Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 21-05-2010, às 20h34.
Senhores ...
Chegamos à data limite.
Nesses últimos seis meses, a que me dediquei à construção do Congresso CEV, por determinação do Presidente do CEV Prof. Dr. Laércio Elias Pereira, procurei motivar os moderadores - provocar, na realidade - para ver se conseguiamos construir algo em conjunto. Não houve resposta, a não ser do Puga e da Kátia...
As dificuldades na momtragem de um evento do porte que achávamos ser possivel fazer, dada as características do CEV, de uma rede social e colaborativa em informação científica, infelizmente, não se concretizaram.
Nem socialização de conhecimentos e colaboração na construção do conhecimento necessário para a reunião - presencial.
Conseguims avançar em algumas coisas, como no formato, dentro do ’espaço aberto’, em suas várias formas de realização - desconferencia, aquario, café... conseguimos apoio do SEBRAE -MA, dentro da proposta de organização do modelo do AMAZONTEC, de uma Feira do Conhecimento e Networking.
Pelos recursos que o setor ’esporte’ (em sua acepção ampla) movimenta, constituindo-se na sua vertente ’entretenimento’ a maior industria que existe, superando mesmo setores tradicionais da economia, pensava-se discutir, aqui, "O esporte - e suas Ciências -, que negócio é esse?"
Perceber o ’esporte’ como negócio, talvez tenha se constituido o erro que cometi. Os ’purista’, em sua maioria encastelados nas nossas Universidades, os PhDeuses, não conseguem ver para além do muro de seus ’castelos’, distanciados do mundo real, em que aquilo que realmente move - inclusive a Ciência! - é o valor economico que possa gerar; portanto, não são as ideias/ideais, o livre-pensar, que vai de encontro às aspirações de realizar algo. Falta o recurso!
Pensar que todos virão porque é assim que funciona, sem as interveniencias do vil metal, é não conhecer aquilo que faz girar a roda. Pensar que os Cientistas fazem suas ciencias pelo simples prazer do desenvolvimento da Humanidade, sem verificar o valor - o preço - de suas descobertas e as suas possiveis aplicações, é viver num mundo romantizado, em que o fazer ciencia era coisa de maluco-beleza...
Ontem, vi um PhDeus, expondo o fazer ciencia, à custa de venda de equipamentos para laboratórios de pesquisa. ’Estava vendendo uma expetise em elaborar programas de pesquisa cientifica... consultoria para academicos fazerem de seus TCC uma pesquisa que irá revolucionar o mundo dos esportes... mas só nós, nossa empresa S... com nosso CEP... podemos ajudá-los, mas para que tenham acesso à essa maravilhoso mundo do conhecimento, é necessário que a sua faculdade compre o nosso equipamento... e contrate a nossa consultoria...
É isso, a fase romantica, passou...
Não houve colaboração, participação, manifestação... não haverá o Congresso CEV...
Permitam-me apresentar um episódio de nossa História... na decada de 50, houve uma revolta popular, contra a posse de um certo governador. As oposições coligadas marcharam sobre os muros do Palácio... as forças legalistas convocaram a Policia Militar e os seus jagunços, os armaram e os colocaram à frente do Palácio, esperando as massas revoltadas.
Pegaram aquela clássica figura do doido que toda cidade tem, colocaram uma bandeira em suas mãos, e o postaram á frente das massas populares, e o fizeram marchar para o Palácio. Ao cruzar o ’paraleleo 39’, deparando-se com as tropas da PM e os jagunços armados, aguardando-os, ’PEGA PRA MOER’, esse seu nome, vira-se para os líderes políticos da opsição e diz: ’A PARTIR DESTE PONTO, ARRANJEM ALGUÉM MAIS LOUCO DO QUE EU PARA CARREGAR ESSA BANDEIRA...".
Pois é... digo o mesmo!!!
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