Como resgatar em nós algo que julga-se tão efêmero quanto um cheiro? Essa foi a nossa vivência no segundo encontro do Seminário de Corporeidade. As emoções afloraram na pele e nos fizeram perceber que possuímos memória olfativa, dos momentos especiais que achávamos que só estavam guardados na memória visual...

Comentários

Por Tásia Lúcia Cabral de Almeida
em 14 de Setembro de 2009 às 17:02.

Viva a memória olfativa! Através dela recordamos momentos felizes e até os que nos traz lembranças ruíns. Mas graças a essa memória podemos reviver momentos agradáveis e evitar muitas vezes as más recordações. Em se lembrar que quando um alimento nos faz mal, quando lembramos o seu cheiro imediatamente identificamos qual dos alimentos nos causou o mal, esta memória perdura por muito tempo, como se fosse para nos defender, de nos alertar!

Por Narla Musse
em 12 de Setembro de 2009 às 11:33.

Vitória, não devemos nos esquecer nunca que nossos sentido dialogam entre si, portanto, nós sempre teremos memórias sensitivas. É maravilhoso possibilitar que nossas memórias retornem ao presente e nos emocionem novamente.

Por Ana Lucia de Araújo
em 12 de Setembro de 2009 às 21:10.

O cheiro é efêmero? 

Quando produzi o cenário do 2º encontro, viajei até aquela memória, e fui capaz de sentir o frescor das folhas e flores com a água correndo em filetes entre as pedras até chegar ao rio.

É uma emoção que não passa. Basta retomar essa memória que sinto o mesmo cheiro.

Assim, acredito que a memória olfativa não é efêmera, como não o é o cheiro. E, consciente ou inconscientemente o recordamos e prontamente este se faz presente.

Por Hunaway Albuquerque Galvão de Souza
em 12 de Setembro de 2009 às 21:25.

Vitória,

O homem é um ser de sentidos. São eles a porta de entrada para toda e qualquer vivência humana. Portanto nada , em se tratando de sentidos é êfemero por mais que nos pareça,. Com certeza ficará guardado para que possamos resgtá-lo a qualquer momento, consciente ou inconscientemente

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 14 de Setembro de 2009 às 02:06.

Precisamos compreender que dispomos dos nossos arquivos sensoriais, emocionais... A escolha é nossa para fazer expandir as alegrias ou as tristezas... Temos muito que aprender sobre o campo energético da corporeidade e como a reflexividade vivencial nos torna cada vez mais sensíveis as sutilezas do vivido. Vamos prosseguir dialogando sobre o nosso sentir-pensar...

Por Márcia Fontoura
em 14 de Setembro de 2009 às 12:24.

olá!  Vitória,

Segundo Hermont,(O corpo  e sua memória),afirma que o olfato ao contrário de todos os outros sentidos,está em perpétua renovação:Trocamos  de neurônios sensoriais a cada ano,de cílios olfativos a cada dia e de quimiorreceptores a cada trinta minutos.

Para adquirir credibilidade e não se diluir na imagem efêmera de um fantasma onírico, esse aroma se nutre e se sustenta com a imagem visual da forma corporal sedutora que o exalou.

 

Ainda lembro nitidamente de um odor vivenciado na minha infância, o cheiro de rio limpo, com água cristalina, gramas verdejantes, areia branquinha, uma brisa leve com perfume de flores de cajueiro; quando viajava com minha família para o sitio do meu pai. Até hoje esse odor ficou marcado e com um grande significado. Quando me vem a memória sinto um cheirinho de brisa leve no ar e tudo isso me faz muito bem, renova a minha alma. Recordo esse momento da infância que os anos não trazem mais.

 

 

Por Mercia Maria de Oliveira
em 14 de Setembro de 2009 às 22:10.

Olá Pessoal,

Sobre memória olfativa

Em nossos devaneios reencontramos as potencialidades sensitivas que habita em nós. Somos feitos de sonhos e sentidos. Se exercitarmos o aprofundamento dos nossos sentidos, olhando para o interior das coisas mais simples, como aromas, encontraremos a conexão com os símbolos que marcaram as nossas vidas.

Abraços,

Mércia.

Por Evanir Pinheiro
em 17 de Setembro de 2009 às 19:55.

Vivenciar a experiência de exploração sensorial-afetiva no Atelier de Expressividade, me fez sentipensar  quanta vida  é desperdiçada nos contextos educativos e científicos, quando não  se investe numa trabalho pedagógico voltado para o humano, para a vida. O dinamismo de nossas ações-reflexivas nos atos e atitudes de sentipensar os aromas e o significados dos mesmos na vida pessoal e coletiva, nos remeteu a contemplação do belo e do estético, que para a maioria dos que vivenciaram, proporcionou um autoconhecimento maior de suas intimidades e incompletudes humanescentes


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