Salve salve grupo, boa tarde!

Estou em busca de material para montar uma aula sobre "O processo de Ensino-aprendizagem da capoeira na Educação Física: aspectos teóricos e metodológicos", quem puder indicar bibliografia agradeço.

Com os melhores cumprimentos,

Jean Souto

Comentários

Por Laercio Elias Pereira
em 19 de Março de 2014 às 13:47.

Prof. Jean,

Tem bastante coisa na biblioteca da nossa Comunidade Capoeira.

Basta clicar em "biblioteca" na barra superior da tela (onde tem tb capa, quem e quem, debates...

Aproveiro para convidar o pessoal a mandar o que ainda não está lá.

Basta escrever a referência aqui como comentário desta nota

Laercio

 

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 19 de Março de 2014 às 16:41.

Esta mensagem foi enviada por Roberto Pimentel, via http://cev.org.br, para o e-mail particular do Professor Jean. Todavia, retornou. Peço licença, então, para reproduzir o meu oferecimento:

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Jean,

Diante de seu extenso perfil sou um leigo. Mas como sugere a indicação de obras sobre metodologia de ensino relativas à capoeira, peço que me explique mais detalhadamente o que precisa. Entendo que a Metodologia e Pedagogia possam ser aplicadas em qualquer situação de vida para ensinar outrem. Assim, os mesmos princípios podem estar ligados à Matemática, Português, Línguas, Xadrez, Física e à Educação dos Movimentos ou Gestos Esportivos. Poderá ver algo a respeito em www.procrie.com.br/procrienoprezi/, um Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol (ou outro esporte). No círculo relativo ao Blog, apresento a bibliografia que utilizo para me instruir. Gostaria de sua apreciação e comentário.

Veja também www.procrie.com.br/sumario.

Abraço.

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Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 20 de Março de 2014 às 11:16.

ALVES, José Antonio Barros. Cenário de tendências econômicas do esporte e atividades físicas no Brasil. In Da COSTA, Lamartine Pereira (org). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro : Shape, 2005, p. 857-858;

BOSCHI, Rodrigo Fortini. Cinário de tendências de emprego na área de esporte e atividades físicas. In Da COSTA, Lamartine Pereira (org). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro : Shape, 2005, p. 859-860;

CÓDIGO DE POSTURAS DE TURIAÇU, Lei 1342, de 17 de maio de 1884. Arquivo Público do Maranhão, vol. 1884-85, p. 124.

COELHO, M. Embalagens mentem até quando são verdadeiras. Folha de São Paulo, p. E8, 29/08/2001. citado por Mwewa, Muleka; Vaz, Alexandre Fernandez. INDÚSTRIA CULTURAL E EDUCAÇÃO DO CORPO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO NO JOGO DE CAPOEIRA: REFLEXÕES PRELIMINARES. UFSC

Da COSTA, Lamartine Pereira (org). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro : Shape, 2005, p. 15-20

 Da COSTA, Lamartine Pereira. Cenário de tendências gerais do esporte e atividades físicas no Brasil. In Da COSTA, Lamartine Pereira (org). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro : Shape, 2005, p. 825-838

Diário de Notícias. "Clube Nacional de Gymnastica: Uma grande Promessa". RIO, 1º de setembro de 1931. in Miltinho Astronauta, (editor) JORNAL DO CAPOEIRA, Edição 39, 18 a 24 de julho de 2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/ -

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VIEIRA FILHO, Domingos. BREVE HISTÓRIA DAS RUAS E PRAÇAS DE SÃO LUÍS. 2a. ed. rev. e aum. São  Luís :  (s.e.),  1971

 

SITIOS DA INTERNET

http://www.capoeiradobrasil.com.br/

http://www.capoeira.jex.com.br/

http://www.ie.ufrj.br/redesist/.

http://www.capoeira.esp.br

www.politica.pro.br

http://www.confef.org.br/

http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/
http://www.mtecbo.gov.br/index.htm

 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 20 de Março de 2014 às 11:17.

A CAPOEIRA NO/DO MARANHÃO: ALGUMAS QUESTÕES PARA REFLEXÃO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

 

         Gostaria inicialmente de agradecer ao convite para estar aqui este dia falando sobre Capoeira. O convite é muito especial para mim; talvez, mais do que ter coisas a falar, eu tenha muito a apreender sobre Capoeira, principalmente com os Mestres, Professores, demais Capoeiras e com o público presente. Tenho a pretensão de levantar algumas questões sobre a Capoeira...

         Agradeço, então, ao Contramestre Baé e à Federação de Capoeira do Estado do Maranhão. Também gostaria de aproveitar a oportunidade para de público citar alguns Capoeiras que contribuíram para meus estudos sobre essa nobre arte de luta: Índio do Maranhão, Mizinho, Cláudio (meu ex-aluno no CEFET-MA), e claro, Baé, com que tive contato maior e ouvi muito sobre a Capoeira; ao meu Mestre Patinho – meus respeitos e sua licença para me manifestar – com quem tive algumas conversas recentemente e me mostrou que não sabia nada de Capoeira – porque Capoeira é vivência, e eu não vivo a Capoeira; disse-me o Mestre: Capoeira só se aprende na prática. Bela lição para quem tem a pretensão de escrever sobre Capoeira, sem a praticar... Obrigado, Mestre Pato[1]; ainda, Marco Aurélio[2], Domingos de Deus, Acinho, Bamba[3], Senzala e, sobretudo, André Lacé (do Rio de Janeiro) e Miltinho Astronauta e o Cavalheiro, ambos de Sorocaba, meus “colegas” do Jornal do Capoeira [4] ...

         Pensei em fazer uma fala que tivesse como preocupação de fundo a atuação e talvez a própria formação dos educadores de capoeira – termo que ouvi de vários Mestres e Professores durante as entrevistas realizadas por meus alunos da UEMA, do Curso de Educação Física, quando estávamos construindo o Livro-Álbum dos Mestres Capoeira do Maranhão – ainda inconcluso[5]. Compreendi a importância do uso desse termo – educadores de capoeira – para chamar a atenção para a responsabilidade daqueles (as) que ensinam Capoeira[6].

         Parto do entendimento de que a Capoeira é uma prática cultural[7] no sentido mais dinâmico possível do termo.

Mas, o que é a Capoeira? Como podemos defini-la? Tenho encontrado as mais variadas respostas: capoeira é luta; capoeira é um esporte; capoeira é folclore; outros dizem que é um lazer; é uma festa; é vadiação; é brincadeira; é uma atividade educativa de caráter informal.[8].

Não me conformo com essas classificações simplistas e reducionistas; compreendi que a Capoeira é tudo isso... Compreender a Capoeira como sendo uma prática cultural[9] representa um salto qualitativo para além das visões essencialistas, que, por vezes, apelam para um mito de origem reivindicando a pureza ou a tradição de certo antigamente da Capoeira.         

Quero chamar a atenção para o entendimento de que as práticas culturais, como a Capoeira, não estão paradas no tempo e, por isso mesmo, a transformação constante é inevitável. As necessidades e os problemas dos (as) Capoeiras de outrora não são os mesmos de hoje. A cada dia se joga uma Capoeira diferente. A Capoeira de hoje é diferente da Capoeira de ontem e da de amanhã – esse exemplo de constante transformação demonstra suficientemente bem que a cultura está em permanente mudança.

Assim, práticas culturais são aquelas atividades que movem um grupo ou comunidade numa determinada direção, previamente definida sob um ponto de vista estético, ideológico, etc. [10].

O que importa é dizer que seja qual for a forma de entendermos a Capoeira, seja como luta, esporte, dança ou outra maneira aqui não pensada, um ponto fundamental pode estar na relação dessas idéias com a prática da Capoeira.

O que quero questionar é o seguinte: quais conseqüências uma Capoeira compreendida como esporte, como luta pode ter para seu ensino?[11] Ou quais conseqüências a capoeira entendida como cultura, como vadiação pode ter para o seu ensino e para sua prática? Ou melhor, qual dessas opções queremos?

Essas questões estão relacionadas com a defesa de uma capoeira enquanto prática cultural e tem a ver com um pensamento que procura chamar atenção para a necessidade de diálogo com as diferenças. Nesse sentido, até poderíamos falar da existência não de uma capoeira, mas de capoeiras: capoeiras danças; capoeiras lutas; capoeiras esportes; capoeiras culturas; capoeiras angolas, regionais, contemporâneas e assim por diante[12].

Assim como Corte Real[13], devemos adotar a noção de interculturalidade ao se tratar da Capoeira. A educação intercultural é uma forma de educação que: “requer que se trate nas instituições educativas os grupos populares não como cidadãos de segunda categoria, mas que se reconheça seu papel ativo na elaboração, escolha e atuação das estratégias educativas”. A mesma visa a promover processos integradores que conciliem os direitos de igualdade dos cidadãos e o direito de diferenças das culturas [14].  Pergunta, então Corte Real: “será que uma roda de capoeira não é um bom exemplo de processo integrador, no qual todos são iguais no direito à participação, como no direito à diferença de ter seu jeito próprio de vadiar?”.

Nesses mais de dois anos que tenho me dedicado mais a fundo ao estudo da Capoeira maranhense, tenho visto algumas experiências no contexto da capoeira que mostram a possibilidade da construção de projetos coletivos baseados na participação solidária próxima à essa visão de educação intercultural, caracterizadas como a troca de saberes entre universidade/capoeira.

Trago aqui exemplos dessa interação: Primeiro, o Convênio entre UFMA e uma universidade espanhola – Universidad de Múrcia - que realizaram um encontro de Capoeiristas em São Luís, no ano de 2002 – o I Encontro Maranhão-Múrcia de Capoeira Angola (EMAMUR) que aconteceu em setembro daquele ano. Vocês tomaram conhecimento? Foi firmado convênio entre as duas universidades. 

Participaram do encontro o professor doutor Jesus Molina Saorín, da Universidade de Múrcia, e mais sete acadêmicos e profissionais espanhóis das áreas de Serviço Social, Educação Física, Educação Musical, Psicologia e Direito, todos adeptos da Capoeira Angola. Eles integram o Grupo de Pesquisa na Diversidade numa Perspectiva Transdisciplinar, daquela universidade. Realizado através do Núcleo de Estudo/Pesquisa e Análise Social do Movimento Humano (Nepas), ligado ao Departamento de Educação Física da UFMA, o I Emamur consiste na primeira dentre muitas outras atividades a serem desenvolvidas pelo convênio. O objetivo deste acordo é estabelecer o intercâmbio entre as duas universidades para qualquer área do conhecimento.

         Não se tem notícias de houve continuidade...

Outro exemplo foi a defesa de duas monografias de graduação em áreas distintas de conhecimento:

- a de Mestre Nelsinho, em Educação Física, que resgata a importância de Mestre Sapo na implementação da Capoeira baiana no Maranhão e resgata parte da história da Capoeira maranhense. Esse trabalho de Nelsinho tem que ser divulgado entre todos os que amam a Capoeira, pois se trata de uma pesquisa de suma importância que deve extrapolar os muros da Universidade;

- o outro, na área da Economia, me é especialmente caro: a monografia de minha filha, Loreta Brito Vaz, que estudou a capoeira na perspectiva de fonte de renda e emprego em São Luis. Acredito que muitos de vocês foram participantes-respondentes da pesquisa que empreendeu.

         Tenho notícias que outras duas pesquisa foram feitas, uma na área de História, também relatando a vida de Mestre Sapo – ainda não consegui cópia – e outra, em Educação Física, aprovada junto ao colegiado do curso, que estava se iniciando.

         Com isso, gostaria de colocar a questão sobre qual poderia ser a contribuição da relação universidade – especialmente de pesquisadores concreta e politicamente envolvidos – com a Capoeira? E mais, qual a contribuição de momentos como este que estamos vivendo hoje aqui? Qual a importância da Capoeira estar dentro do espaço acadêmico? E indo mais longe, por que a Capoeira não tem sido objeto de estudo de nossas universidades?

         Outra questão que gostaria de levantar, diz respeito à música... Mestre Patinho chamou-me a atenção para o aspecto educacional que a música tem dentro da Capoeira. Para ser, realmente, um Capoeira, a musicalidade deve ser desenvolvida, não apenas através do saber executar as ladainhas, os cantos, as chamadas, mas de saber os seus significados, o que dizem... Mais, aprender a executar os instrumentos, a cantar, o ritmo... Tudo é questão de ritmo, e é o ritmo que determina os movimentos; se você não dominar o ritmo, não executará os movimentos...

         Temos observado que a música, na Capoeira, tem assumido um caráter de protesto e contestação social; observamos que as músicas são sempre improvisadas, e em geral falam do negro na senzala, do negro livre, da religião, da comunidade, seus hábitos, seus feitos, etc., algumas vezes são cantos de louvor, tristeza, revolta, desafio[15]

          A musica organiza uma série de práticas educativas informais na Capoeira ao ditarem normas da dinâmica do jogo; e ao assumirem a narrativa das lutas da cultura popular, especialmente negra. Como Mukuna (1980) [16], a capoeira hoje reivindica ser patrimônio da cultura brasileira, podemos afirmar que essa prática cultural ainda potencializa uma dimensão crítica de protestos e contestação social? Qual é ou qual tem sido o papel da musica na atuação dos educadores de capoeira? A musica é um saber que está ao alcance de todos e todas na capoeira? As temáticas tratadas nas musicas tem favorecido idéias comunitárias?

         E por fim, outro questionamento seria sobre a atuação daqueles que são responsáveis por aquilo que se constitui um conjunto de práticas educativas informais, ou seja, aqueles que chamamos de professores e professoras ou para lembrar educadores de capoeira. Como esses educadores desenvolvem informalmente seus processos de formação? Como desenvolvem estratégias de organização educativa, por exemplo, mediadas pela musica? Quais são as suas visões e opiniões sobre as atuais discussões sobre a regulamentação dos profissionais da capoeira?

         Gostaria de concluir - com Corte Real -, fazendo um balanço das idéias e questões levantadas[17]. Penso que seja válida a visão da capoeira como sendo dinâmica, inserida no processo histórico e em constante transformação. Portanto, como uma prática cultural, que engloba os aspectos de arte, luta, dança, esporte, educação, resistência entre outros.

Lembrar também da possibilidade de compreender a capoeira na perspectiva intercultural da educação significa reconhecer a riqueza dessa prática cultural em suas múltiplas formas. Por isso mesmo, a perspectiva intercultural chama atenção para necessidade de reconhecimento das diferentes formas de manifestação da capoeira.

Necessidade também de reconhecer a individualidade de cada pessoa e sua contribuição, seja para realização de uma roda de capoeira, seja na luta por seu reconhecimento. Mas, sobretudo, a ideia de intercultura chama atenção para necessidade de lidarmos com todos os tipos de conflitos presentes numa prática cultural como a capoeira que mostram que a capoeira é, de fato, uma luta, assim como a cultura é um campo de lutas sociais.

Termino, então, com as questões:

·       Quais consequências de compreender a capoeira como prática cultural em transformação que engloba esporte, luta, arte, resistência, educação entre outros aspectos? Quais opções dessas queremos?

·       Até que ponto a roda ou a capoeira como um todo é um exemplo de educação intercultural? Ou seja, a capoeira pode ser um espaço de participação de pessoas diferentes unidas por objetivos comuns?

·       Qual pode ser a contribuição da relação da universidade com a capoeira? Acadêmicos e capoeiras podem ter algo a aprender juntos?

·       Qual tem sido o papel da música na atuação e formação dos educadores de capoeira?

Se alguma de todas essas palavras que disse conseguiu mexer um pouco com os pensamentos de vocês, assim como o capoeira se mexe quando o berimbau chora, terei cumprido o meu propósito em estar nesta roda.

Segue o jogo.

Obrigado


[1] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CONVERSANDO COM MESTRE PATINHO. Jornal do Capoeira, edição 63, de 05 a 11/mar de 2006, in www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=881

[2] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Notas sobre a Punga dos Homens – capoeiragem no Maranhão. In Jornal do Capoeira, edição 43, 15 a 21 de agosto de 2005, in

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=609

HEICKEL, Marco Aurélio. Breves observações sobre o Tambor de Crioula. In Jornal do Capoeira, edição 43, 15 a 21 de agosto de 2005, in

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=626

[3] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. Punga dos Homens e a capoeira no Maranhão: Mestre Bamba, do Maranhão. In Jornal do Capoeira, julho 2005, in www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=589

[4] www.jornalexpress.com.br

[5] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. Capoeiragem no Maranhão – Atlas da Capoeiragem. In www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=342

[6] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O vôo do Falcão. Jornal do Capoeira, edição 74, de 21 a 27 de maio de 2006, in

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticia=1

[7] CORTE REAL, Márcio Penna. A Capoeira na perspectiva intercultural: questões para a atuação e formação de educadores(as). 2004

[8] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão – afinal, o que é Capoeiragem? In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=379

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O que é a Capoeira ? In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=675

[9] CORTE REAL, 2004, obra citada.

[10] COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo: Iluminuras, 1999

[11] SOUZA, Thiago Vieira de. Aspectos didáticos e metodológicos no processo de ensino aprendizagem da Capoeira. In Lecturas: Educacion Física y Deportes, Revista digital – Buenos Aires -  ano 11, no. 96, maio de 2006, disponible em www.efdeportes.com – http://www.efdeportes.com/efd96/capoei;htm

[12] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão: Angola ou Regional? In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=425

 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão: Capoeira Angola In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=438

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão: Capoeira Regional? In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=498

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão: A Capoeira “Carioca” In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=509

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Qual Capoeira? In

www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=535

[13] CORTE REAL, M.P. Intercultura e dialogicidade: investigando estratégias educativas e práticas de resistência cultural na capoeira. Florianópolis: PPGE/CED/UFSC, Projeto de Tese, 2002.

[14] FLEURI, R.M. (org). Intercultura e movimentos sociais. Florianópolis: MOVER/NUP, 1998.

FLEURI, R.M. Desafios a educação intercultural no Brasil. Porto Alegre: 2000, III Seminário Pesquisa em Educação Regional Sul/ANPED

[15] In CAPOEIRA: arte marcial do Brasil. Rio de Janeiro: Grupo de Comunicação Três, 1983

[16] MUKUNA, K. Contribuição Bantú na musica popular brasileira. São Paulo: Global, [ca. 1980]

[17] CORTE REAL, M.P. Círculos de cultura na investigação temática de musicas negras. PPGE/CE/UFSM, dissertação de mestrado, 2001

CORTE REAL, M.P. A capoeira pode ter seu espaço na escola? Texto apresentado no evento O negro e o currículo escolar. Santa Maria: 8ª. Delegacia de Educação, 1999

 

 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 20 de Março de 2014 às 11:19.

2001 VAZ, Leopoldo Gil Dúlcio. O lúdico e o movimento no Maranhão. Lecturas: Educacion Física y Deportes - Revista Digital. Buenos Aires, v. 7, n. 37, jun. 2001.

- VAZ, Leopoldo Gil Dúlcio. - Le Ludique et le mouvement au Maranhão/ O lúdico e o movimento em Maranhão (Brasil). Disponível em www_capoeira-infos_org  Le Ludique et le mouvement au Maranhão.htm

 

2002 SOUSA, Augusto Cássio Viana de Soares. A capoeira em São Luís: dinâmica e expansão no século XX dos anos 60 aos dias atuais. Monografia (Graduação em História) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2002

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- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A introdução do esporte (moderno) em Maranhão. In CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, VIII, Ponta Grossa - Pr, 14 a 17 de novembro de 2002. Coletâneas ... Ponta Grossa : UEPG, 2002. Publicado em CD-ROOM.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A introdução do esporte (moderno) em Maranhão – A CAPOEIRA. IN  REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, REVISTA ELETRÔNICAVolume 05, Número 01, jan/jun/2002. www.cefet-ma.br/revista

 

2003 SANTOS, Darliete Barbosa. Escola de capoeira Angola Mandigueira do Amanhã: uma perspectiva de cidadania para crianças e adolescentes no Bairro da Madre de Deus. São Luís, 2003 (Monografia para o grau de Licenciatura em Educação Artística) Universidade Federal do Maranhão.

 

2005 BRITO, Nelson Brito. UMA ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES DE MESTRE SAPO PARA A CAPOEIRA EM SÃO LUÍS, monigrafia de graduação em Educação Física orientado pelo Prof° Drdo. Tarciso José Melo Ferreira.

- PIMENTA, Eli. Capoeira em São Luiz do Maranhão. In JORNAL DO CAPOEIRA, acessado em 26 de abril de 2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Notas sobre a Capoeira em São Luis do Maranhão. Jornal do Capoeira - Edição 42: 8 à 14 de Agosto de 2005. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+capoeira+em+sao+luis+do+maranhao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem e a Guarda Negra: Parte I. Jornal do Capoeira - Edição 52 - de 4/dez a 10/dez de 2005. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeiragem+e+a+guarda+negra+parte+i

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem, Guarda Negra & ISABELISMO: Parte II. Jornal do Capoeira - Edição 53 - de 11/dez a 17/dez de 2005. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeiragem+guarda+negra+isabelismo+parte+ii

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem, Guarda Negra & O fuzilamento do dia 17 : Parte III. Jornal do Capoeira - Edição 54 - de 18/dez a 25/dez de 2005. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeiragem+guarda+negra+o+fuzilamento+do+dia+17+parte+iii

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Notas sobre a Capoeira em São Luis do Maranhão. Jornal do Capoeira - Edição 42: 8 à 14 de Agosto de 2005. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+capoeira+em+sao+luis+do+maranhao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Pungada dos Homens & A Capoeiragem no Maranhão - MESTRE BAMBA, do Maranhão. Jornal do Capoeira - Edição 41: 8 à 14 de Agosto de 2005 http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/pungada+dos+homens+a+capoeiragem+no+maranhao

- CORRÊA, Dinacy. GALERIA DE ANÔNIMOS ILUSTRES (Mestre Bamba). In JORNAL PEQUENO, São Luís, Sábado, 14 de junho de 2005, p.8. www.jornalpequeno.net

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Pesquisa: A Capoeira na Economia. Jornal do Capoeira - Edição 40: 2005 http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/pesquisa+a+capoeira+na+economia

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão. Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+punga+dos+homens+-+capoeiragem+no+maranhao

- HAICKEL, Marco Aurélio. Breves Observações Sobre Tambor de Crioula. Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/breves+observacoes+sobre+tambor+de+crioula

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Ainda sobre a Punga dos Homens – Maranhão. Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/ainda+sobre+a+punga+dos+homens+-+maranhao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem no Maranhão. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeiragem+no+maranhao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão - Parte II. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeira+no+maranhao+-+parte+ii.

   - VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão - Angola ou Regional. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeira+no+maranhao+-+angola+ou+regional+

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem no Maranhão - Parte IV - Capoeira Angola.  http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeiragem+no+maranhao+-+parte+iv+-+capoeira+angola

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRAGEM  NO  MARANHÃO. Parte V -  "Capoeira  regional". http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeira+no+maranhao

 

2006 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio.  NOTAS SOBRE A CAPOEIRA EM SÃO LUIS DO MARANHÃO. In X Congresso Nacional de História do Esporte, Lazer, Educação Física e Dança, e II Congreso Latinoamericano de História de la Educación Física. Curitiba-PR, 30 de maio a 04 de junho de 2006, ANAIS: UFPR, 2006...

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio.  ARTUR EMÍDIO E A CAPOEIRAGEM EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO. IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, Volume 9, Número 01, jan/jun/2006  www.cefet-ma.br/revista

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio.  PUNGA DOS HOMENS / TAMBOR-DE-CRIOULO (A) - “PUNGA DOS HOMENS” - IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA,Volume 09, Número 02, jun/dez 2006 www.cefet-ma.br/revista

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio.   OS HOLANDESES E OS PALMARES: Nassau atacou os Palmares! IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, Volume 9, Número 01, jan/jun/2006  www.cefet-ma.br/revista

- GOUVEIA Poliana Coqueiro. A CAPOEIRA EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO: O Projeto “Mandigueiros do Amanhã” como exemplo de inclusão social (1995 a 2002). Monografia apresentada ao curso de História da Universidade Estadual do Maranhão, para obtenção do titulo de Licenciada em História. Orientador: Prof. Ms. Paulo Roberto Ribeiro Rios. http://www.outrostempos.uema.br/curso/monopdf2006/monopoliana.pdf

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira/Capoeiragem no Maranhão. DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). A T L A S D O E S P O R T E N O B R A S I L . RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006. http://atlasesportebrasil.org.br/textos/181.pdf

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O VÔO DO FALCÃO. Jornal do Capoeira - Edição 74 - de 21 a 27 de Maio de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/o+voo+do+falcao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A Capoeira nos Congressos de História da Educação Física, Esportes, Lazer e Dança. Jornal do Capoeira - Edição 73 - de 14 a  20 de Maio de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/a+capoeira+nos+congressos+de+historia+da+educacao+fisica+esportes+lazer+e+danca

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Os Holandeses e os Palmares. Jornal do Capoeira - Edição 71 - de 30/Abril a 06/Maio de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/os+holandeses+e+os+palmares

- PEREIRA, Irapuru Iru. Capoeira em Construção: Sobre a construção coletiva da capoeira do "Grupo Angoleiros da Barra" - GABA - Maranhão, que conta com a participação especial dos Índios Guajajaras. Jornal do Capoeira - Edição 69 - de 16 a 22 de Abril de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/capoeira+em+construcao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DAS TRADIÇÕES & CAPOEIRA E CAPOEIRAGEM NO MARANHÃO. Jornal do Capoeira - Edição 64 - de 12 a 18/Mar de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/atlas+das+tradicoes+capoeira+e+capoeiragem+no+maranhao

- PEREIRA, Irapuru Iru. E A CORDA, QUEM INVENTOU? Jornal do Capoeira - Edição 63 - de 05 a 11/Mar de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/e+a+corda+quem+inventou+

- PEREIRA, Irapuru Iru. Angoleiros da Barra. Jornal do Capoeira - Edição 63 - de 05 a 11/Mar de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/angoleiros+da+barra

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DA CAPOEIRAGEM NO MARANHÃO: Conversando com Antônio José da Conceição Ramos, o MESTRE PATINHO. Jornal do Capoeira - Edição 63 - de 05 a 11/Mar de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/atlas+da+capoeiragem+no+maranhao

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Angoleiros em Barra da Corda (MA). Jornal do Capoeira - Edição 59 - de 05 a 11/Fev de 2006. http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/angoleiros+em+barra+da+corda+ma+

- assume a Federação Maranhense de Capoeira -“gestão volta ao mundo” – como Presidente: Murilo Sérgio Sena Palhano (988806 54 89); Vice: Cláudio da Conceição Rodrigues; Primeiro Secretário: José Antonio de Araújo Coelho; Comunicação Social: Genivaldo Mendes; Diretor Técnico: Juvenal dos Santos Pereira; Tesoureiro: Márcia Andrade Sena Palhano; Diretor de Arbitragem: Jorge Luis Lima de Sousa.  Associações filiadas: Cativos da Capoeira; Filhos de Aruanda; Jeje Nagô; Mara Brasil; Amarauê; Art Brasil; Sheknah.

 

2007 A Associação Maragñon Capoeira nasceu na comunidade de Pedrinhas "zona rural de São Luís" através do Mestre Ribaldo Branco que percebeu a falta de políticas públicas na comunidade que lhes proporcionasse uma opção de esporte, cultura e lazer. O grupo Maragñon surgiu através do Mestre Ribaldo Branco, com a finalidade educativa após ter observado um grande vazio que existia entre as crianças, jovens e adolescentes da comunidade do bairro de Pedrinhas. Hoje vem buscando cada vez mais o conhecimento e educação de todos para que possa divulgar o seu grande trabalho. O primeiro trabalho do grupo foi realizado no pátio da escola do bairro com o intuito de divulgar mais e mais a arte da capoeira.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CAPOEIRA NO/DO MARANHÃO: ALGUMAS QUESTÕES PARA REFLEXÃO IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA,  Volume 10, Número 01, jan/jun/2007 www.cefet-ma.br/revista

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRA/CAPOEIRAGEM NO MARANHÃO IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 www.cefet-ma.br/revista

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira (Gem) em São Luis do Maranhão  – NOVOS ACHADOS... WEBARTIGOSCapoeira (Gem) em São Luis do Maranhão.htm

 

2008 MENEZES, Giselle Adrianne Jansen Ferreira de. A INDÚSTRIA CULTURAL DA CAPOEIRA ANGOLA NA CIDADE DE SÃO LUÍS, MARANHÃO. REVISTA CAMBIASSU, Publicação Científica do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão - UFMA - ISSN 0102-3853 São Luís - MA, Ano XVIII, Nº 4 - Janeiro a Dezembro de 2008.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRA(GEM) EM SÃO LUIS DO MARANHÃO – NOVOS ACHADOS... IN REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, Volume 11, Número 01, jan/jun 2008 www.cefet-ma.br/revista

- primeiro CD de capoeira do estado, intitulado de ‘Capoeira do Maranhão – Mestre Patinho’, com sete faixas de sua autoria e mais seis de grupos da Escola de Capoeira Angola do Laborarte.

2009 PEREIRA, Roberto Augusto A. Roda de Rua: memórias da capoeira do Maranhão da década de 70 do século XX. São Luís: EDUFMA, 2009.

 

 

2010 PEREIRA, Roberto Augusto. O MESTRE SAPO, A PASSAGEM DO QUARTETO ABERRÊ POR SÃO LUÍS E A (DES)CONSTRUÇÃO DO “MITO” DA “REAPARIÇÃO” DA CAPOEIRA NO MARANHÃO DOS ANOS 60, revista Recorde: Revista de História do Esporte Volume 3, número 1, junho de 2010

- 11 e 12 de setembro de 2010, 1 Intercambio Interestadual de Capoeira do Maranhão com as presenças dos mestres: Marcão (CE), Sabiá (BA), Jabiraca (PI) e Beto (PA), e também a presença de vários mestre maranhenses. Durante o evento ocorreu varias oficinas, intercambios, roda de mestres e professores.

 

2011 - BOÁS, MÁRCIO ARAGÃO. O ENSINO DE MÚSICA EM ESCOLAS DE CAPOEIRA DE SÃO LUÍS – MA. Monografia apresentada ao curso de Música da Universidade Federal do Maranhão para obtenção de grau de Licenciado em Música. Orientadora: Profª. Dr. Maria Verónica Pascucci. http://musica.ufma.br/ens/tcc/04_boas.pdf

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRA EM SÃO LUÍS: ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-CULTURAIS. In III ENCONTRO DE ESTUDOS CULTURAIS - CULTURA & SUBJETIVIDADES – Processos e Conexões. São Luís – 16 a 18 de novembro de 2011. Mesa redonda 1: CAPOEIRA EM SÃO LUÍS: ASPECTOS HISTÓRICOS E SÓCIO-CULTURAIS – debatedores: Leopoldo Gil Dulcio Vaz (IHGM); Alberto Greciano (Univ. Autonóma/ES); Bruno Pimenta (PGCult); Gabriel Kafure (Crisol/UFMA). AUDITÓRIO DO JORNAL O IMPARCIAL.

- 16 e 17 de julho 1º. ENCONTRO DE BAMBAS DA CAPOEIRA NO MARANHÃO.

- 20 setembro I Campeonato de Capoeira de São Luís do Maranhão, I Jogos Especiais de Capoeira, IV Encontro Maranhense das Entidades, Apoio: Prefeitura de São Luís/ Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdel); Entidades: Abadá-Capoeira; Escolinha da Semdel; Programa PPD (Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social) CDPAE; AMA; Pestalozzi; Associação São Benedito (Bairro de Fátima); Escolinha Comunitária Cazulo (João de Deus); Escolinha do Ipase (Vila Cristalina e Japão); Escola Nossa Senhora de Aparecida (Monte Castelo); Programa Escola de Vida; Unidade Integrada Julio de Mesquita; Unidade Integrada Ercilda Ramos; Unidade Integrada Helena Hantipoff; Unidade Integrada Arnaldo Ferreira; Organizador: Luís Augusto Rabelo. Fonte: http://kamaleao.com/saoluis/1512/i-campeonato-de-capoeira-de-sao-luis-do-maranhao#ixzz2jcIzMSPp

 

2012 - Silva, Adalberto Conceição da (Zumbi Bahia); e Santos Filho, José Alípio Assis dos. A RELIGIOSIDADE DA CAPOEIRA NO MARANHÃO. IN Revista Sapientia. Edição IV, vol IV, nº 4, ano 3. abril/2012.

- VAZ, Delzuite Dantas Brito; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRONICA DA CAPOIRAGEM – A CARIOCA. in XIII International Society for the History of Physical Education and Sport CONGRESS, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRONICA DA CAPOIRAGEM – UMA RAIZ DA CAPOEIRA É A RINGA-MORINGA MALGACHE? in XIII International Society for the History of Physical Education and Sport CONGRESS, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- VAZ, Delzuite Dantas Brito; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PARTIDO CAPOEIRO EM SÃO VICENTE DE FERRER – 1868. in XIII International Society for the History of Physical Education and Sport CONGRESS, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- Na capital maranhense existem vários grupos de capoeira, atuais, onde o estilo é variado, porém a modalidade predominante ainda seja o de Angola, entre as associações existentes que se pode citar:

Associação de Capoeira Angola Maré de Chão – Marinheiro

Academia Companhia do Corpo Centro de Treinamento Herança Brasil Capoeira

Associação Grupo "K" de Capoeira

Associação Cultural de Capoeira São Jorge

Centro Cultural Arte de Capoeira

Escola Tradicional de Capoeira Angola - Grupo Brinquedo de Angola

Escola de Capoeira Angola do Laborarte

Grupo Comunitário Semente da Esperança

Grupo de Capoeira Nova Vida

Grupo de Capoeira Filhos de Ogum

       Grupo de Capoeira Irmãos da Beira-Mar de Angola (SILVA; SANTOS FILHO, 2012) [1].

- A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) apresenta projeto contemplado no Edital Universal de Apoio à Cultura, na categoria Artes Populares, denominado "Capoeira Angola: Arte e Cultura", representado por Júlio Sérvio Coelho Serra, conhecido como Mestre Abelha. O projeto visa inserir os jovens na cultura capoeirista, tendo como públicos-alvo adolescentes acima de 15 anos. Segundo Mestre Abelha, o projeto tem como objetivo redirecionar os adolescentes ao livrá-los do ócio, das más companhias e ambientes propícios à violência, os levando aos caminhos da capoeira. O Mestre enfoca a importância de um projeto como tal preocupado em recuperar a educação não recebida por esses jovens no ambiente familiar. Como parte da programação do projeto "Capoeira Angola: Arte e Cultura" estão aulas práticas e teóricas de Capoeira Angola, oficinas musicais e de Berimbal, confecção dos instrumentos Caxixi, Berimbau, Baqueta e Reco-Reco, Exibição de filmes e documentários sobre a Capoeira Angola, além de avaliação a aplicação de texto sobre a História do Brasil e do Negro na Capoeira Angola. O programa disponibiliza ao aluno todo o material didático necessário para as atividades, além de lanches para os adolescentes.

 

2013 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dants Brito. A CARIOCA. in III SIMPOSIO DE HISTORIA DO MARANHÃO OITOCENTISTA, Grupo de Pesquisa, Diretório CNPq - Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO), São Luis, UEMA, 2013.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dants Brito. PARTIDO ‘CAPOEIRO’ EM SÃO VICENTE DE FERRER – 1868 in III SIMPOSIO DE HISTORIA DO MARANHÃO OITOCENTISTA, Grupo de Pesquisa, Diretório CNPq - Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO), São Luis, UEMA, 2013

- VAZ, Delzuite Dants Brito; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRONICA DA CAPOIRAGEM – A CARIOCA. In HOFMANN, Annete; VOTRE, Sebastião (Organizadores). ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA AO REDOR DO MUNDO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2013, p. 67-78. ANAIS do XIII CONGRESSO DA ISHPES – International Society for the History of Physical Education and Sport, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRONICA DA CAPOIRAGEM – UMA RAIZ DA CAPOEIRA É A RINGA-MORINGA MALGACHE? In HOFMANN, Annete; VOTRE, Sebastião (Organizadores). ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA AO REDOR DO MUNDO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2013, p.173-202, ANAIS do XIII CONGRESSO DA ISHPES – International Society for the History of Physical Education and Sport, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- VAZ, Delzuite Dants Brito; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PARTIDO CAPOEIRO EM SÃO VICENTE DE FERRER – 1868. In HOFMANN, Annete; VOTRE, Sebastião (Organizadores). ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA AO REDOR DO MUNDO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2013, p. 203-208, ANAIS do XIII CONGRESSO DA ISHPES – International Society for the History of Physical Education and Sport, Rio de Janeiro, 9 a 14 de julho de 2012.

- MESTRE PATINHO – CAPOEIRA – Jogo e Fundamento. Documentário sobre a Capoeira: MESTRE PATINHO – o novo no velho sem molesdtar raízes. DVD. 2013

- 22 a 24 de outubro Seminário Roda de Conversa com quem Entende da História -  Projeto de Extensão A Capoeira como elemento formador do indivíduo, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão, UFMA no Auditório Mário Meirelles (Auditório A), do Centro de Ciências Humanas, CCH. O objetivo do evento é compartilhar com a Universidade e o público o conhecimento dos antigos mestres que começaram a jogar capoeira há aproximadamente 50 anos, com a presença do mestre Patinho, do grupo Laborarte; presentes o mestre Paturi, da Associação Capoeira Angola do Maranhão e mestre Zumbi Bahia, que é considerado patrimônio Imaterial da Humanidade, da Oficina Afro; encerramento com a presença dos mestres Manuel Peitudinho, Curador e Jacaré. Os organizadores do evento são: o aluno do curso de Ciências Sociais da UFMA, Washington Luiz, e o professor do Departamento de Sociologia e Antropologia, Cláudio Zanonni. Segundo Washington Luiz, todos os mestres que estarão no Seminário, com exceção do mestre Zumbi Bahia, foram formados pelo mestre Sapo, que chegou a Maranhão em 1966 e é considerado uma referência da Capoeira no Maranhão. http://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=42445

- VI Encontro Nacional de Capoeira em São Luis do Maranhão - Assoc. Cultural de Capoeira São Jorge comemorando seus 26 Anos de existencia sob a coordenação do Mestre Indio Maranhão tem a honra de convidar todos os Mestres e seus discípulos para o VI Encontro Nacional de Capoeira em São Luis do Maranhão que será realizado nos dias 29, 30 de Nov e 01 de Dez de 2013.

- início do CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MESTRES DE CAPOEIRA DO MARANHÃO; parceria da Fundação Cultural de São Luis – FUNC /Fórum Permanente da Capoeira no Maranhão /UFMA/NEPAS-DEF; nasceu de um desafio feito pelo NEPAS ao Fórum da Capoeira em 2008; ao longo destes anos este curso foi discutido e enriquecido com ideias e propostas. Curso ministrado a 25 mestres, previamente escolhidos em reuniões do Fórum da Capoeira.

 

 https://www.facebook.com/CapoeiraMaranhense/posts/475531545825676

http://saojorgerj.blogspot.com.br/

http://www.corticodoabelha.com/br/Site_2/Biografia.html


[1] SILVA, Adalberto Conceição da Silva (Zumbi Bahia); SANTOS FILHO, José Alípio Assis dos. A RELIGIOSIDADE DA CAPOEIRA NO MARANHÃO. Revista Sapientia. Edição IV, vol IV, nº 4, ano 3. abril/2012.

 

 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 20 de Março de 2014 às 11:20.

O CAPOEIRA. POETA DAS EXPRESSÕES CORPORAIS

“A capoeira me trouxe o artista que sou. Eu vou além da capoeira, mas sem me descartar dela, ela é o carro-chefe. Assim que eu sou feliz". Mestre Patinho.

 

FÁBIO ALLEX

(Publicada no Jornal Pequeno em 11 de fevereiro de 2012)

http://fabio-allex.blogspot.com.br/2012/02/o-capoeira-poeta-das-expressoes.html

 

“[...] Ê, volta do mundo, camará. Ê, o mundo dá volta, camará [...]”. Estes versos constantes em rodas de capoeira parafraseados pelo cantor e compositor Gilberto Gil para criar a música “Parabolicamará”, do disco homônimo, de 1991, nada mais é do que uma ilustração da certeza sobre o mundo possibilitar voltas, em idas e vindas, onde nessa perspectiva há também a possibilidade de conquistas para quem um dia precisou conviver com o acre gosto de desventuras. 

Para Gil, o neologismo, uma aglutinação das palavras parabólica – da antena onipresente até em redutos carentes do Brasil – e camará – maneira como os adeptos do jogo lúdico afro-brasileiro adotaram para chamar seus parceiros, contempla ainda o mundo globalizado que o tropicalista vislumbrara há mais de 20 anos. “Tudo muda o tempo todo. E só quem sabe entender a mudança pode conquistar a vitória, ou melhor, vitórias, sempre parciais”, disse o então ministro da cultura, em 2006, no Rio de Janeiro, durante o iSummit, evento voltado para tratar de direitos autorais sobre criações artísticas e intelectuais.

 

Patinho autografando 1º CD de Capoeira do Maranhão

 

E é nessa atmosfera, nessa filosofia de superação, de mudança que se encaixa e bebe um dos personagens vivos mais emblemáticos da cultura maranhense e brasileira, onde “o novo no velho sem molestar as raízes” se faz facilmente presente: Antônio José da Conceição Ramos, o Mestre Patinho.  O ‘capoeira’, como gosta de ser chamado (por achar o termo capoeirista pejorativo), é um desses homens que escolhe (ou é escolhido por) uma causa para abraçar, defender e que se confunde com a própria história e com a própria causa. É daqueles homens que se perpetuam a partir do contexto ao qual se propôs a erigir e desbravar, perpassando por um passado que não poderá se calar diante de contribuições atemporais.
 

 

Patinho na casa onde nasceu e vive até hoje

 

O pato rouco, outra alcunha do Mestre recebida após a retirada das amígdalas e ter feito quatro raspagens nas pregas vocais, nasceu em São Luís, na casa onde mora até hoje, na Rua São Pantaleão, casa 513, Centro, em 14 de setembro de 1953. É lá, próximo à igreja concluída em 1817, de mesmo nome da sua rua e de seu berço esplêndido, que surge para o mundo o 15º filho de Djalma Stefânio Ramos e Alaíde Mendonça Silva Ramos. É por lá, em 1962, os primeiros passos para a vida e para a capoeira, do menino que veio raquítico, com deficiência respiratória e febre reumática.

Apenas 9 anos de idade foram suficientes para conhecer e deslumbrar-se com a manifestação artística que se tornaria sua missão e sua trajetória. “Fugi de casa num sábado, de manhã. Vi dois galos brigando, próximo à Rua da Palha [divisa com a São Pantaleão]. Eu nunca tinha visto aquilo, cara”, conta entusiasmado. “Em seguida, do outro lado, olhei Jessé [Lobão, capoeirista maranhense que havia sido treinado por Djalma Bandeira, no Rio de Janeiro, e, ao retornar para o Maranhão, passou a promover brigas entre galos], fazendo meia lua (golpe tradicional da capoeira), batendo em uma lata pendurada em um arame preso [em duas extremidades]. De imediato tirei a atenção dos galos que estavam brigando e, numa atitude divina, imitei esse momento. E foi justamente por meio de Jessé Lobão, que Patinho descobriu, encantou-se e pôde agregar os primeiros valores oriundos da capoeira. 


MESTRE SAPO

Em 1965, Mestre Patinho, já totalmente inserido e embriagado pela fonte da capoeira, conhece Anselmo Barnabé Rodrigues, o Mestre Sapo, discípulo do baiano Washington Bruno da Silva, o Mestre Canjiquinha (1925-1994), em oportunidade de demonstração realizada no Palácio dos Leões. Por conseguinte, Sapo, de acordo com relatos populares, fixa residência em São Luís, possivelmente a convite de integrantes da gestão do então governador do Estado José Sarney. O intuito seria promover a capoeira, o que o colocaria no posto de referência mais efusiva e responsável pela reaparição do jogo-arte durante a década de 1970, no Maranhão, além de ter sido também o mais proeminente incentivador e professor de Patinho.

Sapo, que participava do Quarteto Aberrê (nome em homenagem ao mestre de Canjiquinha), juntamente com Vitor Careca e Brasília, além do próprio Mestre Canjiquinha, líder do grupo baiano, de fato, depois de estabelecido em São Luís, a partir de 1966, segundo o artigo O Mestre Sapo, a passagem do Quarteto Aberrê por São Luís e a (des)construção do ‘mito’ da ‘reaparição’ da capoeira no Maranhão dos anos 60 (2010), do professor de História Roberto Augusto Pereira, passa a ministrar aulas de capoeira somente após cinco anos, no Ginásio Costa Rodrigues, já no governo Pedro Neiva de Santana.

 

ORIGEM DA CAPOEIRA NO MARANHÃO

Considerada patrimônio imaterial da cultura brasileira desde 2008, por decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a manifestação artística, e luta de outrora, oriunda das senzalas, dos guetos, sob a tutela de escravos negros a fim de protestar contra mazelas sociais, tem indícios de ter aparecido no Maranhão na década de 1870, na região da Baixada. Todavia, há também registros que narram sua aparição entre 1830 e 1840, reaparecendo, já na capital maranhense, aproximadamente, 100 anos mais tarde.

 

Árvore genealógica de Patinho

A partir daí esquiva-se para ressurgir no início da década de 1960, representada pela Academia Bantu, pioneira em capoeira no estado. À frente do projeto estava o aluno do Mestre Artur Emídio (1930-2011), o Mestre Roberval Serejo (1936-1971), um marinheiro que serviu a Marinha de Guerra do Rio de Janeiro e foi morto quando trabalhava na construção do Porto do Itaqui. Há vários relatos, portanto, inclusive de Mestre Patinho, que afirmam que Mestre Roberval Serejo foi antecessor de Sapo.

Também de acordo com o artigo do professor Augusto Pereira (2010), é possível destacar, ainda, como antecessor de Mestre Sapo, Firmino Diniz, aluno de mestre Catumbi, no Rio de Janeiro. Posteriormente, tornar-se-ia um dos expoentes mais expressivos e fomentadores da capoeira em rodas de rua realizadas em praças da capital. Além do Mestre Roberval Serejo, participavam da Bantu, Mestre Diniz, Mestre Jessé Lobão, Babalú, José Anunciação Gouveia, Ubirajara, Elmo Cascável, Alô, Mestre Patinho.

Com a missão de dar continuidade ao legado e ao conhecimento buscado e adquirido com esforço, sempre “na barganha do aprender”, por meio de vários mestres como João Pequeno (1917-2011), João Grande, Curió, Jaime de Margrante, Artur Emídio, sobretudo após a morte de Mestre Sapo (em decorrência de atropelamento no trânsito do Bairro da Cohab, em 1982), Mestre Patinho delineia sua sina na capoeiragem, desde que fora aluno e colaborador de Sapo, no Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação; da Secretaria de Educação do Estado. “Pra eu ter o armazenamento mais aproximado do que é o jogo [da capoeira] foi necessário ir buscar a brasilidade em muitos mestres”, garante.

 

"A CAPOEIRA É UMA SÓ"

Sobre essa brasilidade, dentre tantos mestres respaldados na arte, pesquisada a fundo e com exclusividade durante cerca de cinco décadas, Patinho torna-se credenciado, não apenas por especialistas célebres da manifestação afro-descendente que o antecederam, mas também pelo empirismo e pela incansável disciplina que lhe revigoram a cada dia, trafegando por infindáveis amálgamas imbuídas na capoeira e na coletividade a qual ela proporciona.  “A minha preocupação não é em ser sistemático, mas exigente. A minha exigência é prática, lúdica e vem de uma perseverança muito grande. Eu lido com a capoeira em primeiro plano e a maioria das pessoas que lidam: mestres, contramestres, professores, trainees têm outra função, porque a capoeira para elas é para um espaço de tempo quando estão livres, e não vão à capoeira quando ela precisa. Somos diferentes, mas precisamos entender as diversidades”, enfatiza.

Envolto em ‘jogadas’, como meia lua, chapéu de couro, chapa, meia lua de compasso, aú, benção, rabo de arraia e dois pandeiros, um agogô, um reco-reco, três berimbaus (de três tons) e um atabaque, as práticas e conceitos aprendidos e adotados por esse lendário gigante da arte e da vida, de 1,60 m, são vastos e estão disponíveis por considerar que “reter conhecimento é crime”. Patinho, portanto, ensina que a capoeira não é uma dança tampouco luta, e sim um jogo por que contém fundamentos, “como os números de zero a nove que formatam uma quantidade infinita de números”, todos com alguma função. “Não é dança, é estratégia de jogos para a guerra”. Fala ainda sobre a função dos fundamentos, caracterizados pela ‘família’ que possuem, resultando em “mistura por excelência”, “diálogo corporal”, “xadrez do corpo”, além de seus andamentos: lento, intermediário, acelerado. Das alturas: rasteira, intermediária e alta. Das distâncias: dentro, fora, à distância. “Para jogar capoeira é necessário ter uma gama enorme de saberes”, afirma.

 

1.      Aula realizada no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho 2. Aula no Laborarte

Para quem, de alguma forma, já teve contato sobre o jogo corporal, deve ter tido notícia quanto aos estilos da capoeira: regional e angola. Todavia, Patinho afirma com convicção que a capoeira, o seu ritual do dia a dia, é uma só. “No estilo regional, só há uma altura, em cima; na de angola, em baixo e lento. E não é isso. A capoeira que eu conheço tem fundamentos: tem três alturas, três andamentos e três distâncias, para que se venha a perceber a diversidade e a importância de se dominar de forma bem lenta, bem equilibrada, de forma ambidestra. A Psicomotricidade fica de cabeça pra baixo, onde tórax vira cervical, mão vira pé, pé vira mão, perna vira braço. E não é aleatório. O que aprendi em 50 anos, posso ensinar em cinco. Hoje eu consigo colocar leigo na leitura da capoeira e em três meses dentro da roda”.

POETA DAS EXPRESSÕES CORPORAIS

O multifacetado poeta das expressões corporais, sempre com uma visão além do seu tempo, não se contentou apenas em adquirir seus conhecimentos técnicos, práticos, artísticos e filosóficos por meio da capoeira, por mais rica que ela possa ser. Patinho mergulhou fundo em outras áreas afins com o objetivo de multiplicar possibilidades e agregar valores que possam se complementar. Concluiu curso de dança primitiva, moderna e contemporânea, balé clássico, dança folclórica, expressão corporal, fez cursos de atualização em educação física, além de ser percussionista e ter lançado, em 2008, o primeiro CD de capoeira do estado, intitulado de ‘Capoeira do Maranhão – Mestre Patinho’, com sete faixas de sua autoria e mais seis de grupos da Escola de Capoeira Angola do Laborarte.

 

O Mestre contemplando a árvore genealógica das escolas de capoeira

 

O reconhecimento que já ultrapassou fronteiras, como a participação com seu grupo no Festival Internacional de Expressões Ibéricas (FITEI), na cidade de Porto, em Portugal, em 1990, foi ainda mais ratificado com o ‘Prêmio Viva Meu Mestre’, em 2011, uma política de reconhecimento e valorização de mestres com o objetivo de reconhecer e fortalecer a tradição cultural da capoeira e homenagear mestres com igual idade ou superior a 55 anos. “A minha praia é preservá-la, torná-la mais fácil e que todos percebam a importância que ela tem nas nossas vidas. E perceber que não se muda ninguém. Cada um tem que perceber e se permitir a aceitar os discernimentos. Uma roda de fundamento em harmonia, não só encanta como eleva, como massageia, espiritualiza, autoafirma a personalidade. É muito triste as pessoas julgarem o que nunca tiveram ideia do que é”, filosofa o homenageado.

Assim, a capoeira, a clássica expressão popular, o jogo, o balé rústico, que tanto Patinho cultiva e compartilha, faz da sua própria existência um acervo cultural percebido em cada palavra, gesto, na plasticidade e comunhão dos movimentos. Arte, artista, trajetória e presente se confundem. Eis que a força do berimbau faz ecoar de São Luís ao mundo afora, o canto, o equilíbrio e o mais singelo amor pelos dias, pelos camaradas, pela capoeira. Eis o Mestre que proclama: “Ser mestre é estar pronto para aprender, não esconder conhecimento e torná-lo em uma leitura ao alcance de todos”.

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 20 de Março de 2014 às 11:22.

ATLAS DA CAPOEIRA (GEM) NO BRASIL

 

André Luiz Lace Lopes (RJ)

Leopoldo Gil Dulcio Vaz (MA)

Milton César Ribeiro (Miltinho Astronauta) (SP)

 

DEFINIÇÕES

Vernaculização do tupi-guarani caá-puêra: caá = mato, puêra = que já foi; no Dialeto Caipira de Amadeu Amaral: 'Capuêra, s.f. – mato que nasceu em lugar de outro derrubado ou queimado. Temos, assim: capoeira = capoeirista, o lutador; e capoeira = a luta, o jogo de agilidade corporal. “Por capoeiragem devemos entender: o ato de jogar a capoeira.”.

Por Capoeira deve-se entender

 “... Desporto de Criação Nacional, surgido no Brasil e como tal integrante do patrimônio cultural do povo brasileiro, legado histórico de sua formação e colonização, fruto do encontro das culturas indígena, portuguesa e africana, devendo ser protegida e incentivada” (Regulamento Internacional da Capoeira);

assim como Capoeira, em termos esportivos, refere-se a

“... um jogo de destreza corporal, com uso de pernas, braços e cabeça, praticado em duplas, baseado em ataques, esquivas e insinuações, ao som de cânticos e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, agogô e reco-reco). Enfocado em sua origem como dança-luta acabou gerando desdobramentos e possibilidades de emprego como: ginásticas, dança esporte, arte marcial, folclore, recreação e teatro, caracterizando-se, de modo geral, como uma atividade lúdica”. (Atlas do Esporte no Brasil, 2005, p. 39-40).

Considera-se como prática do desporto formal da Capoeira sua manifestação cultural sistematizada na relação ensino-aprendizagem, havendo um ou mais docentes e um corpo discente, onde se estabelece um sistema de graduação de alunos e daqueles que ministram o ensino, havendo uma identificação indumentária por uniformes e símbolos visuais, independentemente do recinto onde se encontrarem.  

Considera-se como pratica desportiva não-formal da Capoeira sua manifestação cultural, sem qualquer uma das configurações estabelecidas pelo Artigo anterior, e que seja praticada em recinto aberto, eminentemente por lazer, o que caracterizará a liberdade lúdica de seus praticantes.

Capoeira

jogo atlético de origem negra, ou introduzida no Brasil por escravos bantos[1] de Angola, defensivo e ofensivo, espalhado pelo território e tradicional no Recife, cidade de Salvador e Rio de Janeiro, onde são reconhecidos os mestres, famosos pela agilidade e sucessos. Informa o grande folclorista  que, na Bahia, a capoeira luta com adversários, mas possui um aspecto particular e curioso, executando-se amigavelmente, ao som de cantigas e instrumentos de percussão, berimbaus, ganzá, pandeiro, marcando o aceleramento do jogo o ritmo dessa colaboração musical. No Rio de Janeiro e Recife não há, como não há notícia noutros Estados, a capoeira sincronizada, capoeira de Angola e também o batuque-boi. Refere-se, ainda, à rivalidade dos guaiamus e nagôs, seu uso por partidos políticos e o combate a eles pelo chefe de Polícia, Sampaio Ferraz, no Rio de Janeiro, pelos idos de 1890. O vocábulo já era conhecido, e popular, em 1824, no Rio de Janeiro, e aplicado aos desordeiros que empregavam esse jogo de agilidade.” (Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore).

Capoeira(s)

indivíduo(s) ou grupo de indivíduos que promoviam acções criminosas que atentavam contra a integridade física e patrimonial dos cidadãos, nos espaços circunscritos dos centros urbanos ou áreas do entorno” (ARAÚJO, 1997, p. 65).

Para esse autor, capoeiras era a denominação dada aos negros que viviam no mato e atacavam passageiros (p. 79), em nota registrando a Decisão (205) de 27 de julho de 1831, documentada na Coleção de Leis do Brasil no ano de 1876, p. 152-153; “manda que a Junta Policial proponha medidas para a captura e punição dos capoeiras e malfeitores).

Capoeirista:

“[...] os indivídos que praticam ou exercem, publicamente ou não, exercícios de agilidade e destreza corporal conhecida como Capoeira, nas vertentes lúdica, de defesa pessoal e desportiva.” (ARAÚJO, 1997, p. 70).

Capoeiragem:

a acção isolada de indivíduos, ou de grupo de indivíduos turbulentos e desordeiros, que praticam ou exercem, publicamente ou não, exercícios de agilidade e destreza corporal, com fins maléficos ou mesmo por divertimento oportunamente realizado”. (ARAÚJO, 1997, p. 69).

Capoeira:

Expressão brasileira surgida nos guetos negros há mais de um século como forma de protesto às injustiças sociais, arte que se confunde com esporte, mas que já foi considerada luta, a capoeira foi reconhecida como patrimônio imaterial da cultura brasileira. A decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi concretizada terça-feira (15) [de julho de 2008] no Palácio Rio Branco, em Salvador (BA). http://www.cultura.gov.br/site/2008/07/16/capoeira-e-registrada-como-patrimonio-imaterial-brasileiro/

 

Capoeiragem”, de acordo com o Mestre André Lace: ”uma luta dramática” (in Atlas do Esporte no Brasil, 2005, p. 386-388).

 

“Capoeira escrava” foi a denominação utilizada por Carlos Eugênio Soares para identificar a capoeira praticada nas primeiras décadas do século XIX. Ver: SOARES, Carlos Eugênio Libano. A capoeira escrava no Rio de Janeiro (1808-1850). 1998. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas.

 

CARIOCA” - uma briga-de-rua, portanto capoeiragem (no sentido apresentado por Lacé Lopes) – outra denominação que se deu à capoeira, enquanto luta praticada no Maranhão, no século XIX e ainda conhecida por esse nome por alguns praticantes no início do século XX.

 

Ver também: AYROSA, Plínio. CAPOEIRA. Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, São Paulo, VII, v. LXXXIV. Jul.-Ago. 1942 p. 344-346, in COELHO, 1997, p. 62.

 

 

ORIGENS –

(Mito das origens remotas. In Vieira e Assunção, 1998)

 

SÉCULO XVI – “numa noite escura qualquer, o primeiro negro escapou da senzala, fugiu do engenho, livrou-se da servidão, ganhou a liberdade... escapou o segundo e o terceiro, na tentativa de segui-lo, fracassou. Recapturado, recebeu o castigo dos negros (...) as perseguições não tardaram e o sertão se encheu de capitães-do-mato em busca dos escravos foragidos. Sem armas e sem munições, os negros voltaram a ser guerreiros utilizando aquele esporte nascido nas noites sujas das senzalas, e o esporte que era disfarçado em dança se transformou em luta, a luta dos homens da capoeira. ’A capoeira assim foi criada’. (Jornal da Capoeira, n. 1, 1996)”. (Vieira e Assunção, 1998, p. 83).

- no entender de muitos capoeiristas, quando o primeiro escravo angolano pisou a Terra de Santa Cruz (hoje, Brasil), já o teria feito no passo da ginga e no ritmo de São Bento Grande;

SÉCULO XVII – - Com o advento das invasões holandesas, na Bahia e em Pernambuco, principalmente a partir de 1640, houve uma desorganização generalizada no litoral brasileiro, permitindo que muitos escravos fugissem para o interior do país, estabelecendo-se em centenas de quilombos, tendo como conseqüência o contato ora amistoso, ora hostil, entre africanos e indígenas. Tende-se a acreditar que o vocábulo, de origem indígena Tupi, tenha servido para designar negros quilombolas como “negros das capoeiras”, posteriormente, como “negros capoeiras” e finalmente apenas como “capoeiras”. Cabe ressaltar, que nunca houve nenhum registro da Capoeira em qualquer quilombo. Sendo assim, aquilo que antes etimologicamente designava “mato” passou a designar “pessoas” e as atividades destas pessoas, “capoeiragem”. (Vieira, 2004, in www.capoeria-fica.org).

1687 sendo governador Matias da Cunha, o sertanejo, estacionado no sertão da Bahia, ofereceu os serviços ao governo para exterminar os palmares, exigindo como premio as terras conquistadas e os escravos que aprisionasse. Aceita a proposta pelo governo, a três de Março de 1687, foi assinado o respectivo contrato. Domingo Jorge Velho, comandando 7.000 homens bem armados e equipados, dirigiu-se á serra da Barriga, onde iniciou os primeiros combates com os negros [...] ”O escravo se mostrava superior na luta [...] A causa dessa superioridade, que, na luta corpo a corpo mostrava o refugiado na capoeira, explicavam os da escolta, que diziam saber e aplicar o foragido um jogo estranho de braços, pernas, cabeça e tronco, com tal agilidade e tanta violência, capazes de lhe dar uma superioridade estupenda. Espalhou-se, então, a fama do “jogo do capoeira” que ficou sendo a capoeiragem.( Burlamaqui,A.-“Ginástica Nacional (Capoeiragem),Metodizada e reglada” ,Rio de Janeiro,1928, in MARINHO, 1.980:66).

        http://www.docpro.com.br/Linkultural/Acervo/Acervo24.html

 

Pastinha (1988, p. 24-5) afirmou que entre os mais antigos mestres de Capoeira figura o nome de um português, José Alves, discípulo de africanos e que teria chefiado um grupo de capoeiristas na guerra dos Palmares (in Vieira e Assunção, 1998), muito embora esses autores considerem que não haja nenhum documento que permita concluir que os integrantes do famoso quilombo tenham praticado capoeira ou outra forma de luta/jogo;

- a origem africana da capoeira é defendida geralmente pelos praticantes da Capoeira Angola: ”Não há dúvidas de que a capoeira veio para o Brasil com os escravos africanos”. (Mestre Pastinha, 1988, p. 22, citado por Vieira e Assunção, 1998);

- a existência da capoeira parece remontar aos quilombos brasileiros da época colonial, quando os escravos fugitivos, para se defenderem, faziam do próprio corpo uma arma (Reis, 1997, p. 1)

SÉCULO XIX a capoeira como luta aparece nas fontes de forma massiva a partir da segunda década do século XIX, justamente depois da transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro. A palavra “capoeira” era usada tanto para designar uma prática, quanto para um grupo de pessoas. Capoeira se referia então a um conjunto de técnicas de combate que envolvia tanto o uso de uma grande variedade de armas (facas, sovelões, navalhas, cacetes, estoques até pedras e fundos de garrafa) quanto o uso de golpes com as pernas ou a cabeça. Era praticada por indivíduos que eram, em sua grande maioria, escravos africanos, dos quais muitos provinham de áreas de cultura bantu. Ocasionalmente pessoas livres ou mesmo membros do exército ou da polícia, como no caso do Major Vidigal, também conheciam estas técnicas, ou pelo menos tal conhecimento era atribuído a eles. Ao mesmo tempo, o termo capoeira designava os integrantes de grupos de “malfeitores”, que, segundo as fontes policiais, andavam pelas ruas, armados, atentando contra a ordem estabelecida. (Vieira e Assunção, 1998). Esses autores consideram que o uso indiferenciado do termo capoeira tanto para as técnicas de combate quanto para os grupos à margem da sociedade colonial sugere que o primeiro significado se tenha criado por extensão do segundo.

- antes do final do século XIX não se encontraram até hoje fontes que se refiram à existência de capoeira ou outra luta na Bahia. (Vieira e Assunção, 1998).

- para a capoeira, apresentam-se três momentos importantes: finais do século XIX, quando a prática da capoeira e criminalizada; décadas de 30/40, quando ocorre sua liberação; década de 70, quando se torna oficialmente um esporte.

 

CAPOEIRA ANGOLA a proposta explícita da capoeira Angola é tradicionalista, no sentido de manter, o quanto possível, os “fundamentos” ensinados pelos antigos mestres. Está intimamente ligada a figura de Mestre Pastinha – Vicente Ferreira Pastinha -; aprendeu a capoeira antes da virada do século XIX (nasceu em 1889) com um velho africano.

1910-1922 Pastinha já ensina capoeira a seus colegas aprendizes da Marinha (ingressou na escola em 1902), e depois para estudantes que viviam nas redondezas;

1941 assume a direção de uma academia, após ter deixado de ensinar por vários anos; a capoeira Regional já se encontrava em pleno desenvolvimento; Pastinha percebeu a necessidade de inovação dentro da tradição para garantir que a modalidade de capoeira ensinada por ele permanecesse uma alternativa viável à Regional. Ao introduzir essas mudanças, passou a denominar sua luta de esporte, para distanciá-la da marginalidade e legitimar o seu ensino; adotaram uniformes, fomentando o espírito de grupos e introduziu a graduação formal para mestre.

DÉCADAS DE 1940 – 1960 passou a se apresentar – a semelhança de Bimba – com seu grupo pela Bahia e pelo Brasil, garantindo à Angola um mínimo de espaço público.

DÉCADAS DE 1950-1970 a capoeira Regional conseguiu maior projeção no período, e a Angola teve que se definir em oposição a esta para justificar a sua existência, investindo naqueles aspectos que estavam perdendo importância na Regional, como a teatralidade, a espitirualidade, o ritual, a tradição; mesmo os movimentos foram estilizados numa determinada direção com o intuito de distanciar nitidamente do estilo Regional.

DÉCADA DE 1980 a partir desse período, a Angola conseguiu inverter a situação desfavorável em que se encontrava em relação à Regional. (Vieira e Assunção, 1998).

 

CAPOEIRA REGIONAL - BIMBA

DÉCADA DE 1920 é a partir do final da década que Mestre Bimba – Manoel dos Reis Machado – desenvolveu na Bahia a sua famosa capoeira Regional, que, apesar do nome, foi a primeira modalidade de capoeira a ser praticada em todo o Brasil e no exterior. Bimba partiu de uma crítica da capoeira baiana, cujo nível técnico considerava insuficiente, sobretudo se confrontado com outras lutas e artes marciais, que começavam a ser difundidas então no Brasil.

1928 Bimba explica, em entrevistas a jornais (Tribuna da Bahia, 18 de novembro de 1972; Diário de Notícias, 31 de outubro e 1º. de novembro de 1965) que neste ano já havia finalizado a criação da nova modalidade de capoeira, a Regional, que é o “batuque misturado com a Angola, com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o físico e para a mente”; faz ainda um esclarecimento importante, fornecendo uma pista para o aparente hiato entre as tentativas de esportização da capoeira do Rio de Janeiro e da Bahia, ao dizer que “introduziu ensinamentos dos livros de jiu-jitsu, judô e livre, aproveitando apenas a ginga da Angola”, e acrescenta que a Regional poderia ser disputada sem berimbau e pandeiro. (Reis 1997, p. 133)

1932 Decidiu então criar um estilo novo, que passou a ensinar em sua academia, fundada em 1932.

1937 a Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública do Estado da Bahia reconheceu oficialmente a sua academia, outorgando-lhe um certificado de professor de Educação Física. Bimba transferiu a prática da capoeira da rua para um recinto fechado, a academia; a fragmentou em “exercícios fundamentais” a serem praticadas diariamente, “seqüências” e a roda propriamente dia: criou um método de ensino formal para uma prática até então predominantemente informal. Introduz novos golpes e uma série de movimentos (cintura desprezada) que usavam o contato físico direto para treinar a flexibilidade da coluna e a capacidade do capoeirista de cair em pé quando projetado em um “balão”; a capoeira regional definia-se, do ponto de vista técnico, por ser um a luta praticada numa posição mais ereta do que a capoeira baiana tradicional e de usar golpes mais altos e geralmente mais rápidos. Foi introduzida também uma hierarquia até então inexistente na vadiação baiana, onde se distinguiam calouros, formados e formados especializados (mestres). Outra inovação – fundamental – foi a mudança radical do meio social onde recrutava seus alunos, passando a exigir-lhes carteira profissional, e conseguiu atrair alunos da classe média.

1939-42 chegou a ensinar a capoeira no quartel do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro – CPOR. As mudanças introduzidas pela Regional resultaram na esportivização da arte, destacando-se a crescente burocratização, a incorporação de elementos das artes marciais orientais, a cooptação ideológico e política pelo sistema, provocando um embranquecimento de uma arte negra (Vieira e Assunção, 1998).

CAPOEIRA CONTEMPORÂNEA o panorama da capoeira no Brasil e no exterior se tornou de tal maneira complexa que é impossível, atualmente, distinguir apenas a capoeira Angola e a Regional, pois surgiram estilos que se pretendem intermediários e que têm sido denominados de “Contemporânea” ou mesmo “Angonal”.

- CONTEMPORÂNEA é a denominação dada por Mestre Camisa a capoeira praticada no Grupo Abada, com sede no Rio de Janeiro;

- ANGONAL é o nome de um grupo, também do Rio de Janeiro – Mestre Boca e outros;

- ATUAL denominação que seria usada por Mestre Nô de Salvador, para designar esta terceira via (Vieira e Assunção, 1998).

 

CAPOEIRA(S) PRIMITIVA(S)” ou, formas primitivas de/da capoeira – outras capoeiras: O fenômeno das academias baianas trará uma nova conformação à própria história da capoeira, uniformizando (no que tange às tradições, hábitos, costumes, rituais, instrumentação, cantigas etc.) sua prática, especialmente após a migração de mestres para o sudeste brasileiro. Isso foi um dos motivos pelos quais a capoeira conhecida e praticada hoje é a baiana. Infelizmente, por outro lado, foram-se apagando pouco a pouco as práticas regionais anteriores como a pernada, a tiririca, o cangapé, a punga, o bate-coxa... Que não puderam oferecer resistência e nem conseguiram criar condições para competir com a capoeira baiana. (Carlos Carvalho Carvalhedo, in Jornal do Capoeira).

 

BATE-COXA manifestação das Alagoas, uma dança ginástica: "a dança do bate-coxa não se confunde com a capoeira. Os praticantes são da mesma origem, descendentes de escravos". Acredita Câmara Cascudo que o bate-coxa seja mais violento, onde os dois contendores, sem camisa, só de calção, aproximam-se, colocando peito a peito, apoiando-se só nos ombros, direito com direito. Uma vez apoiados os ombros, ao som do canto de um grupo que está próximo, ao ouvir-se o ê boi, ambos os contendores afastam a coxa o mais que podem e chocam-se num golpe rápido. Depois da batida, a coxa direita com a coxa direita, repete a esquerda, chocando-se bruscamente ao  ouvir o ê boi do estribilho. A dança prossegue até que um dos contendores desista e se dê por vencido.

 

BATUQUE dança com sapateados e palmas, ao som de cantigas acompanhadas só de tambor quando é de negros ou também de viola e pandeiro "quando entra gente mais asseada". Batuque é denominação genérica de toda dança de negros na África. Batuque é o baile. De uma descrição de um naturalista alemão, em visita às Gerais, em 1814/15, ao descrever a dança, fala da umbigada [punga]. Com o nome de "batuque" ou "batuque-boi" há uma luta popular, de origem africana, muita praticada nos municípios de Cachoeira e Santo Amaro e capital da Bahia, uma modalidade de capoeira. A tradição indica o batuque-boi como de procedência banto, tal e qual a capoeira, cujo nome tupi batiza o jogo atlético de Angola. É descrita por Edson Carneiro (Negros Bantos) - a luta mobilizava um par de jogadores, de cada vez; dado o sinal, uniam as pernas firmemente, tendo o cuidado de resguardar o membro viril e os testículos. Dos golpes, cita o encruzilhada, em que o lutador golpeava coxa contra coxa, seguindo o golpe com uma raspa, e ainda o baú, quando as duas coxas do atacante devam um forte solavanco nas do adversário, bem de frente. Todo o esforço dos lutadores era concentrado em ficar de pé, sem cair. Se, perdendo o equilíbrio, o lutador tombasse, teria perdido a luta. Por isso mesmo, era comum ficarem os batuqueiros em banda solta, equilibrando-se em uma única perna, e outra no ar, tentando voltar aposição primitiva. O batuque na Bahia se chama batuque, batuque-boi, banda, e raramente pernada - nome que assumiu no Rio de Janeiro... Ficaram famosos como mestres na arte do batuque, Angolinha, Fulo, Labatut, Bexiga Braba, Marcelino Moura... Do vocábulo "batuque-boi", registra: espécie de Pernada. Bahia. A orquestra das rodas de batuque era a mesma das rodas de capoeira - pandeiro, ganzá, berimbau.

 

PERNADA Câmara Cascudo  informa que assistiu a uma pernada executada por marinheiros mercantes, no ano de 1954, em Copacabana, Rio de Janeiro. Diziam os marinheiros que era carioca ou baiana. É uma simplificação da capoeira. Zé da Ilha seria o "rei da pernada carioca"; é o bate-coxa das Alagoas. Ainda Edson Carneiro (Dinâmica do Folklore, 1950) informa ser o batuque ou pernada, bem conhecido na Bahia e Rio de Janeiro, não passa de uma forma complementar da capoeira. Informa, ainda, que na Bahia, somente em arraiais do Recôncavo  se batuca, embora o bom capoeira também saiba largar a perna.  No Rio de Janeiro já se dá o contrário - a preferência é pela pernada, que na verdade passou a ser o meio de defesa e ataque da gente do povo.

 

VER AINDA:

Pernada de Sorocaba - ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro, em que faz uma análise da relação entre danças-luta (pernada, tiririca etc.) com a Capoeira no interior Paulista. In http://www.capoeira.jex.com.br/

O ensino da capoeiragem no início do século XX, ver crônica do folclorista Carlos Cavalheiro onde comenta a repercussão em jornal de Sorocaba, São Paulo, sobre a abertura de Academia de Capoeira no Rio de Janeiro, em 1920. A matéria trouxe a chamada "Um Desporto Nacional", disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/

Capoeira, Pernada e Tiririca in Crônica sobre Capoeira, com algumas informações sobre a Pernada de Sorocaba e a Tiririca da capital paulista, ambas uma espécie de "capoeira primitiva" do Estado de São Paul, por Miltinho Astronauta, in Jornal do Capoeira Edição AUGUSTO MÁRIO FERREIRA - Mestre GUGA (n.49) de 13 a 19 de Novembro  de 200, disponível em www.capoeira.jex.com.br

Tiririca, Capoeira & Barra funda, por Elaine Muniz Pires, sobre a história dos bairros paulistanos, em especial a Barra Funda, onde acontecia a Tiririca, uma espécie de Capoeira Primitiva, disponível em www.capoeira.jex.com.br

Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

Ainda sobre a Punga dos Homens – Maranhão - Visita à Câmara Cascudo: crônica por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, in Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005 EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/

 


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