Estou gostando dessa história das comunidades. Porém, aqui no CEVCafé, o legal seria a gente jogar conversa fora, tomando um cafezinho. Por coincidência, estou, neste instante, tomando um café, sem açúcar. Está chovendo muito aqui em Floripa, chuva de encher ruas, e faz frio. Claro que a gente se senta em volta de uma mesa tomando um cafezinho, e falando de Educação Física, pois é para isso que estamos aqui, mas não só para isso. Educação Física pode ser uma coisa boa ou ruim, assim como tudo, como a escola, por exemplo. Já imaginaram como é ruim uma escola de dia inteiro quando a escola é ruim? E a politicagem por aí faz esse discurso indecoroso de que é preciso deixar a criança o dia inteiro na escola; ora, seria bom se a escola fosse boa, mas se for ruim será um desastre. É como dizer que temos que tirar as crianças das ruas; se as ruas fossem boas não precisaríamos tirá-las das ruas. 

Comentários

Por João Batista Freire
em 8 de Julho de 2009 às 09:34.

O CEV, na época das listas, havia poucos debates. Alguns adoram debater, outros adoram acompanhar os debates. Parece que estes últimos são a maioria. Porém, temos que desenvolver o hábito de debater. Para isso é preciso levantar assuntos interessantes, que despertem a curiosidade. Às vezes é preciso polemizar. Vamos tentar, nessa nova fase do CEV, fomentar os debates?

Por João Batista Freire
em 8 de Julho de 2009 às 17:06.

Bem, agora já tenho cara no CEV. Consegui, finalmente, colocar minha foto. Sou assim com a informática, não entendo nada, mas vou ficando por perto, e acabo pegando a coisa. O método é o mesmo que a gente usa para pegar gripe: contaminação pura e simples. Ficar perto de quem sabe acaba fazendo a gente saber.

Por Alexandre Moreno Castellani
em 8 de Julho de 2009 às 17:46.

João,

Tem um estudo que diz que, para cada 100 pessoas em uma Comunidade, apenas uma cria novos conteúdos (no nosso caso, debates) e 10 participam (comentando).

Uma olhada por alto nos arquivos das lista confirma essa tese.

Por Leosmar Malachias de Oliveira
em 9 de Julho de 2009 às 01:48.

Seguindo o tópico do café...

Escolas de Tempo Integral - assunto indigesto.

Aqui em São Paulo apelidamos carinhosamente as Escolas de Tempo Integral de "Escolas de Tempo Infernal". Tornou-se algo insano trabalhar nestas escolas. A falta de estrutura, funcionários, propostas coerentes e objetivos para o chamado Ensino Integral do Estado tornou o ambiente escolar num depósito de crianças das quais os pais precisam trabalhar o dia inteiro. Qualidade de Ensino, ambiente salutar e acolhedor, espaços capazes de estimular e favorecer o aprendizado, professores especialistas, três refeições ao dia, tudo isso ficou no papel e no discurso. Quanto a Educação Física, da até pena. O projeto para funcionamento de "oficinas curriculares" de atividades esportivas e motoras  é tão mediocre quanto o funcionamento das escolas. O caderno de orientações da SEE é tão mal elaborado que tanto faz ler de traz pra frente, quanto de frente pra traz, sem dizer que foi publicado um ano e meio após o início do projeto.

As Escolas de Tempo Integral de São Paulo são como a filha adolescente que engravidou do marginalzinho do bairro. Todo mundo sabe que foi uma enorme KHDA, mas já que tá feito é melhor não ficar comentando. Em ambos os casos, quem se ferra são as crianças...

TEM UM ENO AÍ GARÇOM!!!! QUE AZIA...

Por João Batista Freire
em 9 de Julho de 2009 às 09:39.

Leosmar: eita cabra bom! Gosto desses que gostam de discutir. A idéia é a seguinte: se a escola é boa, escola de tempo integral é duplamente boa; se a escola é ruim, escola de tempo integral é duplamente ruim. A estratégia dos governos é sempre igual: eles sabem que não há conhecimento formado para tocar escolas de tempo integral, não há estrutura física para isso, etc. Porém, usam como estratégia criar o monstro, e a gente que o domestique. Acham que, com o passar do tempo, tudo se ajeita. Nunca, mas nunca passa pela cabeça desse povo a questão pedagógica. Não há um plano no Brasil para educar bem, mas sim um plano para botar todo mundo o dia inteiro na escola. Estamos em Esparta. 

Por Leosmar Malachias de Oliveira
em 9 de Julho de 2009 às 15:07.

Seguimos então na luta com as espadas em punho e muitas idéias na cabeça. Em muitas ocasiões somos mais idealistas do que cheios de idéias, e mantemos sempre nossa preocupação com as mazelas sociais das quais nossas escolas são cenário. Tiramos deste ambiente lições diárias que nehum centro acadêmico, mesmo com as melhores avalições capes, são capazes  de oferecer. Aliás a idéia que boa parte das pesquisas "ditas Acadêmicas" fazem da escola, estão muito longe de conseguir refletir, mesmo que minimamente, a real situação que enfrentamos diariamente. Nossas escolas lidam com seres humanos e não números. Enquanto a complexidade que envolve os dilemas escolares continuarem sendo vistos pelos olhos estatísticos das políticas públicas, teremos de manter nossas espadas em punho nos defendendo dos monstros da mediocridade.

 


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