(colando a discussão rolada na comunidade (fechada) dos Tocadores do CEV a pedido O Jãozin Freire)

Por Laercio Elias Pereira
em 14-08-2009, às 11h37.

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Pessoal, 

Inauguro aqui o tema Currículo Morddes, sugerido pelo Jãozinfreire.

O exemplo homenageia *s cumpanher*s do mais novo curso de Educação Física do Estado, em Arapiraca, no Agreste Alagoano.

Se alguém de Arapiraca concluir um trabalho indicando “A importância da integração das atividades física com a ingestão de nutrientes da palma para a alimentação do sertanejo do Agreste de Alagoano”, vai ter que decidir se vai concorrer ao Morddes ou ao Lattes. Para o Morddes deverá publicar o trabalho na Gazeta de Arapiraca, onde os leitores farão uso do trabalho, o que será uma boa retribuição ao contribuinte com relação recursos empregados para a realização da pesquisa. Para o Lattes o artigo deve ser publicado numa revista A1 da classificação de periódicos da Capes, como a Regulatory Peptides, publicada na cidade de Bochum, onde fica o laboratório do hospital e a sede do editor da revista. Certamente os moradores da cidadezinha alemã nem sabem o que é palma, e estarão mais preocupados em programas de emagrecer do que de arranjar comida. Mas, ninguém disse que a vida seria fácil quando assinamos o contrato desta reencarnação. Laercio
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Por Cláudia Bergo
em 14-08-2009, às 20h17.

Abriu com chave de ouro!

Brilhante exemplo!

Por João Batista Freire da Silva
em 16-08-2009, às 19h24.

Há cinco anos pesquiso, com meus companheiros do Grupo de Estudos Oficinas do Jogo, maneiras de educar melhor os escolares de escolas de alguns dos bairros economicamente mais pobres de Florianópolis e outras cidades. Por exemplo, para garotos de 11, 12 anos que moram em certos morros, não aprender a ler e escrever pode resultar em condenação à morte. Temos conseguido, com aulas de Educação Física bonitas e gostosas, fortalecer a expressão corporal dessas crianças, fortalecer seu pensamento, torná-las mais capazes de atuar coletivamente, a lidar melhor com as emoções, etc. No fim de tudo isso, queriam que eu publicasse esses trabalhos em revistas estrangeiras. Que diabos um trabalho desses vai fazer numa revista americana ou suiça? Não recuso publicar artigos, mas, hoje, sem dúvida prefiro publicar aqui no CEV, na página do meu grupo, em qualquer lugar de livre acesso aos brasileiros e povos que lidam com os mais necessitados, com as chamadas vítimas, para usar o vocabulário de Enrique Dussel. Temos que criar na Internet meios de divulgar nossos trabalhos, relatando aquilo que não entra no Lattes, dando prioridade aos meios que chegam às pessoas e não a esses aparelhos sofisticados chamados revistas A, B, C, extremamente restritivas, portanto, excludentes.

Bem Laércio, Cláudia, eu tinha sugerido o Morddes, mas não aqui no Tocadores e sim e comunidades a que todos tenham acesso.

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