Comentários
Por
Antônio Sérgio Maritan Junior
em 9 de Março de 2015 às 16:55.
Boa tarde a todos dessa comunidade, fico muito feliz em ver que todos estão preocupados com o tema "Capoeira", vou deixar uma única pergunta: Onde fica o curso de especialização?
Um abraço do colega Antônio Sérgio
Por
Thaiany Luna Pires Pereira
em 8 de Julho de 2014 às 07:14.
Por
Luciano de Lacerda Gurski
em 8 de Julho de 2014 às 09:32.
Não acho que seja verdade que a graduação vai necessariamente qualiicar a atuação na capoeira. Há muita gente formada e bastante inconpetente. Além do que deve se discutir que conhecimentos são necessários para se ser um "bom' mestre de capoeira. A Educação Física muitas vezes se mostra arrogante, no sentido de achar que só seus conhecimentos (embora poucos sejam realmente seus) são essenciais e dão "qualidade" a atuação.
Ao meu ver um bom mestre de artes marciais se forma na própria arte, pois o movimento corporal é apenas uma parte desta, e, nem mesmo, a mais importante... Os fatores culturais, éticos, valores morais, história da arte são muito mais importantes, e só podem ser adquiridos com anos de vivência, e até mesmo estudo, que não se dá necessariamente em nível superior...
Não tenho dúvidas que um mestre que pratica a arte durantes anos sabe muito mais que qualquer graduado no ensino superior, enquanto que os graduados sabem muito pouco, ou quase nada, sobre as artes marciais. Basta lembrar que a maioria dos cursos de graduação dedicam uma ou duas disciplinas de 40 horas para as lutas de forma geral...
Poderia-se afirmar então: o mestre poderia ter a formação na arte e mais a Educação Física... É verdade, mas poderia ter formação an arte e na história, na filosofia, em artes... As artes marciais não são apenas gestos motores... Se rum bom mestre vai muito além de conhecer um determinado movimento ou a estratégia para ensinar um movimento... Aliás, acho que a Educação Física poderia aprender como se ensina movimentos com as artes, pois muitas sistermatizaram ao longo de séculos formas de ensino e aprendizagem, que muitas vezes são mais eficientes que as normalmente usadas pela Educação Física...
No fim a Educação Física quer abraçar o mundo para garantir seu emprego, e isto não pode se dar as custas de artes tradicionais como a capoeira. Felizmente a frente unida pelas tradições culturais conseguiu livrar a capoeira, yoga e outras tradições da garra do confef...
A maioria destas artes surgiu antes da Educação Física, é no mínimo arrogância a Educação Física achar que detém maiores ou melhores conhecimentos sobre elas...
Parabéns professor Gabriel por propor o debate.
Abraço!
Por
Gabriel Grillo Brum
em 8 de Julho de 2014 às 19:20.
Por
Adália Táci Pereira Mendes
em 13 de Julho de 2014 às 21:50.
Concordo com você Ghilheme Grilo. A capoeira é muito rica em todos os aspectos e para que se forme professores de capoeira capacitados em todas os âmbitos da capoeira, desde musica, ao jogo e luta, demanda de bastante tempo de estudo e pratica. Fato que não é possível em uma disciplina de 6 meses em uma universidade. Acredito que a graduação em educação contribuirá muito com o capoeirista. Mas trago para este debate outra questão que venho observando muito ultimamente, como alguns " mestres " vendem os cordões (graduações) para iniciantes sem qualidade e domínio dos fundamentos e toques básicos da capoeira.
Por
Pedro Lucas dos Santos Pêgo
em 9 de Março de 2015 às 15:34.
Pessoal por gentileza, vamos colocar as fontes para podermos ter uma discussão séria sobre teoria e prática.
Para o autor deste texto, cite por favor suas referencias para que possamos adquirir este ocnheicmento também!
Por
Luciano de Lacerda Gurski
em 10 de Março de 2015 às 15:20.
Olá Adália,
sua questão remete a ética profissional, aquilo que o Confef supõe (ou deveria) zelar.
Não tenho dúvidas que nem todos os mestres são éticos, se entendermos ética como conjunto de ações tidas pela sociedade como "corretas".
Assim como não tenho dúvidas que existem muitos professores formados, e com cref, que também não são éticos. A rigor, o próprio confef e cref são anti-eticos, na medida em que usam da persuasão e de ações ilegais para exigir a filiação e cobrança de taxas...
Para o tema proposto aqui, acredito que a formação em nível superior não impediria que os mestres "vendessem" cordas. Isto me parece ser uma influência social por quais passam também outras artes marciais, e tem haver com um processo de mercantilização das práticas corporais, onde tudo, inclusive a pessoas, se tornam coisas, e tem valor na medida em que geram lucro.
Ao pensar nos mestres que vendem cordas, penso também nos cursos de graduação que vendem os diplomas...
Ao meu ver, um dos erros do confef é vincular a ideia de diploma com qualidade, enquanto que na atuação profissional, a qualidade, que é relativa sob o ponto de vista de quem avalia, se dá por uma série de saberes, como indicam Tardif (http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/668/556) e Pimenta. (http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf ), que embora pensem sobre a formação de professores, indicam elementos importantes para a formação dos profissionais de maneira geral.
Para contribuir com o debate deixo outra questão: os cursos de graduação são todos iguais? Os graduados em educação física, de qualquer lugar do país, possuem os mesmo conhecimentos e competências?
Abraço!
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.