Cevnautas do cafezinho,

O filme que estamos comemorando tem problema. É o que explica o Prof Marco Moriconi, do Instituto de Física da UFF. Laércio

Jogos de imitação
Publicado em 03/03/2015

Físico brasileiro comenta filme recém-premiado sobre a história de Alan Turing, pai da computação, e dos esforços britânicos para decifrar códigos nazistas na Segunda Guerra. Ele critica a representação deturpada do personagem e do caráter colaborativo da ciência.

Em um dos episódios da série de TV americana Os Simpsons, um grupo de meninos observa um homem que pinta manchas em um cavalo para um filme que está sendo rodado na própria cidade de Springfield. Um deles pergunta: “Eh... Senhor, por que vocês não usam vacas de verdade?”. O homem responde, sem vacilar: “Vacas não parecem vacas em filmes... Você tem que usar cavalos!”.

Ao se fazer um filme, é inevitável que a realidade seja deformada, um pouco que seja, para parecer ‘mais real’: policiais são mais altos e fortes, carros mais lustrosos, explosões mais impressionantes. E cientistas não fogem à regra. Cientistas reais não pareceriam cientistas em um filme, pelo menos de acordo com a mentalidade de grandes produções, assim como as vacas não parecem vacas nos filmes rodados em Springfield. Aparentemente, um cientista cinematográfico tem que ser mais próximo de uma máquina do que de um ser humano, deve ser atormentado e, por mais absurdo que pareça, não deve ter senso de humor...

Artigo completo com fotos e links: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2015/03/jogos-de-imitacao

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