O Morumbi está mais próximo da Copa 2014 do que nunca, assegurou o coordenador paulista do Mundial, Caio Luiz de Carvalho.
O coordenador rebateu novamente as críticas ao estádio e afirmou que o São Paulo FC apresentou, há uma semana, um novo plano de viabilidade e estuda cinco propostas para a cobertura exigida pela Fifa (Federação Internacional de Futebol).
Uma das propostas, a do escritório de arquitetura holandês Amsterdam Arenas, transformaria o Morumbi em um estádio realmente multiuso. Pelo projeto, o estádio teria estruturas retráteis que permitiriam dividi-lo ao meio, criando espaços com até 25 mil lugares para espetáculos de música, dança e mesmo eventos esportivos de menor porte.
Quanto aos estacionamentos no entorno do estádio, Carvalho disse que dois colégios da região ofereceram cerca de 1.800 vagas que estarão ociosas, já que julho, época em que se disputa o Mundial, é mês de férias escolares.
A opção de construir uma garagem com 3.600 vagas sob a Praça Roberto Gomes Pedrosa – proposta do arquiteto Ruy Ohtake – seria viabilizada com parte de recursos públicos. A Prefeitura assumiria a construção de uma praça, na superfície, e o estacionamento de três pavimentos seria empreendido por empresas interessadas em explorar comercialmente as vagas.
Carvalho reiterou a mensagem de que os recursos públicos serão usados apenas nas obras que representem legado para a cidade. “Os governos estadual e municipal não investirão os R$ 750 milhões necessários para um novo estádio”, afirmou.
Arquitetura de estádios
Carvalho integrou um grupo seletíssimo de arquitetos que participou da abertura da reunião do IAKS (Associação Internacional para Instalações Esportivas – América Latina e Caribe), que acontece hoje dentro da programação do Sport Business 2009, no Parque Anhembi, em São Paulo. A reunião foi coordenada por Carlos de La Corte, consultor de Estádios do Comitê da Copa 2014 e responsável pela interlocução entre a Fifa e os projetistas das arenas brasileiras para 2014.
A palestra do argentino Agustin Garcia Puga mostrou que a violência entre as torcidas de futebol é maior – e bem mais antiga – no país vizinho do que em terras brasileiras. Puga, que é inspetor de estádios do Ministério da Justiça argentino, exibiu fotos de problemas de segurança em clássicos disputados em 1916, 1920 e 1930, com incêndios em arquibancadas, invasores que saltam muros para não pagar ingresso e até multidões alojadas no alto das coberturas das arquibancadas para assistir aos jogos.
Agustin Puga comparou as medidas de segurança em várias Copas do Mundo e fez um breve alerta: enquanto na Copa da Alemanha, em 2006, foram mobilizados mais de 200 mil seguranças privados, além de 6 mil militares, no Brasil, em 2014, o governo espera colocar 70 mil agentes no controle de segurança, o que parece pouco.
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