CONGRESSO CEV 2010

 

 

Como podemos desejar que as pessoas interajam de uma maneira inovadora nos meios digitais se nos encontros presenciais ainda mantemos os velhos modelos de reunião, palestra, aula, congresso e conferência?

 

MODO DE FAZER

 

            A inteligência coletiva, o conectivismo, o aprendizado em rede e as diversas formas de conexão entre indivíduos passaram a exigir modelos de encontros presenciais menos hierárquicos, mais ricos em possibilidades e inovação.

 

O Que Vamos Fazer:

            Conversações - Interações verbais entre humanos envolvendo conceitos concretos e abstratos para a elaboração de conteúdos individuais de percepção da realidade.

            Conversa + Ação - A conversação, quando acontece de modo intenso e verdadeiro, geralmente nos leva à ação. O conhecimento construído em uma conversação motiva, mobiliza e instiga os participantes a quererem mais, buscando novas experiências para enriquecer e alimentar o processo.

            Em seu modelo mais evoluído a conversação segue um fluxo dinâmico e harmônico onde duas ou mais pessoas apresentam seus pontos de vista na construção de um aprendizado conjunto.

            Uma conversação bem-sucedida transcorre em um equilíbrio de interesses pessoais pela relevância do assunto e termina com uma agradável sensação de conhecimento construído colaborativamente.

 

Significado - A conversação é base da Aprendizagem Informal. Sem dúvida é a mais poderosa ferramenta de interação social existente. A troca de experiências através de conversações teve um indiscutível papel na evolução e sobrevivência de nossa espécie. O homem conversa desde os tempos da caverna, trocando experiências, desenvolvendo vínculos e elaborando suas reflexões em grupo.

Uso e finalidade Através das conversações as redes sociais se estabelecem e se realizam. A conversação permite a troca de conhecimento tácito (prático) entre as pessoas e funciona como meio principal de construção de conhecimento dentro das comunidades.

PRIMEIRA DESCONFERENCIA –

SÃO LUIS DO MARANHÃO – 2010

 

Definição - A Primeira Desconferencia do CEV - CONGRESSO CEV 2010 - é um evento espontâneo, auto-gerido e independente e pretende proporcionar a pessoas que estão inscritas no CEV uma oportunidade de conversação e troca de experiências, atitudes e conhecimentos.

 

Referências - Os princípios que guiam uma desconferência são diretamente influenciados pelo trabalho de Harrison Owen, que descreve um método de organizar grupos de interação, chamado Open Space Technology. Owen em seu artigo "Opening Space for Emerging Order", explica os Quatro Princípios do Open Space:

 

1) Seja quem for que veio, é a pessoa certa;

2) O que quer que aconteça, é apenas aquilo que deveria ter acontecido;

3) Quando quer que comece é na hora certa;

4) Quando acaba, acabou;

 

E acompanhando a Lei dos Dois Pés afirmando que, "Se a qualquer momento você encontra-se em qualquer situação onde você não estiver nem aprendendo ou contribuindo – use seus dois pés e dirija-se para um lugar mais ao seu gosto".

 

Estas leis não são regras a serem seguidas, mas apenas descrevem o que ocorre naturalmente. Elas têm um efeito legitimador sobre nosso modo de ser espontâneo, nos livrando da culpa e punição por desejarmos abandonar uma reunião chata, ou divagar mentalmente enquanto alguém diz algo que não nos interessa.

 

 Os princípios de Owen não são norteadores, são liberadores! Interessante observar que Open Space, o Bar Camp, a desconferência e outras formas de conversação livres em grupo, como o Woldcafé e a Investigação Apreciativa, surgem nos anos 80 a partir de pesquisadores acadêmicos no Canadá, México e Estados Unidos. Enquanto a Era do Conhecimento se afirmava os modelos de relacionamento e interação presencial começou a não dar conta da demanda.

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