivas de/da capoeira – outras capoeiras: O fenômeno das academias baianas trará uma nova conformação à própria história da capoeira, uniformizando (no que tange às tradições, hábitos, costumes, rituais, instrumentação, cantigas etc.) sua prática, especialmente após a migração de mestres para o sudeste brasileiro. Isso foi um dos motivos pelos quais a capoeira conhecida e praticada hoje é a baiana. Infelizmente, por outro lado, foram-se apagando pouco a pouco as práticas regionais anteriores como a pernada, a tiririca, o cangapé, a punga, o bate-coxa... Que não puderam oferecer resistência e nem conseguiram criar condições para competir com a capoeira baiana. (Carlos Carvalho Carvalhedo, in Jornal do Capoeira)

 

BATE-COXA - manifestação das Alagoas, uma dança ginástica: "a dança do bate-coxa não se confunde com a capoeira. Os praticantes são da mesma origem, descendentes de escravos". Acredita Câmara Cascudo que o bate-coxa seja mais violento, onde os dois contendores, sem camisa, só de calção, aproximam-se, colocando peito a peito, apoiando-se só nos ombros, direito com direito. Uma vez apoiados os ombros, ao som do canto de um grupo que está próximo, ao ouvir-se o ê boi, ambos os contendores afastam a coxa o mais que podem e chocam-se num golpe rápido. Depois da batida, a coxa direita com a coxa direita, repete a esquerda, chocando-se bruscamente ao  ouvir o ê boi do estribilho. A dança prossegue até que um dos contendores desista e se dê por vencido.

 

BATUQUE - dança com sapateados e palmas, ao som de cantigas acompanhadas só de tambor quando é de negros ou também de viola e pandeiro "quando entra gente mais asseada". Batuque é denominação genérica de toda dança de negros na África. Batuque é o baile. De uma descrição de um naturalista alemão, em visita às Gerais, em 1814/15, ao descrever a dança, fala da umbigada [punga]. Com o nome de "batuque" ou "batuque-boi" há uma luta popular, de origem africana, muita praticada nos municípios de Cachoeira e Santo Amaro e capital da Bahia, uma modalidade de capoeira. A tradição indica o batuque-boi como de procedência banto, tal e qual a capoeira, cujo nome tupi batiza o jogo atlético de Angola. É descrita por Edson Carneiro (Negros Bantos) - a luta mobilizava um par de jogadores, de cada vez; dado o sinal, uniam as pernas firmemente, tendo o cuidado de resguardar o membro viril e os testículos. Dos golpes, cita o encruzilhada, em que o lutador golpeava coxa contra coxa, seguindo o golpe com uma raspa, e ainda o baú, quando as duas coxas do atacante devam um forte solavanco nas do adversário, bem de frente. Todo o esforço dos lutadores era concentrado em ficar de pé, sem cair. Se, perdendo o equilíbrio, o lutador tombasse, teria perdido a luta. Por isso mesmo, era comum ficarem os batuqueiros em banda solta, equilibrando-se em uma única perna, e outra no ar, tentando voltar aposição primitiva. O batuque na Bahia se chama batuque, batuque-boi, banda, e raramente pernada - nome que assumiu no Rio de Janeiro... Ficaram famosos como mestres na arte do batuque, Angolinha, Fulo, Labatut, Bexiga Braba, Marcelino Moura... Do vocábulo "batuque-boi", registra: espécie de Pernada. Bahia. A orquestra das rodas de batuque era a mesma das rodas de capoeira - pandeiro, ganzá, berimbau.

 

PERNADA - Câmara Cascudo  informa que assistiu a uma pernada executada por marinheiros mercantes, no ano de 1954, em Copacabana, Rio de Janeiro. Diziam os marinheiros que era carioca ou baiana. É uma simplificação da capoeira. Zé da Ilha seria o "rei da pernada carioca"; é o bate-coxa das Alagoas. Ainda Edson Carneiro (Dinâmica do Folklore, 1950) informa ser o batuque ou pernada, bem conhecido na Bahia e Rio de Janeiro, não passa de uma forma complementar da capoeira. Informa, ainda, que na Bahia, somente em arraiais do Recôncavo  se batuca, embora o bom capoeira também saiba largar a perna.  No Rio de Janeiro já se dá o contrário - a preferência é pela pernada, que na verdade passou a ser o meio de defesa e ataque da gente do povo.

 

VER AINDA:

Pernada de Sorocaba - ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro, em que faz uma análise da relação entre danças-luta (pernada, tiririca etc.) com a Capoeira no interior Paulista. In http://www.capoeira.jex.com.br/

 

O ensino da capoeiragem no início do século XX, ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro onde comenta a repercussão em jornal de Sorocaba, São Paulo, sobre a abertura de Academia de Capoeira no Rio de Janeiro, em 1920. A matéria trouxe a chamada "Um Desporto Nacional", disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/

 

Capoeira, Pernada e Tiririca in Crônica sobre Capoeira, com algumas informações sobre a Pernada de Sorocaba e a Tiririca da capital paulista, ambas uma espécie de "capoeira primitiva" do Estado de São Paul, por Miltinho Astronauta, in Jornal do Capoeira Edição AUGUSTO MÁRIO FERREIRA - Mestre GUGA (n.49) de 13 a 19 de Novembro  de 200, disponível em www.capoeira.jex.com.br

 

Tiririca, Capoeira & Barra funda, por Elaine Muniz Pires, sobre a história dos bairros paulistanos, em especial a Barra Funda, onde acontecia a Tiririca, uma espécie de Capoeira Primitiva, disponível em www.capoeira.jex.com.br

 

Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

 

Ainda sobre a Punga dos Homens – Maranhão - Visita à Câmara Cascudo: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

Comentários

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 13 de Março de 2010 às 16:22.

Prezado Colega

Fizemos um estudo antropológico sobre as nomenclaturas de Capoeira encontradas no século XIX e início do século XX. Neste período não há nenhuma referência a acrobacias como integrantes do patrimônio (ou do legado) de nenhum dos precursores, tais como: Plácido de Abreu, Coelho Neto, Annibal Burlamaqui, Inezil Penna Marinho, Daniel Noronha, Totonho Maré, Livino, Amorzinho, Sinhozinho, Bimba, Pastinha e outros de grande expressão, os quais entendiam que os movimentos da Capoeira deveriam ser efetivos e objetivos, ou seja, não faziam movimentos em vão. 

Estas acrobacias são alegorias "alienígenas" ao acervo original da Capoeira, portanto, são coisas recentes que foram chegando em função da inserção de movimentos circenses e de ginástica artísitca que foram aos poucos sendo incorporados e aceitos por alguns e repudiados por outros, mas aí já é um outro debate, que envolverá a Capoeira como "mercadoria".

Com meus respeitos,

Sergio Vieira

  

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 13 de Março de 2010 às 16:45.

Olá, Sérgio... Demais

nossa preocupação tem sido o resgate da memória da(s) capoeira(s)/capoeiragem. Sem emissão de juízo, crítica ou interpretações.

Buscamos os fatos narrados e datados, sempre que possível, na literatura existente, especialmente nas obras já consideradas clássicas.

Em algumas das ’teorias’ garimpadas, existem até contradições, as quais procuramos resgatar. Sempre foram colocados em notas de onde foi tireda esta ou aquela informação... esse o propósito do Atlas, e a forma de sua construção, conforme estabelecido pelas diretrizes do Lamartine (org.) e o projeto de oncstrução do Atlas da capoeira(gem), aqui neste espaço divulgado.

Claro que as contribuições são -sempre! - bem vindas! podem ser em forma de box - voce poderá fazer a tua crítica, expondo teu pondo de vista ou as tuas conclusões, que as publicaremos e as inseriremos no Atlas...

Repito, não é uma obra fechada, possibilita sempre revisões... desde que tenhamos a fonte! esteja à votade...

Mais uma vez, não se trata de história da capoeira, mas de memoria... resgate... embora neste altura, prefira a palavra cronica...

“Chrônica (do latim) é termo que indica narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica; como também é conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos.”  

[1] DICIONÁRIO AURÉLIO, 1986, p. 502.

Ver também:

“o segredo da verdade é o seguinte: não existem factos, só existem histórias” [1]


[1] Jorge Bento, citando João Ubaldo Ribeiro , in ARAÚJO, Paulo Coelho de. ABORDAGENS SÓCIO-ANTROPOLÓGICAS DA LUTA/JOGO DA CAPOEIRA. (Porto): Instituto Superior Maia, 1997, p. 7

  SWe voce puder fazer às minhas mãos as concklusões ou anais do Primeiro Congresso Nacional de Capoeira Angola, poderemos acrescentar às notas referentes aos fundadores...

Continuamos na roda... obrigado pelas tuas críticas e ensinamentos...

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 13 de Março de 2010 às 17:24.

Para levantamento da memoria, tenho utilizado o seguinte material: sempre citado (desculpe se aqlguns vão repetidos...)

Mito das origens remotas. In VIEIRA, Luiz Renato; ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Mitos, controvérsias e fatos: construindo a história da capoeira. In ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS, 34, dezembro de 1998, p. 82-118

CAMARA CASCUDO:

Folclore do Brasil. Natal: Fundação José Augusto, 1980.(BAA / BN/BMCC)

Folclore do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1967. 252p. (PUC-RIO / BAA/ BUFRN/BMCC)

Folclore. Recife, Secretaria de Educação e Cultura, 1975. 62p. (BMCC)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 2ª edição. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1962.(BAA / BMR / BCCBB / BPI/BFCRB/AN/BMCC)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 3ª edição. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972.(BAA / BPI / PUC-RIO / BE / BIFICS)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 4ª edição. São Paulo: Melhoramentos, 1976 (BFCRB)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 4ª edição. São Paulo: Melhoramentos: Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1979.(BAA / BE/BMCC)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 5a. edição. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1984 (BN / BIFICS)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 5a. edição. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1984 (BCCBB)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 5a. edição. São Paulo: Melhoramentos, 1980 (BN)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 6ª edição. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo, Universidade de São Paulo, 1988.(BAA / BN)

Dicionário do Folclore Brasileiro. 7a edição. Belo Horizonte: Itatiaia, 1993. (BIFICS)

Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1993 (BN)

Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1954.(BAA / PUC-RIO / BCCBB / BFCRB / BE / RGPL / NA / BFGV)

CÂMARA CASCUDO, Luís da. Folclore do Brasil / Pesquisas e Notas. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1967;

PENTEADO JUNIOR, Wilson Rogério. A ARTE DE DISCIPLINAR. Jogando Capoeira em Projetos sócio-educacionais. Disponível em http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d43-wjunior.pdf

 

ASSUNÇÃO, Matthias Röhrig; PEÇANHA, Cinésio Feliciano (Mestre Cobra Mansa). Elo perdido: A dança da zebra. In REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. Março 2008, p. 14-21, disponível em www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1445

JACINTO, Cristiane Pinheiro Santos. Fazendeiros, negociantes e escravos: dinâmica e funcionamento do tráfico interprovincial de escravos no Maranhão (1846-1885). In GALVES, Marcelo Checvhe; COSTA, Yuri (org). O MARANHÃO OITOCENTISTA. Imperatriz: Ética; São Luis Editora UEMA, 2009, p. 169-194.

 

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O TRATO DOS VIVENTES – formação do Brasil no Atlântico Sul, Séculos XVI e XVII.São Paulo: Cia. Das Letãs, 2000;

 

MELLO, José Antônio Gonçalves de. TEMPO DOS FLAMENGOS – influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do norte do Brasil. 4 ed. Rio de Janeiro: Topbooks; Recife: Instituto Ricardo Brennand, 200(5).

 

COSTA E SILVA, Alberto da. UM RIO CHAMADO ATLÂNTICO – A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

Fernão Pompêo de Camargo Neto. Tese de Doutoramento apresentada ao Instituto de Economia da UNICAMP para obtenção do título de Doutor em Ciências Econômicas –área de concentração: Política Econômica, sob aorientação do Prof. Dr. José Ricardo Barbosa Gonçalves. CPG, 22/02/2002, p. 275

 LACÉ LOPES, André. Capoeiragem.in PEREIRA DA COSTA, Lamartine (org.). ATLAS DE ESPORTES NO BRASIL. Rio de Janeiro: Shape, 2005, p. 386-388

LACÉ LOPES, André Luiz. A VOLTA AO MUNDO DA ARTE AFRO-BRASILEIRA DA CAPOEIRAGEM - Ação Conjunta com o Governo Federal – Estratégia 2005 - Contribuição do Rio de Janeiro - Minuta de André Luiz Lace Lopes, com sugestão de Mestre Arerê (ainda sem revisão).

LACÉ LOPES, André  Luiz. PÁGINA PESSOAL : http://andrelace.cjb.net/

LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM NO RIO DE JANEIRO E NO MUNDO. Literatura de Cordel. Rio de Janeiro,2004

LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM NO RIO E NO MUNDO. – histórias & fundamentos, Administração geral, administração pública, jornalismo. Palestras e entrevistas de André Lacé Lopes, edição elertrônica em CD-R. Rio de Janeiro, 2004.

LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM NO RIO DE JANEIRO E NO MUNDO. 2 ed.  Amp. E list. Literatura de Cordel. Rio de Janeiro, 2005

LACÉ LOPES, André Luiz. L´ART DE LA CAPOEIRA À RIO DE JANEI, AU BRÉSIL ET DANS LE MONDE. Littérature de Cordel. Rio de Janeiro, 2005

LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM NO RIO DE JANEIRO E NO MUNDO. 4 ed. Literatura de Cordel. Rio de Janeiro, 2007.

LACÉ LOPES, André Luiz. CAPOEIRAGEM. Palestras e entrevistas de André Lacé Lopes, edição eletrônica em CD-R. Rio de Janeiro, 2006

LACÉ LOPES, André. Capoeiragem.in PEREIRA DA COSTA, Lamartine (org.). ATLAS DE ESPORTES NO BRASIL. Rio de Janeiro: Shape, 2005, p. 386-388

 

ARAÚJO, Paulo Coelho de. ABORDAGENS SÓCIO-ANTROPOLÓGICAS DA LUTA/JOGO DA CAPOEIRA. Maia: Instituto Superior de Maia, 1997. Série Estudos e Monografias.

O ensino da capoeiragem no início do século XX, ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro onde comenta a repercussão em jornal de Sorocaba, São Paulo, sobre a abertura de Academia de Capoeira no Rio de Janeiro, em 1920. A matéria trouxe a chamada "Um Desporto Nacional", disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/

Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

Ainda sobre a Punga dos Homens – Maranhão - Visita à Câmara Cascudo: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

Pernada de Sorocaba - ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro, em que faz uma análise da relação entre danças-luta (pernada, tiririca etc.) com a Capoeira no interior Paulista. In http://www.capoeira.jex.com.br/

Capoeira, Pernada e Tiririca in Crônica sobre Capoeira, com algumas informações sobre a Pernada de Sorocaba e a Tiririca da capital paulista, ambas uma espécie de "capoeira primitiva" do Estado de São Paul, por Miltinho Astronauta, in Jornal do Capoeira Edição AUGUSTO MÁRIO FERREIRA - Mestre GUGA (n.49) de 13 a 19 de Novembro  de 200, disponível em www.capoeira.jex.com.br

Tiririca, Capoeira & Barra Funda, por Elaine Muniz Pires, sobre a história dos bairros paulistanos, em especial a Barra Funda, onde acontecia a Tiririca, uma espécie de Capoeira Primitiva, disponível em www.capoeira.jex.com.br

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRÔNICA DA CAPOEIRA(GEM): ERAM OS ‘BALAIOS’ CAPOEIRA? (inédito)

Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

Ainda sobre a Punga dos Homens – Maranhão - Visita à Câmara Cascudo: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

 

 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A Carioca. In REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, n. 31, novembro de 2009, p. 150-175, disponível em http://issuu.com/leovaz/docs/ihgm_31_novembro_2009   

 

SOARES, Carlos Eugenio Líbano. Dos fadistas e galegos: os portugueses na capoeira. In Análise Social, vol. xxxi (142), 1997 (3.º), 685-713 disponível em http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1221841940O8hRJ0ah8Vq04UO7.pdf

CAVALCANTI, Gil. Do lenço de seda à calça de ginástica. Ter, 17 de Junho de 2008 16:44 Gil Cavalcanti (Mestre Gil Velho), disponível em http://portalcapoeira.com/Publicacoes-e-Artigos/do-lenco-de-seda-a-calca-de-ginastica

 

FALCÃO, José Luiz Cirqueira. Fluxos e refluxos da capoeira: Brasil e Portugal gingando na roda. In Análise Social, vol. XL (174), 2005, 111-133, disponível em http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n174/n174a05.pdf

 

TINHORÃO, José Ramos. HISTÓRIA SOCIAL DA MUSICA POPULAR BRASILEIRA. Rio de Janeiro: Editpora 34, 2001, disponiverl em http://books.google.es/books?id=8qbjll0LmbwC&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false

CAVALHEIRO, Carlos Alberto in RIBEIRO, Milton César – MILTINHO ASTRONAUTA. (Editor). JORNAL DO CAPOEIRA, Sorocaba-SP, disponível em www.capoeira.jex.com.br (Artigos publicados)

CAVALHEIRO, Carlos Carvalho. Capoeira em Porto Feliz. in La Insignia, 2007 disponível em http://www.lainsignia.org/2007/julio/cul_037.htm).

CAVALHEIRO, Carlos Carvalho - Cantadores - o folclore de Sorocaba e região (encarte de CD) - Linc - 2000

IPHAN, Assessoria de Imprensa do Iphan. A capoeira na história. in REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, Ed. de Julho de 2008, disponível em

 http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1871

 

1952- Entre los Bosquimanos de Angola(jogo de Angola) in http://salavideofica.blogspot.com/2010/02/1952-entre-los-bosquimanos-de.html

GEORGE W. STOW, F.G.S., F.R.G.S. A History of the Intrusion of the Hottentots and Bantu into the Hunting Grounds of the Bushmen, the Aborigines of the Country WITH NUMEROUS ILLUSTRATIONS. In History of South África. New York : THE MACMILLAN CO.1905, disponibilizado por Javier Rubiera para Conexoes da Capoeira Angola el 2/28/2010

Artículo publicado el 20 de febrero de 2004 en el diario L’Express de Mauricio, disponível em http://portal.unesco.org/es/ev.php-URL_ID=23885&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html

ABIB, Pedro Rodolpho Jungers. CAPOEIRA ANGOLA: CULTURA POPULAR E O JOGO DOS SABERES NA RODA. Origens de uma tradição, disponível em http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/04/capoeira-angola_18.html

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 13 de Março de 2010 às 10:57.

Com o devido respeito, creio que vocês estão muito equivocados ao definirem que "a proposta explícita da capoeira Angola é tradicionalista, no sentido de manter, o quanto possível, os “fundamentos” ensinados pelos antigos mestres. Está intimamente ligada a figura de Mestre Pastinha".

Esta proposição tem uma herança romantica ao redor de Mestre Pastinha e busca construir uma "teoria geral" sobre a Capoeira Angola, tal como o evolucionista, porém a mesma foi difusionista e teve muitos referenciais de origens diversas, cada qual com sua "própria cultura, história e evolução", conforme foi documentado pelo Primeiro Congresso Nacional de Capoeira Angola, ocorrido na Cidade de Salvador, em que a obra dos pioneiros da Capoeira Angola foi filmada e debatida, comprovando ser multifacetada sem conexão com Pastinha.

Também se esqueram de analisar os depoimentos contidos na obra "Manuscritos do Mestre Noronha, em que se observa que Pastinha foi o substituto de Livino, em iniciativa institucional de Noronha e Totonho Maré.

Sendo assim sugiro rever tal afirmação e buscar fundamentações teóricas mais apropriadas.

Com meus respeitos,

Sergio Vieira

Por Ricardo Alexandre Rodrigues da Silva
em 13 de Março de 2010 às 11:27.

Caro colega!

Gostaria também de saber como as acrobaciais entraram na capoeira, assim como o ano e o porque das acrobacias capoeirísticas atuais.


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