Cevnautas,
A Kátia Rubio está apagando a vela de um ano de blog, que começou com a arbitrariedade do COB, tentando queimar o livro dela. A reação foi boa. Internacional, inclusive. A Escola de Educação Física da USP fingiu de morta. E respirou aliviada quando o movimento dos defora levou o COB a recuar.
Troquei muitas gargalhadas com a comissão do IgNobel (João Freire e Marcilio) mas, com a morte do Marcílio, não tivemos a aprovação para a indicação do IgNobel que eu tinha proposto. O João achou que a EF-USP Butantã podia reagir e a gente não tinha mais o advogado.
Eu tinha proposto a Indicação do IgNobel assim:
Categoria: Anatomia
Indicado: EF-USP Butantã
Feito: Exposição do descomunal par de glúteos e a operação de corpo-mole durante o ataque de censura perpetrado pelo COB contra uma de suas professoras.
Pena que não passou.
Não deixe de ler a nota do Blog da Katia Rubio (segue um trecho abaixo). Também coloquei os documentos no Blog do Laércio. Não postei a resposta do Ouvidor da USP, a quem perguntei sobre a reação da nossa maior universidade a um ato de censura. Mando pra quem pedir. Laércio
Blog da Katia Rubio
Por dentro da Psicologia e dos Estudos Olímpicos
Atos e fatos para lembrar, mas não necessariamente comemorar
Hoje esse blog faz um ano!!
Seria um bom motivo para comemoração não fosse o fato dele ter nascido como desdobramento de uma arbitrariedade. Sendo assim, fico na dúvida entre comemorar e refletir sobre o passado e o futuro.
Como trabalho com memória e história oral quero deixar registrada minha lembrança sobre esse episódio para que no futuro ele não seja lembrado como uma situação que gerou muita polêmica, mas que não passou de um mal entendido.
Há exatamente um ano eu recebia uma notificação extra-judicial do Comitê Olímpico Brasileiro determinando que eu recolhesse meu livro Esporte, educação e valores olímpicos pelo uso, SEM AUTORIZAÇÃO, da palavra “olímpicos” na capa. O passo a passo dessa história pode ser visto nesse blog, inclusive com as cópias de todos os documentos recebidos e enviados.
Em alguns momentos penso que esse episódio está perdido em minha história. Em outros parece que foi ontem. Não vou discutir a arbitrariedade porque na época várias pessoas me ajudaram a gritar a plenos pulmões sobre isso, entre eles Alberto Murray Neto, Juca Kfouri, José Cruz, no Brasil, Barbara Schausteck, Wanderley Marchi Jr., companheiros da ALESDE, Andrew Jennings, na Inglaterra, Gustavo Pires, em Portugal, apenas para citar os mais próximos. Laercio Pereira do CEV, que me deu esse blog de presente.Sem contar os muitos colegas dos Estudos Olímpicos por esse mundo afora como Andy Miah da Inglaterra, Holger Pröess, da Alemanha e meus queridos Profs. Roland Renson, da Bélgica e Horacio Capel, da Espanha, que pautaram o tema em diferentes fóruns internacionais. Do ponto de vista concreto vejo a questão como a extrapolação do poder de determinar quem pode ou não estudar, pesquisar, divulgar, publicar um tema tomado como valor universal, na concepção de Pierre de Coubertin. Para quem estuda o Olimpismo e suas transformações ao longo do último século bem sabe o quanto as questões comerciais e materiais alteraram a ordem das coisas no mundo olímpico, transformando os valores também em objeto de consumo e não de reflexão e análise. (CONTINUA NO Blog da Katia Rubio)
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